Comentarista: Pastor Clementino de Oliveira Barbosa
“Assim diz o SENHOR: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade e tornando-se levianos?” Jr 2.5
VERDADE APLICADA
Mesmo que os pecados estejam escondidos, trazem o castigo sobre si.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Ensinar que a idolatria continua sendo um mal para a humanidade;
● Revelar que, mesmo advertido, o povo não se voltou para o Senhor;
● Mostrar aos alunos que o orgulhoso é sempre abatido.
GLOSSÁRIO
Concisa: Breve, resumida, sucinta, precisa, exata;
Divindade: Pessoa ou coisa divinizada; qualquer deus ou deusa do paganismo;
Iniquidade: Que ofende a equidade, a retidão; prática da injustiça; perversidade.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jr 2.1 – E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
Jr 2.2 – Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da beneficência da tua mocidade e do amor de teus desposórios, quando andavas após mim no deserto, numa terra que se não semeava.
Jr 2.3 – Então Israel era santidade para o SENHOR, e as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos como culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR.
Jr 2.4 – Ouvi a palavra do SENHOR, ó casa de Jacó e todas as famílias da casa de Israel.
HINOS SUGERIDOS
♫ 20, 225 e 403.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore pela proteção de Deus sobre sua vida e ministério.
Introdução
Nesta lição, veremos a atuação e a intensidade do profeta Jeremias em suas profecias. Ele é um exemplo ao mostrar para nós que não devemos nos calar diante do pecado.
Duras palavras
Jeremias foi um profeta cuja mensagem foi rejeitada pelo povo. Chamado por Deus para anunciar palavras de repreensão, castigo e destruição, ele foi odiado, surrado, preso e finalmente martirizado.
Entretanto, fortalecido pela certeza da chamada definida por Deus, ele suportou tudo isso e continuou a ministrar durante cerca de quarenta anos.
A chamada do profeta ocorreu no 13º ano do reinado de Josias (627 a.C.), um ano depois do começo da grande reforma efetuada por este. Sem dúvida, Jeremias, auxiliado por Naum e Sofonias, desempenhou um papel muito influente na promoção dessa reforma. Mais tarde, quando os filhos de Josias, Jeoaquim e Zedequias instigaram o povo a pecar.
1. Um profeta para pregar contra o pecado
Deus convocou Jeremias num momento muito complicado da história de Judá. Usou-o para desafiar o povo a ser fiel à aliança do Senhor (Jr 2.19). Sua mensagem era clara e concisa para um povo rebelde, que insistiu em marchar rumo à punição divina, não ouvindo a voz do Senhor (Jr 26.11).
O comentarista diz que Jeremias era conciso, ou seja: Ele resumia sua mensagem, para dizer em poucas palavras, o que era essencial.
Observe o que ele dizia, em 2:19: A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão.
Nas palavras de hoje, profeta dizia para o povo: Vocês sabem o quanto é amargo deixar o Senhor.
Ele usava de poucas palavras, mas fazia um desafio. Para que o povo fizesse um confronto que revelava o interior do coração.
Como profetas de Deus temos que estar preparados, pois quem está na direção contrária de Deus, na maioria das vezes está se beneficiando de alguma coisa. O pecado, por ser prazeroso para a carne, faz que muitas pessoas não se interessem pela verdade da Palavra de Deus. E a defesa delas é o ataque.
Vocês conhecem alguém que foi atacado, de alguma maneira, por está falando a verdade?
1.1. Israel no altar da idolatria
Jeremias percebeu que os castigos que sobrevieram a Judá não estavam atrelados apenas aos resultados das loucuras políticas dos líderes de Judá. Os seus pecados de idolatria estavam em evidência o tempo todo, principalmente o culto à “rainha do céu”. Esta “divindade” possivelmente é uma referência à deusa Ishtar (Astarote), adorada na Mesopotâmia, deusa mãe da fertilidade, do amor e da guerra, que teve seu culto difundido em Judá (Jr 7.18).
Todo o Israel, experimentara o culto aos ídolos pagãos, os deuses cananeus já lhe eram peculiares. Moloque ou Baal ou Camos ou Quemos, Assera, Dagon (“pai de Baal”) todos já faziam ou fizeram parte da adoração ou culto do povo judeu.
O reino de Judá chegou ao cúmulo de introduzir o culto aos falsos deuses no interior do Templo.
Jeremias 32.34: antes, puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a profanarem.
IRMÃOS PENSEM: SERIA A MESMA COISAS SE COLOCÁSSEMOS DENTRO DA NOSSA IGREJA TODAS AS IMAGENS DE SANTOS, PATUÁS DE UBANDA, E FIZÉMOS DESPACHOS COM FRANGO, FAROFA, CHAMPANHE, CHARUTO...
A frase “a rainha dos céus” é mencionada na Bíblia duas vezes, ambas no livro de Jeremias (Jr 7.18; 44.17). Achava-se que ela era a cônjuge do falso deus Baal, também conhecido por Moloque. O comprometimento das mulheres em idolatrar Astarote procede da sua fama em ser a deusa da fecundidade e, como ter filhos era algo muito aguardado pelas mulheres do período, a veneração desta “rainha do céu” era abrasadora entre as civilizações pagãs. Infelizmente, esse hábito pagão tornou-se conhecido entre as mulheres de Judá também.
1.2. As advertências do profeta
A Bíblia relata que, em vez de haver comoção e remorso e voltar-se para Deus, os reis, sacerdotes e o povo endureceram ainda mais o coração com as palavras de Jeremias (2Cr 36.11; 13). Deus estava cumprindo Suas palavras, profetizadas séculos atrás, de castigar a nação, caso ela insistisse na rebeldia, principalmente no pecado de idolatria (1Sm 15.23). Jeremias é um exemplo pela coragem no enfrentamento das situações mais críticas do povo de Israel. Ele rompeu com as principais instituições judaicas ao denunciar seus representantes.
Vale a pena realçar que o papel do profeta não era tão somente revelar acontecimentos futuros, falar de algo que ainda estava para acontecer, mas principalmente evidenciar os mandamentos do Senhor e convocar os desobedientes ao arrependimento, portanto o profeta era um guardião da Lei de Deus, um monitor que observava o comportamento e as práticas do povo e ao menor sinal de desvio, alertava-os para a correção.
A idolatria é má em sua essência, porque os seus devotos, ao invés de confiarem em Deus, depositam a sua certeza em algum objeto, pessoa ou recurso, de onde não pode emanar o bem desejado.
Elias, em seu tempo, também “invadiu” o palácio do rei Acabe e denunciou a sua idolatria, com a sentença de que não choveria por três anos e meio, desmoralizando assim, as divindades: Baal e Astarote, “responsáveis” pelo controle do tempo (chuvas) e fertilidade respectivamente. Obviamente, após a sentença, teve que fugir da fúria do rei ímpio.
A Palavra de Deus nos adverte que não devemos adorar imagens, pois Ele abomina a idolatria (Êx 20.1,5). Não é somente as imagens de deuses, mas todas as coisas que venham ocupar o Seu lugar em nossas vidas. A idolatria é um dos piores pecados, visto que Jesus afirmou que o maior de todos os mandamentos é amar a Deus de todo o coração, alma e mente (Mt 22.37). Se adoramos algo que não seja o Senhor, não O amamos de todo coração. Em momento algum, Deus divide a Sua glória com alguém (Is 42.8).
1.3. Obediência: valor para a vida
O povo de Judá estava esquecendo as ordenanças do Senhor. Eles estavam mais preocupados com seus negócios pessoais do que com o seu Deus. As pregações de Jeremias foram rejeitadas por um povo amotinado, que persistiu em marchar para a punição divina: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disto?” (Jr 5.30-31).
Os habitantes de Jerusalém tinham em seus lábios expressões do tipo: “Vive o Senhor”, porém tais palavras não lhes garantiam que de fato eram justos, ou sequer falavam a verdade, pois a própria palavra de Deus os denunciavam, afirmando que se tratavam de pronunciamentos falsificados.
Jesus nos aconselha em Mateus 7:24-27
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Deus continua ainda hoje convidando Seu povo à obediência, que é, na verdade, uma grande prova de amor. Deus deseja que Seu povo lhe obedeça e abandone os seus pecados e se volte para Ele, em reverência e obediência sincera. O profeta Miquéias profetizou as seguintes palavras: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e o que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Que possamos ser obedientes às vontades do Mestre nas nossas vidas.
O povo de Judá estava esquecendo as ordenanças do Senhor. Eles estavam mais preocupados com seus negócios pessoais do que com o seu Deus. As pregações de Jeremias foram rejeitadas por um povo amotinado, que persistiu em marchar para a punição divina: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra. Os profetas profetizam falsamente, os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disto?” (Jr 5.30-31).
Os habitantes de Jerusalém tinham em seus lábios expressões do tipo: “Vive o Senhor”, porém tais palavras não lhes garantiam que de fato eram justos, ou sequer falavam a verdade, pois a própria palavra de Deus os denunciavam, afirmando que se tratavam de pronunciamentos falsificados.
Jesus nos aconselha em Mateus 7:24-27
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Deus continua ainda hoje convidando Seu povo à obediência, que é, na verdade, uma grande prova de amor. Deus deseja que Seu povo lhe obedeça e abandone os seus pecados e se volte para Ele, em reverência e obediência sincera. O profeta Miquéias profetizou as seguintes palavras: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e o que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Que possamos ser obedientes às vontades do Mestre nas nossas vidas.
Em seu livro, Jeremias se refere diversas vezes a uma série de eventos que aconteceria caso o povo não voltasse seu coração para Deus (Jr 14.12-15). O povo se ajuntava no templo e pensava que sua segurança estava na sua religiosidade e não em Deus.
2.1. Maldita entre as nações
As profecias de Jeremias falam da urgência de juízos que sobreviriam sobre Judá (Jr 25.3, 5). Sofonias, outro profeta, também repreendeu o povo, chamando ao arrependimento, mas não foi atendido (Sf 1.4). Jeremias proferiu o juízo de Deus contra eles, dizendo que aquela casa se tornaria como Siló e que aquela cidade seria maldita entre todas as nações da terra (Jr 26.6). Jeremias narrou assim: “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas. É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor.” (Jr 7.4, 8, 11).
O profeta ficou em pé, ao lado de um dos portões que davam para o átrio do templo, e ali pregou para o povo que passava. Foi neste momento que Jeremias apresentou a acusação de Deus contra o povo de Judá.
Jeremias 14:12-15
12 Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste.
O povo de Judá achava que o Senhor garantiria a proteção contra todas as catástrofes que Jeremias tinha lhes advertido. Eles se lembravam do fato que, quando Samaria foi assolada, Deus tinha livrado milagrosamente Jerusalém da guerra (2Rs 19.35). Orgulhavam-se do templo, mas viviam na prática do pecado (Jr 6.14). O profeta Jeremias anuncia que tal confiança não lhes garantiria o livramento (Jr 6.22), mas que eles teriam que mudar suas práticas diante do Senhor. O Senhor separou a nação de Israel como povo seleto (Gn 12.1,3; 17.7-8; Êx 19.5-6; Dt 7.6, 26; Is 43.5, 7; Jr 7.23; 13.11; At 13.17). Jeremias foi claro em suas profecias, devido ao amor que nutria por seu povo. Ele conhecia o amor de Deus por esta nação e acreditava que os juízos de Deus poderiam ser retirados, caso a nação se arrependesse dos seus pecados (Jr 5.30-31).
Para Jeremias, o pior pecado era abandonar o Senhor (Jr 2.13). Quando nós nos entregamos de coração ao Senhor, nos sentimos leves. Ainda que não possamos entender exatamente o que ele está realizando, podemos confiar que Ele está agindo a nosso favor (Is 64.4). Jeremias vivia na presença do Senhor. Ele dizia: “Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o meu coração para contigo.” (Jr 12.3). Jeremias nos ensina que, se estivermos acordados ou dormindo, se somos ricos ou pobres, se estamos rindo ou chorando, Ele, o Senhor está sempre conosco.
Cristo, continua sendo o escape para todo homem sobrecarregado pelas vicissitudes da vida. Foi Ele quem disse:
Mateus 11:28
28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. (ARC)
É impossível não ser grato a um Deus tão grande que, pelo Seu infinito amor, a cada dia, cuida, ama, achega, ampara e modifica. Deus mostra a Sua fidelidade a todo instante para conosco.
2.3. Deus se importa conosco
A preocupação de Deus pelo Seu povo não tem limites. A missão profética do Antigo Testamento tinha como finalidade principal fazer com que o povo de Israel se arrependesse e, através dele, toda a humanidade se achegasse a Cristo (Gn 3.15; 17.19; 18.18; 28.14; 49.10; Is 9.7; Mq 5.2; Dn 9.25; Jr 33.15). Os livros do Antigo Testamento estão cheios de profecias sobre o Messias. A função das profecias do Antigo Testamento era aprontar os judeus, e, através deles, toda a humanidade para a vinda do Salvador do mundo, para que, no tempo de Sua vinda, fosse reconhecido e aceito por eles.
Não podemos nos abater nem esfriar-se na fé antes a decadência moral e espiritual deste século. O profeta Jeremias diante de muitas adversidades cumpriu a sua missão de levar a Palavra ao povo. Da mesma forma, devemos cumprir a missão que nos confiou o Senhor Jesus, portando-se como homens de Deus resoluto e vencedor.
No Antigo Testamento, a começar pelos cinco livros de Moisés, também conhecido como Pentateuco, e terminando com os últimos profetas Zacarias e Malaquias, os que mais falaram sobre a chegada do Messias foram: Moisés, o rei Davi e os profetas Isaías, Daniel e Zacarias.
3. Deus quer restaurar o Seu povo
A Bíblia no Antigo Testamento nos apresenta um total de 17 livros dos profetas para 16 autores, sendo que Jeremias registrou dois, o livro que apresenta o seu nome e Lamentações. A mensagem a respeito da restauração do povo de Deus foi uma tônica dos profetas (Is 61.1-4). Deus sempre almejou um futuro glorioso para os Seus.
A melhor resposta quanto a intensidade do amor que Deus possui pela humanidade pode ser encontrada em Jo 3.16.
João 3:16
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (ARC)
3.1. Mensagem do pacto violado
Nos capítulos 11 e 12 de Jeremias, assistimos a aliança sendo rompida. Essa violação da aliança mosaica condenou Judá à maior de todas as maldições: o exílio babilônico. A aliança é um acordo solene entre duas ou mais partes. A Bíblia registra várias alianças estabelecidas por Deus: com Noé (Gn 9.16-17); com Abraão, o pai de Israel (Gn 17.1, 21); depois, com o povo de Israel no Sinai (Êx 19.3,6); depois, com Davi (2Sm 7.12, 16). O Senhor Jesus Cristo é o Mediador da Nova Aliança (Hb 7.22). Assim, a maldição de Deus recaiu sobre Judá por causa da violação do pacto mosaico (Êx 19.3, 6).
Jesus, o Filho de Davi, estabeleceu em sua morte e ressurreição uma Nova Aliança, fundamentada no seu sangue (sangue que purifica o pecador arrependido – Jo 1.29
Ao infringir o pacto mosaico, a nação de Israel abriu passagem para a nova aliança em Cristo Jesus. A Nova Aliança é uma ideia própria de Deus e não uma invenção dos homens. Jesus explicou isso aos Seus discípulos, quando Ele estabeleceu a Ceia do Senhor: “Este é o meu sangue da nova aliança” (Mc 14.24), isto é: “o sangue da aliança eterna” (Hb 13.20). O profeta Jeremias também disse algo a esse respeito (Jr 31.31-32).
A mensagem de Deus para a nação de Israel foi transmitida através da simbologia de um cinto de linho. Deus escolheu o profeta Jeremias para anunciar a queda de um povo contaminado pelo pecado. Deus usa esta ação simbólica no capítulo 13 do livro de Jeremias para mostrar o estado de altivez em que se encontravam as pessoas da época. O linho era o tecido usado pelos sacerdotes (Êx 28.39). Deus exige que Jeremias compre um cinto e o enterre numa fenda do rio Eufrates. Mais tarde, Deus solicita que desenterre o cinto e o mesmo está apodrecido. Seu estado de apodrecimento simboliza a decomposição do povo. O orgulho fez separação entre a nação e o Senhor. Eles não estavam mais em condições apropriadas para se relacionar com o Senhor (Jr 13.7-9). Para Deus, eles estavam tão podres quanto o cinto, que não prestava para mais nada (Jr 13.10).
Este ato simbólico do cinto esclarece a aliança do Senhor com todo o Israel, pois assim como se liga o cinto aos lombos do homem, assim o Senhor ligou a Ele toda a casa de Israel e toda a casa de Judá.
3.3 Deus castiga o Seu povo
O capítulo 14 de Jeremias declara que o povo de Judá se encontrava de tal modo contaminado em seus pecados que Deus se recusou a responder até mesmo a súplica de Jeremias para que o povo fosse livrado da seca (Jr 14.11). A iniquidade de Israel é tão grave neste momento que o próprio Deus diz: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.” (Jr 15.1). Deus chega ao ponto de pedir a Jeremias que não orasse pelo povo, tamanha a situação crítica.
Os falsos profetas haviam iludido o povo com suas mentiras proféticas, induzindo-os a acreditarem no erro, todavia, o profeta Jeremias se põe a fazer uma oração intercessora em favor do seu povo. Jeremias tinha consciência das misericórdias do Senhor e sua intenção em restaurá-los.
A obediência dá autoridade à nossa comunhão com o Senhor. O sábio rei Salomão deixou registrado o seguinte: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” (Pv 28.9). O profeta Samuel também afirmou: “Tem, porventura, o Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor do que a gordura dos carneiros” (1Sm 15.22). Infelizmente, o povo de Judá não atentou para a Palavra de Deus e, por isso, caiu em desgraça. Precisamos dar ouvidos à Palavra de Deus e dizer continuamente ao Senhor: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
Conclusão
Quando Deus faz uso de um profeta para advertir Seu povo, não quer dizer que Ele não ama esse povo. A exortação de Deus é para que o homem se converta e abandone a prática do pecado. O profeta tem a finalidade de revelar o amor de Deus, a misericórdia, o juízo e o chamado ao arrependimento.
Judá estava sob a chibata do Eterno. Estar nessas condições não significa estar sob o ódio de Deus, ao contrário, aquele povo experimentava a misericórdia e o amor do Senhor. Eles provavam o Seu desejo em querer endireitá-los.
QUESTIONÁRIO
1. Qual “deusa” o povo de Judá cultuava?
R: A “rainha do céu”, uma referência à deusa Ishar (Arstarte) (Jr 7.18).
2. Onde ela era adorada?
R: Na Mesopotâmia (Jr 7.18).
3. Qual era o pior pecado para Jeremias?
R: Abandonar o Senhor (J 2.13).
4. Qual foi a tônica das mensagens dos profetas?
R: A restauração do povo de Deus (Is 61.1-4).
5. Onde Jeremias enterrou o cinto de linho?
R: Na fenda do rio Eufrates (Jr 13.5).