quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O AMOR QUE ADORA A DEUS (Lição 06 - 6 de Novembro de 2016)

TEXTO ÁUREO
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.” (1 Co 13.3)

VERDADE APLICADA
O amor que adora a Deus vai além do discurso e se configura em atitudes cotidianas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·         APROFUNDAR o entendimento das dimensões do genuíno amor;
·         DESPERTAR o entendimento sobre a inversão do amor na atualidade;
·         EVIDENCIAR o verdadeiro amor que adora a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 Co 13.1 – Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
1 Co 13.2 – E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
1 Co 13.4 – A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.
1 Co 13.5 – Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.

 O vocábulo grego referente ao amor no Novo Testamento não se refere apenas ao amor de Deus, menciona outros tipos de amor. Vamos relacioná-los, tão somente para obter uma visão mais ampla e instrutiva, para que possamos compará-los:

a)    Ágape: É o amor de Deus. O amor chamado Ágape, é o tipo de amor mais sublime, o mais encontrado na Bíblia. Sempre se refere ao relacionamento de Deus para com o homem.
b)    Phileo ou Philos: É o amor fraternal. Altruísta, comunitário, interessado no bem estar dos outros, contrário ao egoísmo.
c)    Eros: É o amor carnal. O termo refere-se ao tipo de atração física, sensual, erótica. É paixão da carne. 

Introdução
Nesta lição, descreveremos sobre a distância entre o amor teórico e o prático. Estamos inseridos num contexto de grandes discursos, grandes tratados sobre o amor, mas, ao mesmo tempo, a grande maioria está em sequidão de amor.

INTRODUÇÃO                 
A verdadeira e genuína adoração foi e sempre será movida pelo amor. Nas Escrituras, o amor está estritamente relacionado com adoração, devoção, perdão, compaixão, etc. Não há como falar destes temas sem fazer menção ao amor. Tudo que Deus pede de seus adoradores se resume em amor. 

1. O que é o amor?
Alguns o consideram uma emoção. Outros dizem que é um sentimento romântico, platônico, poético. Para outros, é uma atração ou um impulso passional. Hoje, com o desgaste da palavra amor, essa passou a significar uma atividade sexual antes, durante e fora do casamento. Esse amor tem trazido ódio, desgraças, divisões, lares arruinados e enfermidades. O amor ágape é muito mais do que emoção. É atitude. É ação. É amar o indigno. É amar até as últimas consequências. Jesus Cristo nos amou e a Si mesmo se deu por nós. Esse é o tipo de amor que adora a Deus (Rm 12.9-10).
1. O QUE É O AMOR?
O amor sob o ponto de vista cultural e humano é simbolizado e conceituado de diversas formas, mas o verdadeiro símbolo e conceito de amor que adora a Deus é aquele exposto nas Escrituras (Ef 5.1-2 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave). É por esta razão também que as Escrituras do Novo Testamento nos desafiam a amar, não só o nosso irmão, mas também o nosso inimigo (Mt 5.43-45; Lc 6.27-28). Se amar, nas Escrituras, fosse mero “sentimento” jamais teríamos condições de preencher as lacunas desse mandamento. Seria impossível alguém expressar amor pelo inimigo, nutrindo sentimentos agradáveis e/ou de afeição por ele. Amar, aqui, significa prestar-lhe um ato de benevolência (bondade de ânimo para com algo ou alguém), ainda, que o nosso sentimento em relação àquela pessoa esteja em total desarmonia para com as atitudes a ela direcionada.

1.1. Características do amor que não adora a Deus. 
Amor sectarista (comportamento de quem é intolerante), que se configura em amor faccionado( Dividir em facções). Amor formalista (que exige a estrita observância de regras), o congelamento do amor. Amor ativista (Membro por afinidade em alguma ideologia política ou social), o verdadeiro desvio do amor. Amor ideo/logi/zado ( um sistema de ideias, valores e princípios que definem uma determinada visão do mundo), uma farsa do amor. Amor secularista, a perversão do amor. Amor legalista, a antítese ("tese contrária"- como se fosse um paradoxo) do amor. Essas são apenas algumas atitudes de movimentos ou indivíduos que não adoram a Deus, embora nenhum deles negue que O adore. Porém, são as atitudes que falam mais alto (1Jo 4.20).
1.1. Características do amor que não adora a Deus
Nosso padrão de comportamento, conforme ensinado nas Escrituras, sempre será pautado no amor e ela não aceita que se leve em consideração os próprios interesses, já que a sua base está no amor sacrificial e se contrapõe ao individualismo egocêntrico ( alguém que em o comportamento voltado para sim próprio e insensível as preocupações com os outro) praticado pela sociedade sem Deus. 

Para evitar que nossos relacionamentos com Deus e com o próximo sejam comprometidos precisamos exercitar no dia a dia o amor ágape, isto é, o amor sacrificial, sem interesse próprio, pois além de nos conservar perto de quem amamos é também o distintivo de que nossa vida foi realmente transformada pelo poder e amor de Deus.

(O amor verdadeiro é o amor marcado pelo sacrifício. É caro. Amor não é sentimento. Ele inclui sentimentos, mas não é definido por eles. O mundo tem associado amor com sentimento em uma receita bastante indigesta: pega a palavra ”amor”, a vontade de estar juntos, o ciúme, a cobiça, o desejo sexual… junta tudo e, através do cozimento na musica, nos filmes, na arte em geral, faz o público acreditar que isso é amor. Não é. É pirataria. O que define o amor são duas coisas conectadas: Fazer o que é certo para a outra pessoa e sacrifício.)

 O céu é a celebração suprema do amor. No céu, o amor será a realidade mais forte. Lá não haverá profecia, pois tudo já é real. Não vai haver esperança, pois tudo no céu já é. No céu não vai haver ciência, pois do átomo a Deus tudo estará revelado. A dimensão do mistério estará às claras, todo o encanto e toda a beleza reinarão nessa celebração esplêndida do amor.

1.2. O amor que adora a Deus
O amor é superior a todos os dons extraordinários (1Co 13). O amor é melhor do que o dom de línguas (1Co 13.1). É melhor do que o dom de profecia e conhecimento (1Co 13.2). É melhor do que o dom de milagres (1Co 13.2). As maiores ações de caridade são de nenhum valor sem amor (1Co 13.3). O amor é melhor por causa da sua excelência intrínseca (essencial) e também por causa da sua perpetuidade. Todos os dons mais dramáticos e mais maravilhosos que podemos imaginar são inúteis, se não há amor. O exercício mais generoso dos dons espirituais não pode compensar a falta de amor. O apóstolo Paulo menciona cinco dons espirituais: línguas, profecia, conhecimento, fé e contribuição sacrificial (dinheiro e vida). Mas ele diz que o exercício desses dons, sem o amor, não tem nenhum valor.
1.2. O amor que adora a Deus
O amor que adora a Deus é aquele quando a nossa fé se torna prático e se materializa no viver diário. Quando isto não acontece nosso amor poderá ser considerado inútil e nossa adoração sem valor 

 O amor não é simplesmente um conceito neotestamentário. Antes, é um conceito eterno, relacionado com a própria existência de Deus. Quando o apóstolo João procurou uma expressão para descrever Deus, disse duas vezes: “Deus é amor” (1Jo 4.8-16). O apóstolo não quis dizer com isto que Deus seja uma força imaterial chamada “amor”, algum princípio eterno que esteja operando em nosso universo, como alguns querem nos fazer crer. Antes, João quis dizer que a natureza essencial de Deus, o Deus vivo e pessoal é amor. Assim como Ele é “luz” (1Jo 2.9). Isto, naturalmente, não foi apenas um ato de amor, mas personificação do amor. O próprio Deus tornou-se homem para que pudéssemos ter vida eterna (2Co 5.18,19).

1.3. A ausência do amor distancia a Igreja da verdadeira adoração.
A igreja de Corinto estava cheia de rachaduras, cisões e divisões por causa dos dons (1Co 1.12; 3.3-5; 12.12-31). O apóstolo Paulo, porém, disse que aos dons não eram para a divisão do Corpo de Cristo (1Co 12.25). Ali estava a igreja mais cheia de dons do Novo Testamento, mas também a igreja mais imatura e mais carnal, porque lhe faltava amor. A igreja de Corinto buscava os dons do Espírito, mas não o fruto do Espírito Santo.
1.3. A ausência do amor distancia a Igreja da verdadeira adoração
O amor de Deus em nós é o resultado da transformação espiritual experimentada na conversão, e por isso, só pode ser verdadeiramente sentido e difundido, em sua plenitude, por aqueles que vivenciam a graça. Lamentavelmente, como na igreja de Corinto, há muitos nos dias de hoje, que vivem uma “fé teórica” e encontram seríssimas dificuldades em evidenciar sua fé por intermédio de suas ações, atitudes e comportamentos, e, quando conseguem, ainda o fazem desprovidos do amor, porque visam muito mais o interesse pessoal do que o bem-estar espiritual, físico ou emocional dos outros, ou a glória de Deus (Mt 5.16; 1 Jo 3.18). 

 Vale a pena ressaltar que a igreja de Corinto claramente se esqueceu de imitar Jesus, o Filho de Deus, conforme reforça o apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo.” (1Co 11.1). Todas as atitudes de Jesus Cristo eram atitudes de amor. Seu ministério evidenciou o amor prático. Desde o início de Sua jornada ministerial até o último momento, enquanto estava na cruz, prestes a dar o último suspiro, Jesus Cristo, o Verbo de Deus, exerceu o Seu amor, inclusive consolando e resgatando um perdido que estava também morrendo ao Seu lado: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc 23.43).

2. Declarações sobre a ausência do amor.
A palavra “amor” em 1 Coríntios 13 é a tradução da palavra grega “ágape”. Este é o amor que flui diretamente de Deus (Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar Seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de Jesus por nós. Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nós e nós devemos dar a nossa pelos irmãos (Jo 3,16; 15.2-14).
2. DECLARAÇÕES SOBRE A AUSÊNCIA DO AMOR
Sem amor a vida perde seu valor e os relacionamentos se desfiguram. A ausência do amor na vida das pessoas as deixa mais egoístas, agressivas e violentas. Quando o homem deixa de amar a Deus e ao seu próximo, ele se “desumaniza” e se transforma numa fera selvagem. As pessoas nos dias atuais estão cada vez mais desumanas. 

2.1. Sem amor, eu ofendo os outros.
Em 1 Coríntios 8.1 Paulo já havia ensinado que o amor edifica. Quando os dons são exercidos em amor, eles edificam a igreja. Mas quando não são usados com amor. Magoamos as pessoas (1Co 13.1). Paulo expõe esse assunto por meio de uma referência indireta aos devotos dos cultos de mistérios gregos em Corinto, que adoravam Dionísio (deus do vinho) e Cibele (deusa dos animais selvagens). Nas ruas de Corinto, ecoavam o toque dos gongos barulhentos e dos címbalos estridentes, instrumentos que caracterizavam estes adoradores. Esse som monótono e pesado incomodava as pessoas como o latido constante de um cão. Apenas um metal que tine nas ruas, nada mais.     
2.1. Sem amor, eu ofendo os outros
Sem amor nossas palavras são vazias, nossas obras são egoístas e nossos relacionamentos são adoecidos.  É lamentável que haja no seio da igreja pessoas que acalentam sentimentos de ódio, inveja, contenda, discórdia, rivalidades, etc. Cristãos que aborrecem e odeiam uns aos outros. 
 Infelizmente, estamos nos dias de hoje, literalmente ouvindo o barulho de muitos “metais que soam”, conforme escreveu o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 13.1, e nada mais: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.”. Contudo, apesar desse aparente amor, podemos visualizar os focos do verdadeiro amor, isto é, do amor que adora a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).

2.2. Sem amor, eu nada sou.
Os coríntios pensavam que os possuidores de certos dons eram pessoas extremamente importantes. Mas sem amor essas pessoas eram totalmente insignificantes (1Co 13,2). A ausência de amor faz com que o cristão perca o seu significado diante de Deus. Ele se transforma em uma nulidade, num zero. Deus não pode usar, para a Sua glória, um cristão sem amor. Igualmente desagradáveis são aqueles que usam o dom de falar em línguas, mas sem a motivação controlada pelo amor. Não importa se as línguas são humanas ou angelicais. Sem amor, tornamo-nos desagradáveis e rudes. O homem que se deixa levar pelo falar, antes que pelo fazer, vem a ser nada mais do que mero som. Sem amor, até a melhor linguagem do céu ou da terra se torna apenas barulho.
2.2. Sem amor, eu nada sou
Quando há ausência de amor os irmãos começam a ficar tímidos e desconfiados uns dos outro, criam-se distâncias, as pontes.
 Evidentemente que é muito fácil amar a nossos entes queridos, com os pais, filhos, cônjuge, parentes, amigos, companheiros de trabalho, etc., mas somente pela ação portentosa do Espírito Santo de Deus, somos capazes de dedicar o amor aos nossos inimigos, de tal forma que lhe desejemos o bem e perdoemos as suas ofensas, de todo o coração, para jamais nos lembrarmos delas.

2.3. Sem amor, eu não ganho nada.
Do conhecimento e dos feitos poderosos, o apóstolo Paulo se volta para os atos de misericórdia e dedicação. Paulo agora menciona dois atos de sacrifício pessoal (contribuição sacrificial e martírio). Será que tais atos não são inerentes valiosos aos olhos de Deus? Não são meritórios (merecedor de méritos, de elogios). Tais atos podem ser motivados por uma teologia errada e por um propósito errado. Sem amor, todo o sacrifício se perde e nada se ganha (1Co 13.3).
2.3. Sem amor, eu não ganho nada
Se por um lado sem amor, eu nada ganho, por outro lado, a Bíblia mostra que na vida cristã quando nos abnegamos em prol de situações que fogem de nossos próprios interesses, sempre somos recompensados ou beneficiados (Mt6.4-6,
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente). Em relação ao amor, não é diferente. As Escrituras também nos dão a ideia de que quando amamos de fato somos premiados, não com coisas necessariamente materiais, mas com benefícios provenientes do próprio amor (Gl 6.7-10; Jo 4.36; Is 32.17; Ec 11.6; Pv 22.8; 11.18; Sl 126.5-6). 
 O amor não é inconveniente. Ele tem simplesmente a consciência de evitar o que é vergonhoso. Essa é uma das razões pela qual o pai do filho pródigo, ao vê-lo em estado lastimável quanto retorna, primeiro lhe veste com roupas novas e lhe põe um anel no dedo, para depois levá-lo á festa: “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa o melhor vestido para vestir-lho, e ponde-lhe um anel na mão e alparcas nos pés, e trazei- o bezerro cevado e matai-o; e comamos e alegremo-nos.” (Lc 15.22-23). Ele é um pai que não expõe o filho à vergonha. Ele não mostra o filho na festa da forma como ele chegou (transtornado), mas sim do mesmo modo como ele saiu (belo e bem vestido).

3. Evidências do amor que adora a Deus.
O maior e incomparável amor é o amor de Deus (Jo 3.16). O amor que veio até nós, resgatando-nos de nossa prisão e condenação eterna. Em Jesus Cristo temos a perfeita e completa ação do amor.
3. EVIDÊNCIAS DO AMOR QUE ADORA A DEUS
 Jesus evidenciou esse amor aqui na terra deixando um grande legado: Ele curou os enfermos, ergueu os debilitados e salvou os pecadores. Seu amor é de tal natureza que garante um constante interesse no bem estar físico e espiritual de suas criaturas, a ponto de levá-Lo a fazer um sacrifício além da concepção humana para evidenciar esse amor (Jo 15.13- Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos).

3.1. Exemplos práticos do amor que adora.
Na parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37), os religiosos passam de largo e não dão a mínima atenção ao ferido do caminho, mas aquele que respira o amor desiste de suas urgências e reserva toda a atenção a esse desconhecido que ali desfalecia. Além disso, coloca toda sua estrutura a serviço deste necessitado e encerra com recomendações e pagamento adiantado pelo tratamento. Esse “amor” adora a Deus, porque é o “amor prático”.
3.1. Exemplos práticos do amor que adora a Deus
Com base no exemplo de Cristo, esse amor não deve ser um mero sentimento, mas uma prática (1 Jo 3.16-17). Devemos fazer, se preciso, sacrifícios por alguém, por mais desmerecedor que ele seja. Temos que procurar servi-lo como a nós mesmo, sem querer receber algo em troca (1 Co 13.5). O amor praticado por Jesus é a base para o amor que devemos praticar para com o próximo (Lc 10.27; Mt 22.39).
Muitas vezes pensamos que o próximo só é aquele que é mendigo, ou aquele que foi acidentado, ou assaltado. No entanto, perto de nós, pode existir um próximo com depressão profunda; alguém muito angustiado; alguém extremamente perturbado; alguém que esteja se acabando na bebida, no cigarro, nas drogas; alguém totalmente entregue aos vícios. O próximo não é só aquele que nos pede socorro ou aquele que vem pedir a nossa ajuda. O próximo é alguém muito carente de uma palavra de conforto, de esperança, de alívio, de salvação, de restauração, de uma mão acolhedora, de uma mão amiga.

3.2. O amor de Jesus pela mulher pecadora.
Segundo a Lei, a mulher apanhada em adultério deveria ser apedrejada (Jo 8.1-11). Era natural o apedrejamento nessas circunstâncias e ainda com um tom de “suposta adoração”. Jesus Cristo igualou esse pecado com os pecados dos seus acusadores. Se esta deveria ser apedrejada, todos deveriam ser apedrejados. O amor de Jesus não condenou, não acusou. Ao contrário, libertou essa pobre mulher. Ela, juntamente com os acusadores, representa o mundo em que vivemos. Somente o amor prático evidencia a verdadeira libertação e consequentemente adora a Deus.
3.2. O amor de Jesus pela mulher pecadora
Apesar daqueles que levaram a mulher à presença de Jesus ser “religiosos”, isto não os fazia deles, melhores do que ela. Suas atitudes estavam carregadas de maldade ao invés de amor. Jesus, ao contrário não veio ao mundo para acusar o pecador, mas para trazer amor e perdão ao pecador (Sl 25.18). 

 Citemos como exemplo o amor e perdão de José por seus irmãos, que é algo realmente fantástico. A história de José só é superada pela história de Jesus Cristo, Filho de Deus. Seu amor, dedicação, espiritualidade, ética e perdão são exemplos para todas as épocas (Gn 45.4-14; 50.20,21). Que saibamos exercer esse amor que glorifica a Deus e deixa incríveis marcas para as futuras gerações.

3.3. Davi e o seu amor prático por Mefibosete.
O Rei mandou trazer Mefibosete, filho de Jônatas e neto do rei Saul, de Lo-Debar (2Sm 9.1-8). Ele estava esquecido na história e sem perspectivas, mas o amor prático foi em sua busca. Davi pode dizer a Mefibosete: “Lo-Debar nunca mais!”. Mefibosete pôde confirmar isso através do tempo, mesmo tendo que suportar as mentiras de Ziba (2Sm 9.1-13); 16.1-4). Logicamente, houve diversas atitudes semelhantes a essa na vida de Davi, a tal ponto de ser conhecido como um homem segundo o coração de Deus (At 13.22).
3.3. Davi e o seu amor prático por Mefibosete
A comovente atitude de amor de Davi para com Mefibosete é o exemplo prático mais próximo que temos do amor de Deus para com homem pecador. Embora Jônatas tivesse morrido há algum tempo, Davi ainda pensava na aliança que havia feito. Ele mostrou benevolência por amor a Jônatas (2 Sm 9.1). Da mesma forma, Deus mostra seu amor para conosco, através de Jesus Cristo (Rm 5.8). Por causa dessa atitude prática e amorosa de Davi a vida de Mefibosete vai de um extremo a outro: De, um aleijado, desprezível e indigno (considerado por ele mesmo como um cão morto), que vivia como mendigo na sequidão do deserto de Lo-Debar, sem nenhuma perspectiva de mudança de vida; de repente, por um gesto de amor, ele é convidado a viver no palácio real, a vestir as melhores roupas, e a assentar continuamente à mesa do rei (2 Sm 9.1-13). O amor de Deus para conosco também é assim, tem o poder de nos transformar em novas criaturas e de nos transportar para assentarmos nos lugares celestiais (Ef 2.4-6; Jo 3.16; 2 Co 5.17; Mc 10.43-45).
 Praticamos esse amor quando honramos o nosso próximo. Pode ser um parente dentro de casa, ou mais distante, um irmão da igreja com o qual nós convivemos, um vizinho de nossa casa, um colega de trabalho ou de escola. Pode ser qualquer pessoa que encontremos em nosso caminho. É extremamente importante que o cristão entenda o seu papel como servo de Deus e como representante de Deus neste mundo. Todo o cristão se depara com o próximo no seu dia a dia. Mesmo que no nosso dia a dia não pareça existir um próximo, ele existe e muitas vezes nem o enxergamos. 

Conclusão.
Todas as vezes que encontrarmos alguém que amou verdadeiramente com atitudes fica um legado, uma história de bênçãos e de honra ao nosso Deus. Jamais podemos abandonar esta prática, pois ela nos torna conhecidos como discípulos de Jesus Cristo (Jo 13.34-35).
CONCLUSÃO
O amor que adora a Deus é o resultado da transformação espiritual experimentada no novo nascimento e na prática central da mensagem da fé cristã. Infelizmente a falta ou o esfriamento do amor têm conduzidos os cristãos a maus testemunhos e a falta de compromisso com a verdade e com as coisas santas, comprometendo sua adoração a Deus. Nós fomos escolhidos pelo Senhor para fazer a diferença nessa terra, portanto, vamos tomar posse das nossas responsabilidades, fazendo com que o nosso amor adore a Deus e sejam alcançados por todos aqueles que nos cercam. Só assim apresentaremos uma adoração perfeita (Ef 5.1-2).