sábado, 12 de novembro de 2016

AULA EM 13 DE NOVEMBRO DE 2016 – LIÇÃO 7 = Tema: LEVITAS ONTEM E HOJE: A CRISE DE IDENTIDADE

TEXTO ÁUREO
Comentarista: Pastor José Elias Croce

“E lhes disse: Ouvi-me, ó levitas! Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos pais, e tirai do santuário a imundícia.” 2Cr 29.5

O rei Ezequias reinou por 29 anos (726-697 a.C). Era Filho de Acaz. 
Ezequias Reinou Conjuntamente com seu Pai de 729 a 715 a.C e, com a idade de 25 anos, tornou-se rei absoluto.

Seguiu o exemplo do seu brilhante antepassado, o Rei Davi. No início do seu reinado, reparou e purificou o templo


VERDADE APLICADA
A verdadeira motivação dos levitas era o serviço da casa de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
 Observar a confusão generalizada que se faz com a palavra levita;
 Compreender quem eram os levitas verdadeiros;
 Aprender  a importância de servir ao Senhor em Sua casa.

GLOSSÁRIO
Apático: Insensível, preguiçoso;
Bizarro: Excêntrico, esquisito;
Síndrome: Conjunto de sintomas caracterizando determinada doença.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
2Cr 29.1  Tinha Ezequias vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar , e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abia, filha de Zacarias.
2Cr 29.2  E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo quanto fizera Davi, seu pai.
2Cr 29.3  Ele, no ano primeiro  do seu reinado, no mês primeiro, abriu as portas da casa do SENHOR e as reparou.
2Cr 29.3  E trouxe os sacerdotes e os levitas, e os ajuntou na praça oriental.
2Cr 29.11  Agora, filhos meus, não sejais negligentes, pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes diante dele para o servirdes, e para serdes seus ministros, e queimardes icenso.

HINOS SUGERIDOS
♫ 306, 322 e 505.

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os jovens de nosso país sejam fortemente impactados com a Palavra de Deus.

Introdução
Na atualidade há um verdadeiro frenesi levítico. Uma proliferação exacerbada de gente se autodenominando “levita”. Nessa nova mania há um disfarçado e perigoso pluralismo (Um sistema plural é aquele que aceita, reconhece e tolera a existência de diferentes posições, opiniões ou pensamentos) – todas as formas, pouca verdade.


INTRODUÇÃO
- “há um verdadeiro frenesi levítico”, significa que há uma euforia para se afirmar ser levita, muitos jovens almejam essa classificação, de levita da casa do Senhor.
- “gente se autodenominando “levita””, quando a pessoa mesmo se afirma “levita”, não espera ser reconhecida por Deus e pela igreja.
- “um disfarçado e perigoso pluralismo”, se refere ao pluralismo de formato, onde se aceita no meio dos modernos levitas as mais variadas formas de adoração, usando os mais variados recursos, ritmos, manias e doutrinas modernas.


De onde vem o conceito de "levita"? Originalmente, "levita" significa "descendente de Levi", que era um dos 12 filhos de Jacó. Os levitas começaram a se destacar entre as 12 tribos de Israel por ocasião do episódio do bezerro de ouro. Quando Moisés desceu do monte e viu o povo entregue à idolatria, encheu-se de ira e cobrou um posicionamento dos israelitas. 

Naquele momento, os descendentes de Levi se manifestaram para servirem somente ao Senhor (Êx 32.26 "pôs-se em pé à entrada do arraial, e disse: quem está ao lado do Senhor, venha a mim. Ao que se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi" ). Daí em diante, os levitas se tornaram ministros de Deus. Dentre eles, alguns eram sacerdotes (família de Arão) e os outros, seus auxiliares. 

Seu serviço era cuidar do tabernáculo e de seus utensílios, inclusive carregando tudo isso durante a viagem pelo deserto.

Naquele tempo, os levitas não eram responsáveis pela música no tabernáculo. Afinal, não havia uma parte musical no culto estabelecido pela lei de Moisés, embora as orações e sacrifícios incluíssem o sentido de louvor, adoração e ações de graças.

Muito tempo depois, Davi inseriu a música como parte integrante do culto. Afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (1Sm 16.23). Então, atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical.

Em 1 Crônicas (9.14-33; 23.1-32; 25.1-7), vemos diversas atribuições dos levitas. Havia então entre eles porteiros, guardas, padeiros e também cantores e instrumentistas (2Cr 5.13; 34.12).

Considerando o paralelo existente entre Israel e a Igreja de Jesus Cristo, podemos até utilizar o nome “levita”, embora não sejamos descendentes de Levi. 

Mas, se queremos assim considerar, então todos os que servem em qualquer ministério podem ser chamados “levitas”. O levita é aquele que executa qualquer serviço ligado ao culto. O levita é simplesmente um servo e não alguém que esteja na igreja para ser alvo da glória humana.

Aqueles levitas, designados por Davi para o louvor, eram liderados por Asafe, Hemã e Jedutum, e tinham a tarefa de PROFETIZAR com harpas, alaúdes e saltérios (1Cr 25.1). 

Nessa época, surgiu a maior parte dos salmos de Israel. Hoje podemos testificar que aqueles levitas eram mesmo profetas. Por meio deles o Espírito Santo falava ao povo. 

Além disso, eram mestres no que realizavam (1Cr 25.7). E nós? O que somos? Se quisermos realmente ser “novos levitas” precisamos nos dispor para o serviço e para caminhar em direção a um nível de qualidade excelente em nossos ministérios.

Um bom estudo e uma excelente semana, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso - Colaborador

1. Semelhanças e diferenças
O que impera no desespero levítico da atualidade é uma tentativa infantil de imitação barata de algo que já teve seu tempo histórico definido. Na Palavra de Deus, levita não era quem queria ser, mas quem nascia servo!

1. SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
- “levita não era quem queria ser, mas quem nascia servo!”, eram os homens da tribo de Levi que tinham o talento natural para a música, as mulheres não podiam exercer a função. 
Foi o próprio Deus quem escolheu: Deuteronômio 10.8 "Por esse tempo o Senhor separou a tribo de Levi, para levar a arca do pacto do Senhor, para estar diante do Senhor, servindo-o, e para abençoar em seu nome até o dia de hoje."

1.1. O esvaziamento das palavras
Muitos carregam o nome “levita”, mas a essência – adorador – se perdeu na doença do marketing e na loucura da multidão. Ser levita passou a ser símbolo de uma “espiritualidade elevada”, quase uma espécie de “guru eclesiástico embalado em mantras evangélicos”. O modo de tratar o nome de Deus também sofre impactos dessa crise. O que era reverência absoluta virou uma marca de alta rentabilidade. O nome de Deus está virando marca, moda, mania. O respeito, o temor, e a reverência viraram apenas palavras esvaziadas, empoeiradas, esquecidas na banalidade imperfeita do cotidiano evangélico.


1.1.    O esvaziamento das palavras
Levita é uma pessoa consagrada para trabalhar na obra do Senhor, não somente na área da música, mas em todos os serviços referente a casa de Deus. Entretanto, na atualidade parece que algumas pessoas não se dão conta dessa verdade. Pois muitos dizem ser “levita”, porém não são adoradores verdadeiros. Gostam de serem chamados de levitas, mas não está disposto a ouvir alguém chamar de servos. 
Há cantores “levitas” que por causa do sucesso querem ser tratados como “estrelas gospel”, mas se formos observar as letras de suas composições são totalmente vazias de conteúdo da Palavra de Deus, erros teológicos, palavras que não edificam em nada a vida do cristão e até mesmo paródia de músicas mundanas estão sendo tocadas em nossas igrejas.
Atualmente, o que se vê é uma corrida em busca de um status, de uma novidade, de uma forma de “carimbo bíblico” que confira um pouco de autoridade. Ser levita hoje é sinônimo de uma abertura quase exclusiva para cânticos, enquanto o que mais carecemos é de um retorno urgente à Palavra de Deus. As semelhanças dos levitas de ontem e os de hoje são secundárias (o nome, uma ou outra vestimenta, etc.), as diferenças são fundamentais (já não há o amor pelo servir, muito menos uma vida consagrada e exclusiva). O mandamento de Deuteronômio 5.11: “Não tomarás  o nome do Senhor, teu Deus em vão” era regra de vida para os antigos (e verdadeiros) levitas. O termo “Deus” não é um enfeite verbal para dar ênfase religiosa aos nossos discursos. Quando reduzimos o nome de Deus a um nome entre tantos outros, também nos reduzimos, nos despersonalizamos. O mandamento termina com uma séria advertência: “porque o Senhor não terá por inocente ao que tomar o seu nome em vão.”.

1.2. Semelhanças técnicas, diferenças religiosas
Em nome de certo preciosismo, perde-se a teologia da alegria. Canta-se o absurdo. A epidemia pirotécnica dos shows inverte os valores. O show foi bom se juntou uma multidão esfuziante e não se houve mudança de vida e coração. O sucesso vem antes da teologia. Essa ausência de sentido num tempo marcado por ilusões gera outra tribo de levitas: os levitas estrelares!


1.2.    Semelhanças técnicas, diferenças teológicas

O foco, o resultado final de qualquer culto de canções deve ser adoração. O plano é levar as pessoas à presença do Senhor. O louvor que edifica não é aquele que atrai uma grande multidão, onde há gritos, aplausos e muita euforia. De que adianta tudo isso, se não houver arrependimento, transformação de vidas e salvação? A adoração reverente, não é acompanhada de pulos, gritos ou assobios. É introspectiva, é “em espírito”. 

"Cada vez que a minha fé é provada

Tu me das a chance de crescer um pouco mais

As montanhas e vales, desertos e mares

Que atravesso me levam prá perto de Ti."

Vivemos um tempo de gente, como escreveu Brennan Manning: “superespirituais; cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e não a Jesus. Acadêmicos que aprisionam Cristo na torre de marfim da exegese. Gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo a ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo. Místicos de capuz que querem mágica na sua religião. São os cristãos “aleluia”, que vivem apenas no alto da montanha e nunca visitaram o vale da desolação”. Onde as técnicas imperam, o amor agoniza.

1.3. Semelhanças físicas, diferenças espirituais
A tentação das aparências, infectada pelo vírus teatral da máscara, gera um conflito: gente que se divide em várias (uma é a que louva “está” levita, outra é a que existe fora dos horários de culto). Essa duplicidade transforma os esses levitas em vítimas de sua própria crise com o espelho. Quando a verdade do que somos é amordaçada pela mentira que mostramos ser, nossa tragédia pessoal está deflagrada. O que mais necessitamos hoje não é de um grupo imenso de pessoas com roupas judaicas e a estrela de Davi na testa balbuciando termos hebraicos, mas sim, de um grupo de servos, abençoados pela grandeza da simplicidade. Gente que, sem muita invencionice, consegue tocar a majestade de Deus nas alturas

1.3. Semelhanças físicas, diferenças espirituais

Pessoas assim, pode até nos enganar pela aparência física, mas de modo algum engana a Deus que conhece todo nosso ser. Davi por ser um adorador de verdade disse ao Senhor: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos” (Sl 139.23).
Muitos adoradores são crentes na igreja, mas fora em outros lugares, têm uma conduta fora do padrão para um cristão. Felizmente, Deus olha para o caráter; não à aparência. 

Uma das maiores carências da atualidade é o retorno à Palavra de Deus. Essa sociedade do som faz barulho demais para evitar o exercício do silêncio. Precisamos resgatar a verdade que que não é só de música que um adorador se alimenta, mas sim da Palavra de Deus, que o capacita a louvar. Sem o coração enraizado nas Escrituras, todo cântico é apenas melodia sem conteúdo, som sem verdade, ecos de um vazio interior profundamente angustiante.

2. Levita como marca de legitimidade
O século XXI é escravo das marcas. Tudo tem sua etiqueta. Nessa busca alucinada por legitimidade, muitos optam por nomes artísticos esdrúxulos (estranho, esquisito), polêmicas, ou mesmo alguma atitude bizarra que lhe confira destaque. Outros, com a mesma intenção, utilizam termos bíblicos para si mesmos ou para suas práticas.

2. LEVITA COMO MARCA DE LEGITIMIDADE

O comércio da música gospel é um mercado de disputa acirrada, cantores e cantoras evangélicas em busca de sucesso fazem de tudo para serem reconhecidos, alguns adotam nomes artísticos para se destacarem. Muitos vão à televisão e sentem-se como verdadeiros “astros” e “celebridades”. Alguns esquecem que são apenas servos de Deus. A busca pelo dinheiro, shows e espaço na mídia têm ofuscado a visão de muitos cantores que se dizem “levitas”. Do primeiro amor já não se lembra mais, querem alcançar uma estabilidade financeira como se fosse qualquer outra profissão.


2.1. O problema do ego: a doença da superioridade
Não são poucos os “levitas” que se julgam num patamar de espiritualidade sublime e infinitamente superior aos outros mortais. Gente infectada pelo vírus absurdo da arrogância (1Co 4.8). Essa doença luciferiana do ego é um produto de exportação que o mundo joga na Igreja – e ela abraça – com extrema facilidade. Há levitas que não aceitam ordens de ninguém: dos pais, em casa, do pastor, ninguém pode confrontá-los. Essa enfermidade do ego é uma espécie de câncer do orgulho, provocando uma metástase que aniquila a humanidade. Deus procura servos (Fp 2.3).

2.1. O problema do ego (núcleo da personalidade de uma pessoa, por isso que uma pessoa egocêntrica se torna insensível as preocupações do outros).: a doença da superioridade
A verdade é que existem muitos “levitas” humildes que são verdadeiros adoradores, seus objetivos visam louvar e engrandecer o nome do Senhor. O problema acontece quando alguns se deixam influenciar pela fama, elogios e o sucesso alcançado.

 “Essa doença luciferiana do ego”, quer dizer que é uma doença originária de Lúcifer, o primeiro ser que deixou seu ego subir a cabeça e quis ser mais do que o Criador.

Infelizmente, uns utilizam uma infinidade de termos judaicos para si mesmos ou suas práticas; outros usam o termo “levita” para conferir autenticidade à sua suposta vocação. O problema é que, transformar em marca de mercado algo com significado profundamente espiritual, gera um desequilíbrio de essências e uma tragédia teológica. 

2.2. O perigo da distorção: o desrespeito à Palavra
Um dos maiores erros que um cristão pode cometer é basear suas práticas em versículos isolados das Escrituras. Além de ser um grosso erro hermenêutico (interpretação dos textos, do sentido das palavras), é também a principal razão do surgimento de diversas seitas e heresias. Em Mateus 4, o diabo usa textos isolados pra obrigar Jesus a fazer a sua vontade. Muitos dos levitas de hoje, com esse tipo de exercício hermenêutico duvidoso, assumem para si os perigos de adulterarem o texto e o contexto bíblicos, gerando terríveis distorções e confusões.

2.2. O perigo da distorção: o desrespeito à Palavra
O PERIGO DA DISTORÇÃO DA PALAVRA ESTÁ NO FATO EM QUE AS PESSOAS PODEM SER LEVADAS A ESPECTATIVAS ERRADAS

Usar a Palavra de Deus de qualquer maneira é agir com falta de reverência ao Senhor. O nome do Senhor não pode ser pronunciado ou “cantado” em vão. “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Êx. 20.7).

Deus É Deus
Delino Marçal
   
Minha fé não está firmada
Nas coisas que podes fazer
Eu aprendi a Te adorar pelo que és

Dele vêm o sim e o amém
Somente dEle e mais ninguém
A Deus seja o louvor

Se Deus fizer, Ele é Deus
Se não fizer, Ele é Deus
Se a porta abrir, Ele é Deus
Mas se fechar, continua sendo Deus

Se a doença vier, Ele é Deus
Se curado eu for, Ele é Deus
Se tudo der certo, Ele é Deus
Mas se não der, continua sendo Deus

A Bíblia não é um livro para legitimar manias e artimanhas de um indivíduo ou de um grupo específico. Ela é o Livro dos Livros, o espelho que mostra as nossas dores, e, assim, confrontando-nos, oferece cura. Quando a Palavra de Deus é distorcida, as heresias começam a nascer. 

2.3. A crise dos holofotes: o terrível medo do esquecimento
Vivemos num tempo histórico marcado pelo esquecimento. Hoje, o novo dura pouco. Muitos agonizam por medo de não serem notados, ou pior, serem descartados. Não são poucos os casos de celebridades do mundo secular que, ao caírem no ostracismo, “se convertem” e entram na Igreja visando reconstruir seu mundinho particular de aplausos e bajulação. Em busca de legitimidade, criam testemunhos, revelações, visões, profecias e mágicas. Chegam até mesmo a arrastar para si textos e termos bíblicos, num flagrante desrespeito ao sagrado. Essa perigosa inversão produz a tão devastadora idolatria (obra da carne), e, com ela, o afastamento da glória (1Sm 4.21). Obcecados pelos holofotes, esses “levitas/artistas” esquecem que somos chamados para ser “luz” (Mt 5.14), e que, sem a verdadeira luz (Jo 8.12), todo o universo acaba em suas próprias trevas.

2.3. A crise dos holofotes: o terrível medo do esquecimento

O mercado da música é muito disputado. Quando um cantor está no auge do sucesso é muito bom, pois se torna o centro das atenções nos meios de comunicações e são vistos como celebridades pela sociedade. Porém, são poucos os que conseguem se firmar por muito tempo fazendo sucesso, com o passar do tempo, alguns são até esquecidos pelas mesmas pessoas que antes aplaudiam. 

Alguns cantores que já não fazem sucesso com músicas mundanas encontram na música evangélica um meio de voltar ao sucesso que já tiveram em tempos atrás. Talvez seja por isso, que a música gospel virou apenas um grande comércio para satisfazer o ego de alguns “levitas/artistas” que vieram para nosso meio, dizendo-se que aceitaram a Jesus como Salvador, mas na verdade, nunca se converteram de coração, não houve mudança de vida. 

Precisamos urgentemente entender que não somos chamados para ostentar uma etiqueta levítica, mas para transmitir a verdade da graça. Quando louvamos com sinceridade de coração, não precisamos colocar nenhum título, nenhuma patente, pois o impacto do louvor verdadeiro é muito mais forte do que a maquiagem técnica. Não é o que sabemos sobre os levitas da Palavra de Deus que nos confere legitimidade, mas sim o quanto amamos ao Eterno Deus e a Sua casa. Se a verdade não estiver enraizada no íntimo, toda a fachada será apenas propaganda enganosa – crime! Deus procura homens verdadeiros, honestos. O Senhor Deus prioriza a fidelidade. Não impressionamos a Deus com nossa bela música, pois Ele já tem a perfeita musicalidade celeste. O que mais toca o coração de Deus não são os acordes furiosos de uma guitarra levítica, mas as cordas da alma, tocadas pela habilidade insuperável do Maravilhoso Espírito Santo de Deus.

3. Redescobrindo o servir
Segundo a lei mosaica, os levitas eram chamados para servir. Alguns dos seus deveres eram: levar a arca (1Sm 6.15; 2Sm 15.24); realizar vários serviços no tabernáculo (Êx 38.21; Nm 1.50-53); servir Arão e seus filhos (Nm 3.9; 8.19).

3.1. A vida como serviço ao Senhor
Ser levita não era apenas cumprir uma agenda de trabalhos do templo e voltar para casa como um trabalhador braçal sem envolvimento de alma. Era saber que sua vida tinha sido escolhida pelo Deus de Israel. A tribo de Levi devia servir como um substituto de todos os primogênitos do sexo masculino em Israel (Nm 3.11-13). Como todo o primogênito da terra e dos animais pertence ao Senhor, deveriam ser sacrificados a Ele. Porém, como Deus não recebe sacrifícios humanos, Ele recebeu a tribo de Levi como substituta. Um levita em lugar de cada primogênito do sexo masculino em Israel. Os levitas sabiam que suas vidas eram valiosas para o Senhor. O que falta aos levitas de hoje é a consciência de que Deus não quer sacrifícios, mas um sacro-ofício, feito por uma vida íntegra e pura.


- “Alguns de seus deveres eram: levar a arca”, levitas na verdade eram todos os da tribo de Levi e que tinham o deveres de servir no Templo, alguns eram separados de acordo com a família para louvar com músicas e instrumentos. 

O rei Davi incumbiu os levitas da música litúrgica e de serem guardas do templo (1Cr 9.26; 15.16,17, 22; 26.17). No tempo do sacerdote Esdras, escriba hábil na Lei de Moisés, os levitas ensinaram a Lei ao povo (Ne 8.7,8). Essa vocação para o serviço precisa ser resgatada urgentemente pelos que se chamam “levitas”, mas que detestam o abençoado exercício de servir.

3.2. Servir por amor
Servir não pode ser apenas produto de uma mecânica decorada, mas de um amor que nos direciona ao outro. Quando o Espírito do Senhor está em nós, amamos o serviço. Estar cheio do Espírito de Deus é estar cheio de amor. Sem o amor, os dons são sem valor (1Co 13). O amor requer os dons como equipamento necessário para um serviço aos outros (Ef 5.18-21). Um levita que não serve, perdeu a essência. Um levita sem amor, nunca foi levita. Um levita que não serve por amor, não pode ser servo de Cristo – o substituto maior!
Quando o Espírito Santo de Deus habita em nós, temos comunhão uns com os outros. Aprendemos – com os outros – a ter motivos para louvar e adorar. Não deve existir uma luta de classes, uma hierarquia do louvor, uma categoria superior. Juntos, adoramos ao nosso Pai, sob a mesma unção, centrados na mesma Palavra, indo para o mesmo coração. Se o princípio da comunhão for adulterado, não pode haver genuína adoração.


3.2. Servir por amor
De modo algum podemos servi a Deus apenas pelas obrigações na igreja, esse tipo de serviço pode até agradar os irmãos, mas não alegra o coração de Deus. Servir ao Senhor, antes de ser um ato de obediência regrada, tem de ser um ato de amor. 

3.3. Servindo além dos horários de culto 
É preciso resgatar a certeza de que o culto não é prisioneiro do calendário. Culto é uma expressão de louvor e gratidão a Deus “em todo o tempo” (Ec 9.8). Deus não está preso às nossas agendas, nossos calendários. Muita gente mantém apenas uma aparência que tem prazo de validade (apenas enquanto o culto é celebrado no templo), com isso, perde a maravilha de servir a Deus na vida. Deus não procura homens e mulheres que só funcionam de congresso em congresso, mas que sabem que foram chamados para o serviço do Mestre em qualquer tempo (2Tm 4.2).
3.3. Servindo além dos horários de culto

Os levitas eram designados nominalmente para ministrarem na casa do Senhor segundo a ordenança de cada dia (1 Cr 16.37-42). Ora cantando, ora tocando e ora cuidando da arca. Os levitas devem estar sempre em sintonia com a casa do Senhor e seus ofícios. Hoje, não vivemos literalmente na casa do Senhor para ministrar, mas nós somos o templo do Senhor e assim podemos de forma contínua, mesmo não estando na igreja (templo), podemos ministrar ao Senhor e oferecer sempre o nosso sacrifício. 

Levitas das 19 às 21 horas há em todo lugar, mas gente consagrada em todo tempo é uma raridade que os olhos do Senhor ainda buscam (Sl 101.6). Deus busca levitas dos hospitais, das prisões, dos oprimidos, dos moradores de rua, dos perdidos da vida. Não os levitas de palácio, mas aqueles que conseguem andar nas ruas e enxergar os aflitos. Mais do que nunca, urge a necessidade de levitas que não ignorem os feridos (Lc 10.32). Que o Eterno Deus levante homens e mulheres que amem o serviço do Seu Reino.

Conclusão
Cristo já cumpriu a Lei. Não somos levitas. Somos servos, gratos a Jesus por ter derrubado os muros das diferenças. Qualquer um pode louvar e adorar. Não há um monopólio. Não precisamos nascer numa determinada tribo para termos acesso ao louvor, só precisamos “nascer de novo” (Jo 3.1-21).

CONCLUSÃO
Embora, hoje, biblicamente não tenhamos mais levita, pois os levitas pertenciam à tribo de Levi, temos o “ministério” de continuar servindo a Deus. O trabalho do levita é muito importante e cada vez mais deve ser ensinada, tirando-se a falsa ideia de que apenas os músicos são levitas. Os levitas separados por Davi para servirem na casa do Senhor eram quase quarenta mil, contudo, apenas cerca de 3600 eram músicos ou cantores. Isso mostra a imensa deficiência de levitas que temos nas igrejas atuais. Muitos são levitas e não tem consciência disso, outros não são porque nunca foram ensinados sobre como podem ser e não há nada melhor do que ter verdadeiros “levitas” trabalhando na casa do Senhor em todos os departamentos.