Comentarista: Pastor Clementino de Oliveira Barbosa
“E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” Jr 1.12
VERDADE APLICADA
As palavras que Jeremias proferia não eram palavras mal faladas, lançadas ao sabor do sentimento, mas, sim, frutos da revelação direta do Senhor.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Entender a postura profética de Jeremias;
● Despertar interesse pela história do ministério de Jeremias;
● Motivar a prática da lição dada no dia-a-dia.
GLOSSÁRIO
Arruaça: Desordem, alvoroço, tumulto;
Inesquecível: Que não se pode esquecer;
Florir: Cobrir-se de flores; desabrochar; tornar viçoso; adornar, enfeitar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jr 1.11 – Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.
Jr 1.12 – E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
Jr 1.13 – E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do norte.
Jr 1.14 – E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os pastores permaneçam enraizados na Palavra de Deus.
Introdução
O verdadeiro profeta vive para Deus e procura fazer a Sua vontade, ainda que para isso tenha que sofrer dores e perseguições. Jeremias lutou pelas causas do Senhor sem receio do que os homens pudessem lhe fazer.
O profeta Jeremias estava diante de uma missão praticamente impossível – ser o embaixador de Deus em Judá e notificar os crimes praticados por eles.
Jeremias se mostrou um homem de genuína chamada, pois não suavizou “o recado Divino”, mas manteve-se fiel a mensagem original dada por Deus. Enfrentando toda a hostilidade de seus compatriotas com firmeza e austeridade.
A obediência e a perseverança são pontos destacáveis na vocação deste homem.
O compromisso
Talvez, apresentado de maneira mais vívida do que em qualquer outro livro da Bíblia, Jeremias revela os conflitos internos de um profeta de Deus. Em confissões, tais como as apresentadas em Jeremias 15.10-21; 20.7-18 esse profeta revela de maneira cândida os conflitos em seu íntimo com relação ao seu chamado para o ministério profético. Com certeza, a angústia dele por causa da mensagem de juízo sobre o seu povo e a iminente destruição da terra algumas vezes, o deixaram sobrecarregado (Jr 4.19-22).
Mesmo angustiado, Jeremias cumpriu seu ministério de proclamar o juízo de Deus contra o povo de Judá por causa da idolatria, da infidelidade em relação à aliança e da desobediência constante à vontade de Deus daquelas pessoas.
Há muito tempo reconhecido como um dos grandes profetas do Antigo Testamento, Jeremias serve até os dias atuais como exemplo de alguém que permaneceu fiel à Palavra de Deus apesar de muitas provações.
Deus confirmou o chamado de Jeremias com duas visões. A primeira envolvia uma amendoeira, que floresce quando as outras árvores ainda estão improdutivas. A amendoeira servia como um aviso da chegada da primavera, como se “velasse” o início da estação. De modo semelhante, Deus vela por Sua Palavra e estava pronto para julgar Israel.
Velar significa vigiar, apressar, antecipar, estar desperto, estar de sentinela, cuidar atentamente. A visão de Jeremias foi a de uma amendoeira cuja característica é muito parecida com a vigilância que Deus exerce sobre o Seu povo.
A segunda visão que Deus utilizou para confirmar o chamado de Jeremias dizia respeito a uma “panela a ferver, cuja face está para a banda do norte” (Jr 1.13). A mensagem dessa visão deriva da atividade comum e diária da preparação de uma refeição. Também está fundamentada no fato de que a origem do ataque contra Judá e Jerusalém partiu do norte. Ocasionalmente, a direção era a oposta (por exemplo, Egito, Cuxe, tribos árabes). A oeste estava o grande mar; e, a leste, o grande deserto. O norte era a região de perigo.
1. A postura profética de Jeremias
A postura profética de Jeremias nos chama atenção por usa disposição em ouvir a voz do Mestre. Quando Deus chama e separa para Sua obra, Ele capacita aquele a quem chamou. Embora Jeremias não se achasse preparado para tal missão (Jr 1.6), aprendemos que, quando somos separados por Deus, nossa postura tem que ser outra perante o mundo. Deus não nos chama para um trabalho sem que nos capacite e nos ajude na execução dele (Rm 12.2).
Jr 1
5 Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta.
6 Então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque sou um menino.
Parece ser natural que as nobres almas escolhidas por Deus, tem em princípio a reação de negar a sua chamada, como fez Moisés (Ex 4.1). Nos sentimos assustados e recuamos ante a missão confiada a nós.
1.1. Próximo passo: amar o próximo
O profeta Jeremias sabia muito bem o que significava amar o próximo. Ele doou sua vida ao seu povo. Toda essa dedicação e entrega fez dele um profeta inesquecível para a nação de Israel. Para Jeremias, Deus é o Senhor. Jeremias atribuía a Deus, a quem servia, as mais altas características (Jr 32.17, 25), e o considerava Senhor não somente de Judá, mas também de todas as demais nações (Jr 5.15; 18.7, 10).
Deus, chamou o seu profeta para participar do seu sofrimento; Jeremias seria o “nervo exposto de Deus na terra”, sensível a dor causada pelo intenso sofrimento.
Jeremias se achava em constante sofrimento e rejeição e mesmo assim insistia continuamente para que o povo se arrependesse. Alguém diria: “Para que tanta persistência com quem nada quer?”.
Somente um amor incondicional pode mover o homem a esta direção, que mesmo afligido, ainda bem quer, aquele que o ofende.
Jeremias amava o seu povo, mais ele amava a Deus muito mais. Por mais doloroso que fosse transmitir uma mensagem pesada ao seu povo, Jeremias foi obediente a Deus acima de tudo.
1.2. É Deus que capacita o homem
O Senhor chama homens e mulheres para transmitir Sua mensagem. Ele optou por atuar dessa forma devido às nossas limitações. Ele sabia que não estaríamos preparados para ouvir diretamente Sua voz. Todavia, pensamos que Deus só utiliza pessoas importantes em Sua obra, ledo engano, pois Ele usa pessoas comuns, inclusive infiéis (Jr 27.6). Jeremias não era conhecido por ninguém a não ser pelo Rei dos reis, que o convocou para Sua missão. O Eterno Deus quer que realizemos a Sua obra. O apóstolo Paulo nos diz: “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são” (1Co 1.27-28).
Olhar ao redor e ter a nítida percepção da perversidade de um povo; aprofundar o olhar para dentro de si mesmo e detectar as próprias fraquezas, fará qualquer um desanimar e hesitar, mesmo quando o Senhor está a chamar. Podemos chegar conclusão que provavelmente, não somos a pessoa ideal para tamanho desafio.
Aquilo que somos é um presente de Deus para nós, e o que fazemos com isso é nosso presente para Deus.
Fomos escolhidos pelo Senhor para sermos pregadores, profetas, pastores, etc. Conforme andamos com Deus, e oferecemos o nosso culto racional, a nossa comunhão amplia, a devoção vã dá lugar à adoração apropriada, leal, muito maior do que qualquer prêmio que possamos ter nessa vida. Que possamos sempre estar atentos à voz do Mestre e ouvi-la como Jeremias, que escutou e se colocou à disposição para a Sua missão. A exposição da Palavra de Deus é algo sublime, por isso Ele nos dá um chamado, e quando dizemos: “Eis-me aqui”, o Senhor nos capacita com dons espirituais para podermos cumprir esse chamado, combater o bom combate, terminar a carreira e guardar a fé, como nos ensina o apóstolo Paulo (2Tm 4.7).
Temos dezenas de exemplos de homens e mulheres que foram escolhidos sem que ninguém acreditasse neles. Cito o exemplo de Davi. Ele jamais esperava ser escolhido como rei de Israel. Na sua casa, ele, aparentemente, era o candidato menos indicado. Quando o profeta Samuel foi a Belém, a mando de Deus, para ungir o novo rei, Davi não estava presente entre seus irmãos, pois se achava no campo, com o rebanho do seu pai, pois era o mais jovem da família, o menos experiente. No entanto, foi precisamente ele o escolhido (1Sm 16.12).
Ele escolhe a quem quer. Ele escolheu a Gideão, que era da família mais pobre de Manasses e o menor da casa de seu pai para libertar Israel nas mãos dos midianitas (Jz 6.11-16)
A estratégia do diabo é fazer com que pensemos que Deus não pode nos usar. Lembremo-nos dos seguintes homens que o Senhor usou: Moisés, o mesmo que libertou o povo do Egito, não sabia falar direito (Êx 4.10); João Batista, que anunciava a vinda do Messias, se vestia com pele de camelo e comia gafanhotos (Mt 3.4); Zaqueu era cobrador de impostos a serviço de Roma, mas Jesus o achou (Lc 19.2); Paulo, de perseguidor a perseguido (At 9.23); o próprio Jeremias, que se achava incapaz para tão nobre missão (Jr 1.6). A Bíblia está repleta de pessoas a quem ninguém dava crédito. Mas, o Senhor usou cada um com seu estilo, seu humor, seu jeito e suas características. Com todos esses exemplos devemos ficar atentos, pois o próximo a ser escolhido para uma missão pode ser um de nós.
2. A visão da amendoeira
“Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jr 1.11-12). A amendoeira é a árvore que mais cedo floresce. Deus está revelando que a mensagem profética anunciada por Jeremias frutificará (se cumprirá), pois Ele mesmo cuida e vigia para que assim seja.
Note que a visão da vara de amendoeira, ainda era apenas um galho sem flores ou frutos, no entanto esta é uma das plantas que mais rápido florescem, indicando que a palavra de Deus iria se cumprir de forma ligeira.
2.1. A sentinela do povo de Deus
A amendoeira é vista como a “despertadora” no ditado hebraico, visto que entre todas as árvores ela é a que floresce primeiro, estando sempre alerta à oportunidade de florir. As amendoeiras também possuem uma grande capacidade de regeneração, não necessitando de podas. Elas transmitem uma importante lição de restauração e superação. Assim como a amendoeira, que está vigilante a cada oportunidade para florir, o Senhor está em sentinela para, no momento certo, cumprir a Sua Palavra.
Em Israel, a amendoeira floresce no mês de janeiro, despertando de seu sono hibernal e dando a primeira indicação de que a primavera está chegando. Seus frutos são produzidos em março, portanto dois meses depois de florescer.
A amendoeira já possuía um forte simbolismo na biografia do povo de Deus. Primeiro, a vara de Arão floresceu e brotou amêndoas (Nm 17.8). Segundo, a exortação final de Eclesiastes usa o florescer da amendoeira como exemplo (Ec 12.5). Terceiro, o candelabro era adornado por amendoeiras (Êx 25.33). Jeremias, como filho de sacerdote, era um grande conhecedor da Lei. Essa vara de amendoeira fazia Jeremias se lembrar da vara de Arão, o escolhido por Deus para a liderança sacerdotal no meio do povo de Israel. Deus estava falando a Jeremias que Ele é igual à amendoeira, que fica de sentinela, esperando a primavera. Deus, semelhantemente, vigia para que a Sua Palavra se cumpra.
2.2. A necessidade de estar vigilante
Na linguagem bíblica, a palavra “vara” simboliza “pessoa”. Jesus disse: “Eu sou a videira; vós, as varas” (Jo 15.5). Portanto, vara de amendoeira simboliza “pessoas vigilantes”. Graças a Deus temos um Deus que nunca dorme. Quando a sentinela está dormindo em seu posto, o povo passa graves ameaças, o inimigo entra desapercebido e faz uma grande arruaça no lugar onde adentrou (Sl 121.4).
Neste texto, a palavra “vara” nos chama a atenção, não somente por simbolizar “pessoa” (Jo 15.5), mas tal termo nas Escrituras, tem sempre uma forte conotação de correção.
A vara utilizada por Deus para a correção de Judá seria a nação babilônica (os caldeus).
Jesus comparou Sua vinda com a maneira em que um ladrão chega para roubar: inesperadamente. Ele registrou o seguinte aviso: “Portanto, mantende-vos vigilantes, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Mas, sabei isto, que, se o dono da casa tivesse sabido em que vigília viria o ladrão, teria ficado acordado e não teria permitido que a sua casa fosse arrombada” (Mt 24.42-43). A vigilância é essencial na vida do cristão (1Pe 5.8).
2.3. A necessidade de o povo acordar
O profeta Jeremias, como uma grande sentinela, proclamava ao povo que era preciso acordar! Ele dizia que era preciso abrir os olhos e abandonar o pecado. Ele denunciava o que estava errado e apontava os responsáveis: o rei Joaquim (Jr 22.13, 19), a casa real de Judá (Jr 21.11, 14), os escribas (Jr 8.8-9), os pastores (Jr 10.21), os sacerdotes (Jr 8.10; 23.11) e os profetas (Jr 14.13, 16; 23.9, 40). Ele também indicava todos os crimes (Jr 7.9): idolatria (Jr 7.18; 9.13), exploração (Jr 9.2, 4), não pagar salário (Jr 22.13), desprezo pelos órfãos e viúvas (Jr 7.6; 22.3), mentira (Jr 8.10), assassinato de gente inocente (Jr 22.17), sacrifícios de crianças a falsos deuses (Jr 19.4; 7.31; 22.3), etc.
Ainda usando o simbolismo da sentinela, Jeremias era como o fiel guarda do Senhor diante dos “muros de Judá” a vigiar as portas da moral, da ética, da verdadeira espiritualidade, do culto, da obediência a palavra do Senhor.
É preciso falar de Jesus. O inimigo está por perto e também há como derrotá-lo. Jesus é a luz do mundo, que veio para brilhar entre as trevas e, assim, afastá-las, dando visão aos que antes estavam nos escuro.
3. A visão da panela a ferver
O profeta Jeremias tem uma visão apavorante de uma panela (Jr 1.13). Na visão, a panela estava no fogo e isso significa que o que há no seu interior está quente. A boca virada para o Norte significa o amplo domínio que decorrerá sobre aquela cidade, pois o povo estava entregue à perversão, queimando incenso a deuses estranhos (Jr 7.18).
A arqueologia descobriu grandes panelas, de boca larga, com duas asas, e provavelmente esse é o objeto que está em pauta aqui.
Desta forma, a visão de Jeremias continha um teor apavorante, pois a panela que vislumbrava, estava a ferver, indicando devastação, destruição e consumação de Judá.
“panela a ferver, cuja face está para a banda do norte” (Jr 1.13). A mensagem dessa visão deriva da atividade comum e diária da preparação de uma refeição. Também está fundamentada no fato de que a origem do ataque contra Judá e Jerusalém partiu do norte.
3.1. O perigo vem do Norte
A panela a ferver, inclinada para o norte, simbolizava que todas as invasões que Israel sofreria viriam do lado norte. Como já vimos, a nação de Judá estava submergida em muitos pecados comportamentais de mentira (Jr 8.10), assassinatos (Jr 2.34), e exploração (Jr 9.2, 4). O profeta Jeremias avistava a panela, mas observava a Babilônia dominando a cidade de Judá e despejando sua fúria sobre Jerusalém (Jr 1.13-14).
Quando Jeremias começou seu ministério, a potência dominante do Oriente Próximo era a Assíria e não a Babilônia, e sem dúvida muitos dos especialistas políticos acharam que Jeremias era um tolo por se preocupar com a Babilônia ao norte. No entanto, o povo de Judá viveu para assistir a Assíria ser derrotada e o Egito ser paralisado, enquanto a Babilônia crescia em poder e as palavras de Jeremias se cumpriam.
A direção da panela era ao “Norte”, lugar onde Deus haveria de suscitar nações ensandecidas, como uma panela sob o fogo fervendo. O povo não tinha noção do que estava por acontecer: incêndio em Jerusalém, milhares de assassinatos, destruição do templo e o pior exílio, o babilônico.
3.2. O inimigo se aproxima
Jeremias tinha duas paixões: Deus e o povo. Mais uma vez, o profeta estava alertando que Israel teria problemas com os seus vizinhos. Estes inimigos ao norte eram os babilônios. A Bíblia narra que nos dias de Jeremias, os caldeus, ou babilônios, estavam expandindo seus territórios, conquistando tudo ao seu redor. A história nos diz que os caldeus tinham invadido a capital dos assírios no ano 612 a.C. Nínive havia sido conquistada e estava sob o governo de outro monarca. Sete anos mais tarde, na famosa batalha de Carquemis, os egípcios e os remanescentes assírios foram destruídos pelos babilônios.
Apesar da profecia mencionar que a invasão viria do lado Norte, Judá olhava para duas direções, ao Sul para o Egito e ao Norte para a Assíria (potência que poderia se levantar), e a Babilônia (potência que crescia).
Em 605 a.C., Nabucodonosor, ainda como príncipe herdeiro, vence o Faraó Neco II na batalha de Carquemis (Jr 46.2, 6, 10; 2Rs 24.7). Devido à sua posição ardilosa, tanto comercial como militar, o controle de Carquemis era visado pelos reinos desde os tempos antigos. Os assírios asseguraram por algumas décadas toda a região do Crescente Fértil. Ao entrar em disputas internas para ver quem sucederia o trono, teve suas finanças e exército enfraquecidos. Nabucodonosor se aproveitou desta instabilidade para ir à guerra, a famosa batalha de Carquemis, onde o Egito perdeu para a Babilônia.
3.3. O Senhor é Soberano entre as nações
O Senhor é Soberano nos céus e na terra. Foi Ele que criou o mundo com o Seu poder. O Senhor é aquele que sustenta o mundo e tudo que nele há. O Senhor Deus não é apenas o Deus de Israel, mas de todas as nações. Ele é aquele que soberanamente governa todas as nações. O rei Nabucodonosor foi um instrumento que Deus usou para reprimir e reeducar o Seu povo (Jr 32.28). Todos os reis, pagãos ou não, estão sujeitos à Sua vontade. Deu merece adoração de todos os povos da terra porque Ele é o Senhor do mundo inteiro. Ele governa sobre todos e juga o mundo de acordo com a Sua justiça.
Deus é o dominador e tem o controle dos eventos da história da humanidade. É Ele quem suscita o inimigo do Norte, a Babilônia para castigar e corrigir Judá.
Deus exerce a sua soberania em levantar Nabucodonosor, como seu agente pedagógico, a fim de ensinar e corrigir a nação de Judá. Trazê-los novamente a sua obediência e serviço.
A grandeza do Senhor é retratada com nitidez em toda a Bíblia. A palavra soberania nos faz entender que o Senhor detém todo o poder sem ressalva. Significa que Deus possui o controle absoluto sobre tudo e todos. Ele está acima de todo o universo. Através de Sua Palavra tudo foi criado (Cl 1.16). Aprendemos com esta lição que o Eterno Deus, por Sua soberania e domínio, governa tanto indivíduo quanto nações. Todos são Seus servos.
Conclusão
A Palavra de Deus nos mostra que era preciso haver um arrependimento por parte do povo de Judá. O profeta Jeremias alertava que o perigo de suas ações estava vindo do Norte. Todavia, seus corações estavam endurecidos, pois deixaram de ouvir a Palavra de Deus há muito tempo.
O Senhor dotou a Jeremias de suas palavras, capacitando-o a falar em seu nome. O profeta alertou o seu povo como faz uma sentinela na eminência de um ataque inimigo. Deus em sua soberania, anunciou através do seu vaso que usaria a nação da Babilônia para corrigi-los, no entanto, mesmo diante das advertências ameaçadoras, eles permaneceram adormecidos em suas transgressões.
A todo instante, a voz de Deus deve ser ouvida, apreciada e atendida em seus requisitos para que tudo vá bem com o seu povo.
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