TEXTO ÁUREO
Comentarista: Pastor José Elias Croce
“Ó vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.” Sl 95.6
VERDADE APLICADA
A adoração deve ser a prioridade de nossa vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Explorar a amplitude da adoração na Bíblia Sagrada;
● Valorizar a adoração como prioridade de vida;
● Enfatizar a centralidade da adoração na nossa vida.
GLOSSÁRIO
Celeuma: Algazarra, barulho, gritaria;
Displicente: Desleixo; desinteresse, indiferença; negligência;
Imolar: Matar vítimas para oferecê-las em sacrifício sobre o altar; renunciar em atenção a alguém ou alguma coisa; sacrificar, perder.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Sl 95.1 - Vinde, cantemos ao SENHOR! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação!
Sl 95.2 - Apresentemo-nos ante a sua face com louvores e celebremo-lo com salmos.
Sl 95.3 - Porque o SENHOR é Deus grande e Rei grande acima de todos os deuses.
Sl 95.4 - Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas.
Sl 95.5 - Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.
Sl 95.6 - Ó vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou.
HINOS SUGERIDOS
♫ 412, 454 e 522.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Peça a Deus que lhe mostre o que tem lhe impedido de colocá-Lo em primeiro lugar em sua vida.
Introdução
Esta temática nos leva a assumir um profundo comprometimento, pois a primeira grande revelação que deve despontar nesta “centralidade” é o conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração.
Focados em Deus
Temos vivido dias de tribulação. Em um ritmo cada vez maior, a vida em sociedade nos impõe compromissos materiais, sociais e financeiros que absorvem a maior parte de nosso tempo de vida.
Acordar, trabalhar, estudar, descansar; acordar, trabalhar estudar, descansar. Essa rotina moderna destrói e corrompe nossos relacionamentos, tornando-os superficiais até com nossos próprios familiares. O que se dirá então de nosso compromisso mais nobre e necessário enquanto cristãos?
Como anda nosso relacionamento com Deus? Conseguimos conciliar essa correria toda com a atitude de verdadeiros adoradores do Altíssimo? Estaremos nós, em constante oração e reverência para com o Pai?
Estamos cumprindo a agenda social da semana ao comparecer à nossa congregação, ou estaremos separando verdadeiramente tempo para esquecer o mundo e adorar somente Àquele que é Digno?
Nessa lição estaremos focados na centralidade de Deus: como nosso Criador, como nosso Senhor e como a Pessoa de onde emana toda a vida verdadeira. Examinemo-nos com sinceridade. Perguntemos ao nosso íntimo se realmente estamos o tempo todo conectados com o Pai das Luzes.
Abraão foi duramente provado por Deus, esteve na iminência de perder seu bem mais precioso, e esse tesouro não era ouro nem prata, mas seu próprio filho Isaque, pedido em sacrifício pelo Eterno.
Sem relutar procedeu com extrema obediência até a quase consumação do ato, provando que sua fé e reverência a Deus eram mais importantes do que tudo, inclusive seu primogênito.
Deus não queria Isaque, queria a confirmação do espírito adorador de Abraão, e este não o negou.
Jó, um homem próspero, com uma bela e numerosa família, bem relacionado e prestigiado em sua sociedade, vivia despreocupado, mas não deixava de ser justo, honesto e obediente ao Senhor. Foi duramente provado, perdeu seus numerosos bens, seus filhos, sua saúde e até o respeito de sua esposa. Mas, apesar de não entender como todas essas calamidades sobrevieram, não negou a Deus em momento algum, continuou adorando-O!
O Pai Celestial, reconhecendo sua fidelidade, restituiu em dobro tudo a Jó e ele viveu com prosperidade, morrendo farto de dias.
Estaríamos nós, hoje, preparados para semelhantes revezes e provações? Essa é uma pergunta que cabe a cada um de nós, cristãos, responder dentro de seu coração.
Que o Senhor Nosso Deus esteja todo o tempo no coração, na mente e no espírito de cada um de nós, seus adoradores!
Uma semana abençoada e proveitosa, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso - Colaborador
INTRODUÇÃO
- Querido(a) professor(a), nesta lição se concentre em falar de como devemos colocar o Senhor no centro de toda adoração.
- “nos leva a assumir um profundo comprometimento”, se refere à temática “centralidade da adoração”, e quer dizer que saber disso e acreditar nisso nos conduz a ter compromisso com o Senhor.
- “conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração”, esse é um requisito essência, pois para colocar o Senhor no centro da adoração é necessário que saibamos como adorar verdadeiramente.
1. DEUS É O CENTRO DE TUDO
- “Se temos Deus no centro de nossas vidas, temos tudo o que necessitamos”, não é ter o que se quer, mas o que se precisa, depois de um tempo descobrimos que é melhor ter o que se precisa do que ter o que se quer.
1.1. A adoração verdadeira tem Deus como o centro
Quer O adoremos em particular ou em público; no nosso quarto, em família ou na assembleia dos santos; o centro tem que ser o próprio Deus (Jo 4.24). No culto, por exemplo, Deus deve ser o centro da nossa reunião. Chegamos a Ele através de Jesus Cristo, o Seu Filho. O cristão deve adorar somente a Deus. Podemos honrar os homens(Rm 13.7; 1Pe 2.17), mas adoramos somente a Deus. Podemos reconhecer as maravilhas da criação de Deus, mas adoramos ao Criador. Não se deve adorar a nenhum homem temente a Deus, santo ou anjo (At 10.25-26; Ap 22.8-9). Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros, todos são ídolos (Êx 20.4-6). Talvez alguém pergunte: “Mas como podemos adorar um Deus a quem não podemos ver nem tocar, e cuja voz não é audível ao ouvido humano?”. A resposta é: pela fé! (Hb 11.1).
A atitude de colocar Deus no centro requer o entendimento de que tudo na vida esteja ligado a essa “centralidade”, portanto, não podemos pensar no tema superficialmente, como um argumento para o preenchimento de uma pauta. É um exercício que envolve tudo na vida e a razão da compreensão da própria existência. Devemos tomar cuidado para que as maravilhas do mundo não nos afastem da presença de Deus, pois o mundo oferece muitos “caminhos” (Pv 14.12). Saber que Deus conhece todas as coisas é uma verdade admirável. A princípio pode trazer algum temor, no entanto, o melhor é a sensação de segurança para os que n’Ele confiam. O salmista Davi estava tão extasiado em pensar nisto, que afirmou: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.” (Sl 139.6).
1.1. A adoração verdadeira tem Deus como o centro.
- “Deus deve ser o centro da nossa reunião”, na atualidade existem reuniões cristãs onde o Senhor não é adorado, chamam de louvor, mas não louvam a Deus. São pregações e canções de autoajuda.
- “Podemos honrar os homens”, honrar é destacar, distinguir, dar o devido respeito e mérito a alguém, por isso podemos demonstrar respeito às autoridade eclesiásticas, mas a adoração deve ser somente para Deus.
- “Deus deve ser o centro da nossa reunião”, na atualidade existem reuniões cristãs onde o Senhor não é adorado, chamam de louvor, mas não louvam a Deus. São pregações e canções de autoajuda.
- “Podemos honrar os homens”, honrar é destacar, distinguir, dar o devido respeito e mérito a alguém, por isso podemos demonstrar respeito às autoridade eclesiásticas, mas a adoração deve ser somente para Deus.
- “Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros”, a igreja Católica promove essa prática entre os seus membros com a argumentação de que não os adora, mas apenas os venera e entendem que eles fazem intercessão por seus devotos junto a Jesus.
- “A resposta é: pela fé”, por isso a fé é tão importante para o cristão, quando alguém cai ou se enfraquece o primeiro elemento que ele perdeu foi a fé.
1.2. A verdadeira adoração é baseada na obra sacrificial de Cristo
Para sermos aceitos, temos que estar no Amado, conforme nos aponta Efésios 1.6. Ninguém pode vir ao Pai sem ser pela obra meritória de Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Nosso acesso é “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hb 10.20). No versículo acima, a palavra “novo” significa “morto recentemente”. Em outras palavras, para chegarmos a Deus em adoração temos que ter como base o sangue derramado e a obra sacrificial de Cristo no Calvário!
Vemos isto muitas vezes no Antigo Testamento. Considere o livro de Levítico, que é principalmente um hinário de adoração. Os capítulos iniciais descrevem o sistema sacrificial e como um povo remido devia se aproximar da presença manifesta de Deus. Sem tentar entrar em detalhes, podemos observar que a expressão “tenda da congregação” (termo usado cerca de 50 vezes no livro de Levítico para se referir ao tabernáculo) corresponde à igreja do Novo Testamento, local onde nos reunimos para adorar a Deus publicamente. Quando o povo de Deus se reúne na igreja, há uma comunicação da mente e da Palavra de Deus (Lv 1). Além disso, quando o povo de Deus se reúne na igreja é com o propósito de adorar e, portanto, cada um de nós deve levar uma oferta!
1.2. A verdadeira adoração é baseada na obra sacrificial de Cristo.
- “Pai sem ser pela obra meritória de Cristo”, o sacrifício na cruz é o grande assunto da pregação e louvor, ainda que se fale de outros assuntos mas o foco principal deve estar na mensagem da cruz.
- “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou”, pois existia um antigo caminho, que era pelo fiel cumprimento da Lei.
- “Pai sem ser pela obra meritória de Cristo”, o sacrifício na cruz é o grande assunto da pregação e louvor, ainda que se fale de outros assuntos mas o foco principal deve estar na mensagem da cruz.
- “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou”, pois existia um antigo caminho, que era pelo fiel cumprimento da Lei.
Não podemos saber o que envolve a verdadeira adoração, nem o que Deus requer do adorador, a menos que achemos essa verdade revelada na Bíblia. A Bíblia é o manual do cristão. Se ignorarmos esse manual e tentarmos simplesmente chegar a Deus em nossos termos, com certeza seremos rejeitados, assim como Caim (Gn 4). Nossos sentimentos, opiniões, obras e palavras não têm mérito nenhum diante de Deus. Todos juntos não valem nada mais do que só devoção voluntária se não dermos atenção aos ensinamentos claros da Palavra de Deus.
Sem a Bíblia a adoração verdadeira é só um sonho. Deve haver uma fonte final de autoridade; algo ou alguém que nos dê a palavra final, que ponha fim à controvérsia e estabeleça aquilo no qual devemos crer, quem devemos ser e o que devemos fazer. Se a autoridade estiver na pessoa, então a opinião de um homem é tão boa quanto à de outro e a adoração de cada homem deve ser aceita. Mas, saibam todos que Deus não é tolerante! Deus é gracioso e perdoador, mas não é tolerante. O Deus justo e santo não pode (e nem vai) agir contrário à Sua Palavra. Portanto, cheguemos diante de Deus com a convicção de que tudo o que a Palavra de Deus ensina deve ser crido, seja o que for a ordem deve ser obedecida, seja qual for a recomendação deve ser aceita tanto como certa quanto como útil, e, seja o que for que ela condene, isso deve ser evitado e entendido como sendo errado e nocivo. Nossa adoração e nossa própria vida devem estar centralizadas em Deus, baseadas na obra sacrificial do Calvário e firmadas nas descrições definidas pela Palavra de Deus (1Tm 3.14-17).
1.3. A adoração verdadeira e a palavra de Deus.
- “a menos que achemos esta verdade revelada na Bíblia”, a Bíblia ensina acerca do propósito de nossa existência, não precisamos de uma nova revelação sobre isso, não é necessário uma nova visão.
- “chegar a Deus em nossos termos”, significa chegar a Deus da forma como achamos certo, isso é errado, devemos chegar a Deus como as Escrituras Ensinam.
- “rejeitados, assim como Caim”, ao que a Palavra de Deus indica a oferta de Caim teria sido rejeitada devido a seu coração.
- “se não dermos atenção aos ensinamentos”, alguns crentes trabalham na obra de Deus pelo que veem os outros fazerem, dessa forma se cria vícios e tradições dentro de algumas igrejas que nada tem a ver com o que ensina a Palavra.
2. O objetivo da adoração
Tudo que nos vem às mãos deve honrar ao Senhor. O verbo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. E é isto o que Deus espera de nós! Muito mais do que dízimos e ofertas, Ele espera que O honremos!
2. O OBJETIVO DA ADORAÇÃO
- “distinguir, fazer diferença”, no sentido de dar importância de colocar em destaque o mais importante.
- “distinguir, fazer diferença”, no sentido de dar importância de colocar em destaque o mais importante.
2.1. Devemos adorar com os nossos bens
A vontade de Deus é suprir as necessidades materiais dos Seus filhos. Há diversas promessas na Bíblia que se referem a isto (Sl 23.1; Fp 4.19). Contudo, isto não acontece de forma automática. Essa promessa é condicional, ou seja, não se cumpre por si só, mas depende de cada um de nós para que possa ser concretizada. O texto bíblico acima pode ser dividido em duas partes: o que nós devemos fazer e o que Deus fará depois que fizermos a nossa parte. Essa promessa divina diz respeito à provisão e prosperidade (não entenda como “riqueza”), e revela a vontade do próprio Deus para Seus filhos.
“Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” (Pv 3.9-10). Temos aqui uma promessa de Deus que tem o Seu “Sim” e o Seu “Amém” (2Co 1.20). O texto de provérbios fala de Deus suprindo abundantemente o Seu povo com a Sua provisão. Isto não se aplica somente a celeiros e lagares hoje, de forma literal como no caso dos judeus daquela época, mas também devemos entender que Deus está se referindo a uma provisão abundante. Contudo, muitos cristãos sinceros não experimentam a provisão e a prosperidade. Isto tem ocorrido justamente porque há uma dimensão de entendimento por trás dessa promessa que ainda não foi alcançada pela maioria dos cristãos.
2.1. Devemos adorar com os nossos bens.
- “suprir as necessidades materiais dos seus filhos”, independente de nós pedirmos ou não, pois a promessa está na Palavra Lc 12.31, então o crente deve primeiro se preocupar em adorar ao Senhor e deixar que Ele cuide de suas necessidades.
- “Esta promessa é condicional”, assim como todas as promessas, Deus não se agrada do comodismo, mas deseja que sejamos ativos na vida cristã.
- “o que nós devemos fazer e o que Deus fará”, “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.” Fp 4.19Essa fala do que Deus fará, porque no verso anterior Paulo fala o que os Filipenses fizeram por ele.
2.2. Devemos adorar com a honra que Lhe tributamos
O conselho que Deus nos dá por meio de Salomão é o de honrarmos o Senhor com os nossos bens (Pv 10.22). O que está em questão aqui é a manifestação da honra, e não os bens em si. O uso dos bens é só um meio de expressarmos nossa honra. Deus não está interessado em nossas ofertas, e sim na atitude que nos leva a entregarmos a Ele as nossas ofertas. Um dos maiores exemplos disso está no que Deus pediu a Abraão: o sacrifício de Isaque (Gn 22.1-10). Na hora de imolar o filho, o patriarca foi impedido de fazê-lo e o Senhor deixou claro que Ele só queria a expressão da honra, e não o privar de seu filho.
Vale a pena ressaltar que, ao pedir justamente o que o patriarca Abraão mais amava, o Senhor estava lhe dando uma oportunidade de honrá-Lo tremendamente.
2.2. Devemos adorar com a honra que lhe tributamos.
- “O conselho que Deus nos dá por meio de Salomão”, isso porque o livro de Provérbios é um livro de conselhos e não de mandamentos, são conselhos para vivermos bem uma vida espiritual, social, conjugal e profissional.
- “Deus não está interessado em nossas ofertas”, se Deus estivesse interessado em ofertas, o que desse mais seria mais abençoado, mas ainda bem que não é assim, pois o Senhor o que dá mais nem sempre é o que dá o maior valor. Lc 21.4
- “Ele só queria a expressão da honra, e não o privar de seu filho”, não podemos estar presos a nada nesse mundo, tudo o que temos devemos estar prontos a ofertar, ainda que não nos seja pedido pelo Senhor.
2.3. Devemos adorá-Lo com a motivação correta
Vemos o mesmo princípio revelado de forma inversa, quando Ananias e Safira trouxeram uma oferta de alto valor, mas com a motivação errada e recheada de mentira. O que aconteceu? Deus se agradou? De forma alguma! Lemos em Atos 5.1-5 que o Senhor os julgou pelo que fizeram. O Pai Celestial não queria o dinheiro deles, e sim uma atitude de honra.
O termo “honrar” significa “distinguir, fazer diferença”. Portanto, o Eterno Senhor Deus deseja ser distinguido de todas as demais coisas em nossas vidas, mesmo as que temos como mais preciosas.
2.3. Devemos adorá-lo com a motivação correta.
- “quando Ananias e Safira trouxeram uma oferta”, professor(a), antes de continuar se certifique que os alunos conhecem a história desses irmãos que morreram após ofertarem. Se algum aluno conhecer essa história leia com eles a passagem de At 5.1-5
- “mas com a motivação errada e recheada de mentira”, o problema deles foi a mentira, esse foi o motivo da morte.
- “o Senhor os julgou pelo que fizeram”, uma desconcertante pergunta que pode surgir é “Por que o Senhor puniu Ananias e Safira com a morte e hoje não pune com a mesma pena, outros irmãos que fazem coisas piores?” a resposta é que aquele casal era judeu conhecedores do poder de Deus, deveriam respeitar e não mentirem para Deus. Após aquele fato houve o concílio de Jerusalém e o evangelho passou a ser transmitido para os gentios sem o rigor da lei.
A primeira carta de Paulo aos coríntios é certamente uma daquelas cartas que poderia se encaixar no quesito “tarefa ingrata”, tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber de Paulo (1Co 10.31).
3. TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS
- “tamanha foi a repreensão que aquela igreja precisou receber”, segundo a Bíblia e a história houve ainda uma outra carta aos Coríntios na qual Paulo teria repreendido ainda mais fortemente algumas condutas. Essa terceira carta teria desaparecido na história ficando somente as duas que estão na Bíblia.
3.1. Nossas obras devem ser para a glória de Deus
A obra não é nossa, por isso, nem a fama, a glória ou o louvor devem ser para nós, mas sim para o Senhor da seara (Rm 11.36). A nós, servos, deve bastar-nos a alegria e a bênção de sermos achados fiéis para servir na mais gloriosa tarefa que há no mundo: pregar Cristo, o Salvador do homem. Por que tanta celeuma, disputa e lutas no sentido de querermos que o nosso trabalho seja mais vistoso, “mais espiritual”, mais abrangente que o do nosso irmão? Deixemos essa tarefa de avaliação para o Senhor nosso Deus. A nós, compete-nos fazer o nosso melhor. Entregarmo-nos totalmente nas mãos de Deus para que o nosso trabalho seja o melhor, o mais excelente. Deus o avaliará e o recompensará.
Quantos, no final, não virão a dizer: “Senhor, não tocamos para Ti? Não dançamos em Teu Nome? Não fizemos...”. Mas o Justo Juiz dirá: “Não vos conheço... Não sei quem sois, porque o que fizestes não foi para Mim.”.
3.1. Nossas obras devem ser para a glória de Deus.
- “deve bastar-nos a alegria e a benção de sermos achados fiéis”, como servos do altíssimo não podemos julgar que seja coisa mínima essa honra, pois o Senhor cuida de nós e de nossa família.
- “querermos que o nosso trabalho seja mais vistoso”, dentro das igrejas existe um clima de disputa, onde os ministros, líderes e levitas tentam ser mais reconhecidos do que os demais.
- “para que o nosso trabalho seja o melhor, o mais excelente”, não melhor do que o do nosso irmão, mas sim melhor porque é para o Senhor e Ele merece o melhor.
3.2. Nossa entrega a Cristo deve ser sem reservas
Paulo apresentou a maneira pela qual o novo homem deve viver: para a glória de Deus. Essa vida é descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente e o caminho para ela é o caminho da consagração, da dedicação, da entrega da vida a Deus. É fácil na hora do culto glorificar a Deus. Mas como fazer isso sempre? “Portanto, que comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1Co 10.31). É a conscientização de que tudo que envolve a nossa vida deve ser para adorar a Deus. Para isto é necessário um verdadeiro novo nascimento (Jo 3.3).
É certo que nós muitas vezes não gostamos de confrontar as pessoas com a verdade e dizer a elas que estão vivendo de maneira equivocada, mas era justamente essa a tarefa de Paulo. Vemos que o apóstolo Paulo tem que até mesmo criticar severamente as reuniões da igreja e o momento de tomarem a Ceia do Senhor: “Nisto, porém, que vou dizer-vos, não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para o pior” (1Co 11.17).
3.2. Nossa entrega a Cristo deve ser sem reservas.
- “descrita como a vida a ser desenvolvida diariamente”, ávida com Deus é em tempo integral não somente quando estamos no templo, mas em todo tempo. Nós não estamos em condição de adoradores, nós somos adoradores, é a nossa identidade.
- “É fácil na hora do culto glorificar a Deus”, na hora do culto estamos envoltos numa atmosfera de glória e emoção, por isso vemos muitos irmãos que até choram na hora de declarar que tudo que tem pertence a Deus, mas na verdade nada do que ele tem, de fato deixa a disposição de Deus.
- “Mas como fazer isso sempre?”, a pergunta é, como ser sempre um glorificador de Deus? Como ser fora da presença dos irmãos e do pastor?
- “É a conscientização de que tudo que envolve a nossa vida deve ser para adorar a Deus”, essa é a resposta para a pergunta anterior, é ter isso na consciência, reconhecer que Deus é o Criador de tudo e o que mantém tudo.
3.3. Vivendo para a glória de Deus
Atualmente, tem sido dito que viver bem significa buscar o máximo de satisfação própria em todas as áreas da vida, ainda que essa satisfação seja alcançada quebrando-se toda espécie de moral ou amor ao próximo. A verdade é que o “amor” que domina o mundo hoje é o amor a si próprio. As pessoas tornaram-se egoístas e vivem para si mesmas. No entanto, muito ao contrário do que a sociedade atual tem praticado, a Palavra de Deus nos ensina que o homem foi criado pelo Eterno, não para que vivesse buscando seu próprio prazer, mas o prazer daquele que os criou. A vida só passa a ter pleno significado quando nos damos conta desta magnífica e gloriosa verdade (1Co 10.31).
Existem grandes perdas na ausência da observação desses fundamentos da vida. Viver intensamente e abundantemente é viver tendo a compreensão de que o Eterno e Maravilhoso Senhor Deus é o centro de tudo, e que tudo aquilo que nos vem às mãos para fazer tem como principal objetivo adorar a Ele, pois tudo o que fizermos deve ser para a Sua glória. É exatamente isso que deve tomar o coração e mente de todos aqueles que se entregaram a Jesus Cristo, tendo-o como único referencial de vida (Fp 4.8).
3.3. Vivendo para a glória de Deus.
- “buscar o máximo de satisfação própria”, essa é a visão hedonista que impera no presente período que chamamos de pós-modernidade. As pessoas estão emprenhadas na busca do prazer e da satisfação e isso tem adentrado nas igrejas.
- “quebrando-se toda a espécie de moral ou amor”, assim é como essa prática hedonista é aplicada no mundo, porém no meio cristão ela é adaptada para a vida eclesiástica, onde as pessoas são levadas a buscarem satisfação na obra de Deus com aquisição de bens e fim das crises diversas. As pregações tem sido voltadas para isso.
- “mas o prazer daquele que o criou”, nós fomos criados para louvor da glória de Deus, por isso nas Escrituras se fala de alegrar ao Senhor, veja:
“O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor;” 1 Co 7.32
- “sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe”, Hb 11.6
Centralizar nossa vida em atitudes de adoração exige, portanto, vigilância constante para que em nenhum momento nos desviemos deste exercício espiritual, pois, se porventura nos tornarmos displicentes, isso acarretará sérios prejuízos para nossas vidas.
CONCLUSÃO
- “vigilância constante para que em nenhum momento nos desviemos”, nós estamos num mundo cercado por tudo que não louva a Deus, onde as pessoas fazem de tudo para aborrecê-lo e é exatamente por isso que devemos nos esforçar ainda mais em agradá-lo e adorá-lo.
- Faça o resumo para a revisão e corrija o questionário.
QUESTIONÁRIO
1. Conforme Efésios 1.6, o que precisamos fazer para sermos aceitos?
R: Temos que estar no Amado (Ef 1.6).
2. Qual conselho que Deus nos dá por meio de Salomão?
R: Para honrarmos ao Senhor com os nossos bens (Pv 10.22).
3. O que Deus pediu a Abraão?
R: O sacrifício de Isaque (Gn 22.1-10).
4. O que Ananias e Safira fizeram?
R: Trouxeram uma oferta de alto valor, mas a motivação errada e recheada de mentira (At 5.1-5).
5. Como devemos viver?
R: Para a glória de Deus (1Co 10.31).
Marcos André – professor