domingo, 30 de outubro de 2016

Lição 5 - A pureza do louvor na adoração

TEXTO ÁUREO
Comentarista: Pastor José Elias Croce

“Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.” Sl 9.1

VERDADE APLICADA
Louvar ao Senhor não é apenas a emissão de sons, mas a entrega incondicional de tudo aquilo que somos em tributo ao Seu nome.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
 Aprofundar o entendimento das dimensões do genuíno louvor;
 Discutir os rumos do louvor na atualidade;
 Preservar o puro louvor.

GLOSSÁRIO
Dilema: Situação embaraçosa entre duas soluções fatais, ambas difíceis ou penosas;
Hodierna: Relativo ao dia de hoje; moderno; de agora mesmo; de nosso tempo;
Medíocre: Mediano, sofrível, vulga; aquele que tem pouco talento, pouco espírito, pouco merecimento.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sl 22.22 - Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
Sl 22.23 - Vós que temeis ao SENHOR, louvai-o; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, descendência de Israel.
Sl 22.24 - Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
Sl 22.25 - O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
Sl 22.26 - Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao SENHOR os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.


HINOS SUGERIDOS
♫ 25, 126 e 454.

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Louve a Deus pelos jovens de nosso país que têm se dedicado fielmente a Ele.

TÍTULO 
LOUVOR: é uma celebração que fazemos a qualquer coisa.
É uma homenagem. Cantar o hino nacional é um louvor.
ADORAÇÃO: é uma veneração a Deus. É reverenciar.

Introdução
A Bíblia, a Palavra de Deus, é um livro de louvores e, no contexto da espiritualidade, revela ângulos magistrais da natureza relacional do Eterno Deus – o Deus das melodias perfeitas(2Cr 20.19-20).

INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada sendo a Palavra de Deus revelada ao homem é uma fonte de louvor e adoração porque nela está arraigada toda verdade a respeito de Deus. Assim, a fim de adorarmos a Deus de forma autêntica temos que conhecer a verdade de quem Ele é e quem somos nós. Quando conhecemos essa verdade, cremos nela e a amamos, então estaremos prontos para adorar com sinceridade. Enquanto a verdade acerca de Deus estiver imprecisa e insensível em nossas mentes, nossa adoração será forçada e falsa. 

1. Louvor: a expressão da alma
É interessante notar o quanto os poetas utilizam a música para revelar o que ocorre nas sombras de sua intimidade. O salmista Davi escreve: “Sara a minha alma, porque pequei contra Ti.” (Sl 41.4). O mesmo Davi também exclama: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor.” (103.1). O louvor é utilizado (seja em poesia ou em lágrimas) como expressão da profundidade da alma.
1. LOUVOR: A EXPRESSÃO DA ALMA
Deus preocupa-se mais com a atitude do coração do que com a forma da adoração. A adoração tem que ser real. Jesus declara: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram..." (Mateus 15.8)

1.1. Alegria: presença de Deus gerando festa na alma
Muitas pessoas associam o louvor somente à alegria. Poucos conseguem compreender o louvor que nasce da crise. Contudo, é realmente bom louvar na alegria (Tg 5.13). A alegria, que o apóstolo Paulo coloca na esplêndida lista do fruto do Espírito (Gl 5.22), é o ingrediente mais incentivador do louvor. É ótimo poder louvar na alegria, pela alegria, com alegria e para gerar alegria. A alegria é, na realidade, o que deve distinguir a vida cristã das outras que não conhecem Deus.
Alguns usam recursos como metáforas, gestos, gritos, danças; outros louvam na comunhão da igreja, amparados pela coletividade. Mas, uma coisa é certa: o homem não vive sem expressar o que habita na sua alma. Embora vivendo num mundo caído, onde a tristeza é parte fundamental dos dias, a alegria do cristão está firmada numa esperança: o retorno de Cristo. Essa esperança é que nos mantém sempre com “um novo cântico” (Sl 40.3). O louvor que flui da alegria é, em si mesmo, a alegria de poder louvar.
1.1. Alegria: presença de Deus gerando festa na alma
Somos alegres porque temos em nossa vida a presença do Espírito Santo que alegra nossos corações independente das crises que enfrentamos. É a certeza da presença de Deus em nossas vidas que nos deixa alegres. O livro de Neemias declara que a alegria do Senhor é a vossa força (Neemias 8.10). Portanto, mesmo diante de situações tristes do dia a dia devemos ter alegria, pois a Palavra de Deus, a adoração e o louvor nos mantém firmes e fortalecem a nossa fé. 
Moisés após a travessia do Mar Vermelho por Israel cantou: “O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação, este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei” (Êxodo 15.2).

1.2. Quando o louvor enfrenta a dor
O hino 126 da Harpa Cristã, de autoria de Frida Vingren, “Bem-aventurança do crente”, tem uma frase emblemática: “Os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu lindas melodias se ouviram na escuridão”. O louvor que enfrenta a dor parece rasgar a alma.  Ele vem das profundezas de uma interioridade inflamada, e, na contramão da alegria, produz salmos. Vivemos numa sociedade (e igreja) viciada em sucesso, que conspira contra a ideia da dor. Parece ser proibido sofrer, na atualidade. Contudo, são nessas crises, noites assustadoras, que o louvor se levanta como triunfo. Por isso é que o apóstolo Paulo louvou de forma tão bela: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente.” (2Co 4.17).
É difícil definir o que é louvor. Por se tratar de uma experiência pessoal, individual, cada ser tem sua definição, sua forma de olhar. Contudo, o louvor é o culto da alma, expressão íntima, profunda, ora alegre, ora triste, é a alma utilizando silêncio, sons e gestos como ponte entre o humano e o sagrado. A música parece ser o dom de nos aproximar das realidades espirituais mais agudas.
1.2. Quando o louvor enfrenta a dor
O verdadeiro louvor e adoração não acontece somente em momentos de paz quando tudo ao nosso redor está bem. Foi assim que Jó expressou seus sentimentos: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (42.5,6). 

1.3. O louvor como testemunho das grandezas de Deus
No texto bíblico de Atos 4.32, há um detalhe interessante: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam.”. A mesma alma, mesmo sentimento, mesma motivação, mesma direção. Quando isso acontece, o louvor se transforma num poderoso testemunho da ação e das grandezas de Deus. Principalmente hoje, nessa sociedade do egoísmo, onde o individualismo cega e acirra o processo doentio das competições, ter a mesma alma é quebrar padrões, apregoar a verdade do Deus que nos une, mantém e sustenta em Seu amor. Uma das mais poderosas formas de louvor a Deus é a comunhão honesta, sincera, desinteressada e plena. As festas de Israel tinham esse alvo: louvar a Deus em comunidade, gratos por Sua atuação e cuidado.
Os salmos de Davi são exemplos máximos de louvor a Deus. Em alguns de seus salmos, denominados descritivos, o rei Davi exalta a pessoa de Deus, Seus atributos, ou seja, expressa em palavras a sua visão da divindade. Em outros, conhecidos como “declarativos”, Davi nos oferece algumas características do que poderíamos definir como “louvor bíblico”, uma vez que, nestes salmos, a ênfase é no que Deus fez para Seu povo. Estes salmos declaram, de forma artística e poética, a majestade e a glória de Deus. Através destes salmos, descobrimos que não pode existir um louvor verdadeiro sem um relacionamento íntimo com Deus, assim como um relacionamento com Deus não pode existir sem louvor. O louvor a Deus requer uma vida de envolvimento com Ele. Não há uma maneira impessoal de expressar louvor ao Todo Poderoso. O louvor sempre é pessoal – apesar de (e poder) ser realizado coletivamente. Ninguém pode expressar o louvor de outro. Cada um tem suas próprias experiências com Deus, pelas quais deva agradecer e expressar o seu louvor. Louvor significa “falar bem de”, “exaltar”, ou “magnificar as virtudes”. No livro de Salmos, esses significados da palavra louvor são direcionados ao Eterno Senhor Deus, principalmente levando em conta Suas obras e Seu cuidado pelo Seu povo.
1.3. O louvor como testemunho das grandezas de Deus
Em Deus temos nova vida, fomos regenerados, transformados. E assim é o nosso louvor, testemunhamos para sociedade através de nossas condutas práticas mostrando aquilo que Deus fez por nós, vivendo em amor, comunhão, paz e obediência a Deus. 

2. A atualidade e a crise do louvor
Infelizmente, a atualidade enfrenta uma séria crise no louvor. Deslizes teológicos, pobreza artística, hermenêutica frágil, ausência de vida com Deus. Louvar não é apenas misturar rimas e sons, é o produto do caráter, da autêntica vida com Deus, da verdadeira espiritualidade.
2. A ATUALIDADE E A CRISE DO LOUVOR
Essa crise acontece por falta da observação da Palavra de Deus, onde não há nenhum sentimento de reverência a Deus. Para algumas pessoas, ir a igreja é a mesma coisa de ir passear em qualquer lugar. O louvor é apenas um espetáculo que alguns dizem ser espiritual, às vezes nada mais que muito choro e gritos, outras vezes apenas pulos e aplausos. O louvor requer uma reverente preocupação com o que agrada a Deus e testemunho de vida diante do Senhor. Embora seja bom, o louvor, não pode ser para agradar o público, seu propósito deve ser de louvar a Deus.

2.1. O perigo da sedução da grandeza
A maioria das pessoas hoje vive um dilema: o louvor também pode acontecer no anonimato? A ideia que impera é de que o chamado “ministro de louvor” é aquele que lidera um grande “ministério”, com orquestra profissional, badalação e mídia suficiente para lotar estádios. É a adoração corporativista. Aquele irmão da congregação na periferia, com um violão inferior e uma voz pouco privilegiada, do ponto de vista dessa geração corporativista, não é um ministro de louvor. Essa sedução da grandeza é perigosa porque tira o foco de Deus dos nossos olhos.
O mercado de louvor vende muito e, com isso, muitos se perdem nessa encruzilhada ética entre o louvor a Deus e o ramo musical que agrade à mídia. A era do marketing definitivamente invadiu a musicalidade cristã. O Senhor Deus gosta de coisas grandes, profissionais e arrojadas? Obviamente que sim! Mas Ele não faz acepção de pessoas (Rm 2.11), até porque no céu não entra nada errado, portanto, até mesmo os desafinados, quando louvam de alma, Deus conserta a melodia e a recebe no céu como uma sinfonia perfeita.
2.1. O perigo da sedução da grandeza
O louvor não está restrito apenas em igrejas cheias, onde se faz presente um “ministro de louvor”. É verdade que cultuamos e adoramos em conjunto com os irmãos, mas também adoramos e cultuamos a Deus individualmente na humildade e simplicidade de cada um. E isto, é uma verdade, embora estejamos reunidos na igreja, a entrega do louvor a Deus é individual. 
É possível a realização de cultos com outros fins - políticos, econômicos, pessoais, mas que não visa a adoração. Ao falar a respeito do "perfeito louvor", Jesus cita a pureza e simplicidade das crianças (Mt 21.16). Logo, devemos entender que louvar a Deus, ainda que seja algo feito em um contexto coletivo, é uma atitude que devemos fazer de forma espontânea, por meio da gratidão, quebrantamento e humilhação.

2.2. Culto ou show?
A ideia secularizada dos templos/shoppings e dos cultos/shows tem sido altamente negativa para a espiritualidade hodierna. Muitos vão aos “cultos” em busca de entretenimento religioso e não de uma oportunidade para prestar (e não assistir) um culto ao Senhor. Ao invés de adoradores, temos consumidores, gente atrás da antiga política dos romanos (pão e circo), ao invés das grandes realidades da graça. Uma espiritualidade sacrificada no altar do sucesso está mais próxima dos ideais de certo querubim (Ez 28.14,15), do que de um carpinteiro que pregava a humildade.
Os adeptos desse tipo de movimento detestam ler essas verdades e esse ódio teológico acaba comprovando essa mesma verdade: a falta de humildade alimenta uma religiosidade elitista, onde o show deixa a plateia com o ego cada vez mais cheio. Que Deus nos livre desses altares.
2.2. Culto ou show?
Alguns têm concepções erradas de um verdadeiro culto prestado ao Senhor, confundem louvor, com liturgia animada, com coreografia, com animadores de programas religiosos, com show gospel e etc. Da mesma forma, também adoração com encenação, onde as pessoas ficam saltitando, pulando e dançando. Esse tipo de cultuar a Deus sem uma vida de santidade é fogo estranho diante do Senhor, é ofensa a Deus (Am 5.23-25). A adoração nos cultos que agrada a Deus precisa ser em espírito e em verdade, tem que ser pautada na Palavra de Deus, senão é fogo estranho. Culto e adoração bíblica não é histeria carnal, é quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. Deus não procura adoração, Ele procura adorador.

2.3. Celebridades ou servos?
Algumas pessoas costuma atribuir esse crescimento dos tais “ministérios de louvor” a um avivamento, contudo, não há avivamento sem três coisas fundamentais: humildade, quebrantamento e renúncia. O número de “celebridades” cristãs aumentou imensamente Nossos “artistas” disputam espaço na mídia, convivem como iguais entre os artistas seculares, que, por sua vez, quando começam a cair no esquecimento, correm para o meio “gospel”. É questionável esse nome de “artista”, pois artista é quem produz arte, e, no meio evangélico atual, há uma pobreza artística gritante. Letras medíocres, coreografias tristes e repetitivas, teatro sempre procurando incutir medo ao invés de amor.
Deus não procura celebridades, mas servos. Gente que se gaste pela causa da cruz. Paulo, um homem de grandiosos feitos, em várias cartas, inicia dizendo: “Paulo, servo de Jesus Cristo.” (Rm 1.1; Fp 1.1; Tt 1.1). Servo não tem nome, autoridade, camarote, vontades ou mídia, mas tem “as marcas de Cristo” (Gl 6.17).

2.3. Celebridades ou servos?
É verdade que há ministros seja de louvor ou de palavras que se destacam em relação aos outros por possuírem uma excelente voz e eloquência que impressionam os ouvintes. Porém o que toca o coração de Deus e da igreja em uma ministração, quer seja da palavra ou de louvor, é se quem está ministrando colocam em práticas o que louvam e ministram nas igrejas. Sabemos que há muitos líderes, seja de louvores ou de palavras que realmente são humildes e servos do Deus altíssimo. No entanto, existem aqueles que se acham celebridades, infelizmente, perderam a noção do que significa ser servos de Deus. É necessário salientar que Jesus não veio para ser servido, Ele veio para nos servir. Esses “ministros” deveriam aprender com o Mestre, que foi exemplo de servo (João 13.1-16).

3. A presença de Deus e o louvor
Por incrível que pareça, vivemos um tempo onde a presença de Deus é pouco desejada (quando não é descartada). O louvor, seja ele na música ou na oração, celebra a presença santa do Eterno e Maravilhoso Deus.
3. A PRESENÇA DE DEUS E O LOUVOR
À adoração sincera exige que o adorador se concentre tão somente em Deus. Nada pode ser mais importante que Sua presença. Portanto, devemos nos esquecer dos problemas, não permitir que alguém lhe distraia ou tire a sua atenção. A pessoa de Deus se faz presente na igreja, aproveite esse momento para externar seu louvor em gratidão a Ele.

3.1. Louvando sem palavras
Quando a presença de Deus é real em nosso meio, as palavras somem. Ficamos numa dimensão sagrada, flutuando na graça, deixando o vento do Espírito nos levar. Em João 3.8, Jesus diz a Nicodemos: “o vento assopra onde quer.”. Essa capacidade do Espírito de Deus de ser livre, de soprar sem pedir licença, na vida dos que estão dentro e fora dos “padrões” oficiais, alegra nossa alma e é o combustível máximo da espiritualidade. É o vento que vem para nos levar às alturas, ao encontro do Pai.
Quando a experiência do louvor é real, somos transportados à realidade da presença de Deus e essa realidade se encarrega de produzir os mais intensos louvores. Esse ciclo abençoado precisa ser resgatado. A tragédia de muita gente hoje é não ter mais a experiência transformadora dessa presença que a tudo abraça. Diante da presença de Deus, o profeta Isaías não conseguiu achar palavras para descrever o momento, então se resumiu a dizer: “e o seu séquito enchia o templo.” (Is 6.1). Diante de Deus, lágrimas louvam muito mais do que meras palavras (1Sm 1.13).

3.2. Refletindo Deus no louvor
Uma das dimensões mais tremendas da presença de Deus é que ela pode se manifestar através de nós. O irmão pode ver Deus em meu rosto e eu posso sentir os braços do Pai ao abraçar o irmão (Rm 8.29). Quando louvamos com sinceridade de coração, refletimos Deus ao mundo; pregamos um Evangelho sem palavras, gesticulamos a graça para uma sociedade surda.
O Eterno Senhor Deus se manifesta em nós, para que nosso louvor o manifeste aos outros. Essa vocação missionária do louvor precisa ser resgatada urgentemente. Os estudiosos classificam os salmos em vários gêneros literários, dentre os quais estão os “salmos de ações de graças”. Curiosamente, poucos são os salmos que podem ser classificados nesse gênero. Isso porque nosso conceito de gratidão talvez não condiga com a mentalidade dos autores bíblicos. “Entrai pelas portas dele com louvor, e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.” (Sl 100.4). O verbo traduzido por “render graça” é o termo hebraico “yadah”. Essa palavra significa essencialmente um reconhecimento (confissão pública) dos atos de Deus na história.
3.1. Louvando sem palavras
Louvamos a Deus através de nossas ações e atitudes, nosso comportamento junto a sociedade reluz quem realmente somos sem ser preciso palavra alguma. Porém nesse tópico o autor se refere ao momento em que o adorador estar diante da presença de Deus. Esse encontro é tão magnifico que ficamos sem palavras para expressar nosso louvor. Diante da presença de Deus em nosso meio, não há palavras que possa descrevê-las, tamanha é a grandeza desse momento. É o Espírito Santo que coloca dentro do coração do adorador a alegria e o contentamento, onde a única voz que sai é de louvores inexprimível, não há palavras, ou seja, são momentos que transcendem qualquer explicação, tamanha é a glória de Deus.

3.3. Uma presença que não abandona
Outras presenças se cansam. No entanto, Deus nos garante um presença fiel e constante: “todos os dias” (Mt 18.20). Não é uma presença que aparece somente no domingo ou no “louvorzão”. É uma presença que nos faz louvar na hora da agonia, da cruz. É a presença que desafia o caos. Na passagem bíblica de 2 Reis 13.20,21, há um acontecimento magistral: o profeta Eliseu foi sepultado; quando um grupo de invasores chega, alguém lança um cadáver na sepultura de Eliseu e a Palavra de Deus diz “E, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu, e se levantou sobre os seus pés.” Até mesmo na morte, na sepultura fria, a presença que não abandona produz motivos de louvor.
Assim como “os céus declaram a glória de Deus” (Sl 19.1), somos chamados a declarar eternamente o poder e a magnificência de Deus (1Cr 29.10-14). Quando o louvor da Igreja, a Noiva de Cristo, for inteiramente, e somente para Deus, o avivamento virá e nos auxiliará no resgate necessário das grandes certezas da fé.



3.2. Refletindo Deus no louvor

Na criação do homem Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). A imagem de Deus é refletida pelo homem conforme a sua conduta. Quando a pessoa vive conforme a vontade de Deus pode sim refletir Sua presença, para tanto, espera-se que esta pessoa tenha uma vida contínua de intimidade com o Senhor. O adorador quando louva a Deus com pureza de coração reluz a presença de Deus ao mundo, seja através do louvor ou em palavras. 

Conclusão
O louvor verdadeiro está muito além de verbalizações musicais, de danças e coreografia rasas, gritos e convites a demonstrações de poderio numérico. O louvor verdadeiro nos conduz à intimidade com Deus, a uma espiritualidade sem máscaras, onde, face a face, louvamos ao Deus Onisciente.