Texto Áureo
“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele”. Mateus 11.11
Verdade Aplicada
João Batista foi a voz do que clama no deserto e abalou a todo Israel em seus dias.
Textos de Referência.
Mateus 3.1-5
1 E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia,
2 E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
3 Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4 E este João tinha o seu vestido de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.
5 Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão;
Introdução
O Reino de Deus estava para ser imediatamente manifestado em Israel em sua plenitude na pessoa e obra do próprio Messias. Para esta grande chegada os homens precisavam preparar um caminho em seus corações.
INTRODUÇÃO
Mateus apresenta logo no início do capítulo 3, a pessoa de João Batista que veio advertir o povo com uma mensagem de arrependimento, porque o Reino de Deus estava próximo.
Hoje vamos aprender que como João Batista, nós crentes, temos a responsabilidade de anunciar a vinda do Cordeiro de Deus?
1. Antes de falar de João.
Um longo tempo se passou desde o retorno de Jesus do Egito e o estabelecimento da família em Nazaré. Enquanto Jesus ainda estava morando em Nazaré. João apareceu no deserto da Judeia.
1. ANTES DE FALAR DE JOÃO
Enquanto Jesus ainda estava vivendo em Nazaré, certamente aguardando o tempo certo de iniciar seu ministério publicamente. Aparece João Batista enviado por Deus para anunciar a chegada do Messias.
Sua mensagem tinha por objetivo convencer o povo de seus pecados e os líderes judeus de sua hipocrisia religiosa (Mt 3.7-12: Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas).
1.1. Jesus e Sua família.
Jesus nasceu numa família estruturada. José era pai de coração de Jesus, pois este foi gerado pelo Espírito Santo, e Maria a sua mãe. Jesus era sujeito a ambos (Lc 2.51). Ele tinha irmãos (Tiago, José, Judas e Simão) e irmãs (Mc 6.3:Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa). Na falta de José, Ele possivelmente ajudou cuidar do sustento deles, visto que falecera antes do início de Seu ministério público. Ou seja, Jesus, ao aprender a profissão de carpinteiro, cumpriu com o dever de filho primogênito após o falecimento de José, Isso se pode concluir por ocasião das bodas de Caná, posto que ali José aparece (Jo 2.1-12).
Embora José e Maria não possuíssem bens terrestres, todavia podemos afirmar que o Salvador tinha uma família estruturada, conforme foi citado pelo autor da revista, pois seus pais sentiam-se amparados e guiados pelo amor de Deus e isso os tornavam ricos em paz e contentamento. José e Maria, pais de Jesus, eram dedicados às leis e costumes da religião Judaica. Educaram os seus filhos conforme os ditames da Lei e de suas tradições religiosas.
1.2. Jesus e o Seu desenvolvimento pessoal.
Não temos detalhes sobre a vida do Senhor Jesus. O que temos são noções breves do que lhe aconteceu com base nos outros evangelhos. Infelizmente, é aí que os inimigos de Jesus de Nazaré de hoje tentam lançar suas heresias para pôr em dúvida a Sua divindade. Porém, com certeza o que podemos afirmar é que Jesus em Nazaré se desenvolveu num lar comum à sua época com sabedoria, graça e também fisicamente (Lc 2.52). Ele também aprendeu a ler e escrever na sinagoga (Lc 4.16-17), e, posteriormente, herdou a profissão de José (Mc 6.3).
Jesus era visto em Nazaré como uma pessoa comum, pois Ele não operou milagres antes do início de Seu ministério terreno.
“também aprendeu a ler e escrever na sinagoga”, para alguns parece controverso que o filho de Deus precisasse aprender a ler, mas Ele cumpriu a justiça dos homens, tanto que foi ser batizado por João. Mt 3.14
Ele não recebeu um raio de Deus e ficou sabendo de tudo. Ele teve que estudar em uma sinagoga.
1.3. Jesus e Sua vida religiosa.
Jesus praticou a vida religiosa como qualquer pessoa que nasceu no contexto de um lar judaico. Ele foi circuncidado ao oitavo dia, em seguida foi apresentado no quadragésimo dia no templo. As crianças de sua época eram encaminhadas à sinagoga, onde decoravam a Torá a partir dos cinco anos. Ali também aprendiam a ler e escrever. Aos treze anos, o rapaz se tornava homem, ou seja, era lhe declarado a maioridade em uma cerimônia especial, chamada bar-mitzvá, que significa “filho da Lei”. Os judeus se reuniam em assembleia na sinagoga e o menino lia um trecho da Lei de Moisés. Este evento era celebrado com grande alegria. Jesus também orava e participava das festas religiosas com a sua família.
- “Ele foi circuncidado ao oitavo dia”,a circuncisão é um corte que se faz na pele do prepúcio na genitália masculina.
- “aprendiam a ler e escrever”, esse costume só entrou para a cultura de Israel depois do cativeiro, quando foram instituídas as sinagogas.
- “Jesus também orava”, enquanto esteve aqui na terra o Senhor vivia conforme toda a humanidade, e por isso também tinha necessidade de orar.
- “participava das festas religiosas”, Jesus cumpriu a lei, não era seu objetivo causar polêmica nesse sentido, pois Sua missão morrer pela humanidade.
2. João, a voz do que clama no deserto.
João, a “voz do que clama no deserto”, rompeu com um silêncio profético de quatrocentos anos. Ele veio preparar os corações para a chegada do Messias, por isso denunciava os pecados, advertia-os frontalmente do juízo vindouro e pregava a promessa de um glorioso batismo de fogo.
- “silêncio profético de quatrocentos anos”, se refere ao período chamado de inter bíblico, que vai do ultimo profeta do Antigo Testamento até o primeiro do Novo Testamento que é João Batista.
- “por isso denunciava os pecados”, João tinha que preparar os corações e não a nação, pois não era um reino político que o Messias traria, mas um reino espiritual, que reside principalmente nos corações e mentes dos verdadeiros adoradores.
Você sabia que muitas pessoas não conhecem a Jesus e precisam ser preparadas para encontrá-lo.
2.1. A pessoa de João Batista.
Ele foi um homem que desempenhou o seu ministério de modo brilhante e fora do normal, como cumprimento do que dissera o profeta Isaías (Mt 3.3; Is 40.3-4). João era um homem resignado e por isso morava no deserto. Ele se vestia de peles de camelo e se alimentava de mel silvestre (Mt 3.4). Era como a luz que brilhava em meio as densas trevas. João denunciava o pecado de quem quer que fosse: pessoas comuns, publicanos, militares, sacerdotes, etc. Nem mesmo Herodes Ântipas, aquele que tomou por esposa a mulher de seu irmão Filipe, foi poupado (Lc 3.19). João Batista foi o mensageiro profetizado que prepararia o caminho, o Elias que deveria vir e veio (Mt 11.10, 14).
- “desempenhou o seu ministério de modo brilhante”, um pregador que arrasta uma multidão para o deserto sem operar grandes milagres, pode ser classificado de brilhante.
- “João era um homem resignado”, resignado é o que se sujeita, que se submete, assim era João, uma das maiores qualidades dele era a humildade.
- “luz que brilhava em meio as densas trevas”, João trazia a mensagem de esperança anunciando a chegada do Reino de Deus através do Cordeiro que tira o pecado do mundo.
- “denunciava o pecado de quem quer que fosse”, isso é ser justo e para isso tem que ter coragem.
- “o Elias que deveria vir”, não ma reencarnação de Elias, como alguns pensam, mas alguém com o ministério semelhante ao de Elias.
2.2. A mensagem de João Batista.
A mensagem central de João era a chegada do Reino de Deus. E ali, no deserto da Judeia, ele rompeu com o silêncio profético a fim de preparar os corações para este momento. Muitos Judeus sabiam e sentiam em seus corações que chegara um novo tempo acerca do qual deveriam estar preparados. A mensagem de João foi tão incisiva, urgente preparatória como se necessita hoje. Esta mensagem tinha três aspectos: o arrependimento a ser demonstrado com frutos dignos dessa atitude mental e comportamental (Mt 3.2, 8); a severa advertência do juízo e castigo vindouro aos impenitentes (Mt 3.7); e por último o anúncio do batismo de fogo (Mt 3.11-12).
- “era a chegada do Reino de Deus”, essa mensagem dava uma carga de esperança na vida dos ouvintes, por isso ele era procurado pelos populares.
Na semana passada o o irmão Luciano falou sobre a volta de Jesus - Por isso a mensagem é “urgente preparatória como se necessita hoje”, estamos hoje às vésperas da chegada do salvador do mundo, porém Ele virá como o juiz das nações, mesmo assim precisamos ser como João Batista hoje para preparar as pessoas para recebê-lo em seus corações.
2.3. A procura por João Batista.
Pessoas de todas as classes sociais buscavam a João. Grande era a afluência de pessoas vindas de todas as partes de Israel à procura dele, mas principalmente de Jerusalém e da circunvizinhança do Jordão (Mt 3.5). Mateus também fala de fariseus e saduceus que eram duramente advertidos e chamados de raças de víboras, por serem resistentes e duros de coração (Mt 3.7-10). Qualquer um que lê a narrativa de Mateus fica surpreso com a apresentação de João e de como ele era procurado. Porém os fatos não param por aí, pois até mesmo o Senhor Jesus procurou João para ser batizado. O plano divino era para todos, mas nem todos o acataram, como hoje também acontece.
-O que causa admiração é o fato de João ministrar às vezes um discurso pesado, no qual muitos crentes hoje se escandalizariam e deixariam de segui-lo.
-O que mais chama a atenção é o fato de como o povo saía da cidade e ia até o profeta no deserto.
-O que mais chama a atenção é o fato de como o povo saía da cidade e ia até o profeta no deserto.
- “o Senhor Jesus procurou João para ser batizado”, o Senhor Jesus honrou o ministério de João, mostrando a todos que o que ele fazia era muito importante. Assim Jesus faz com todos os que o anunciam, que o honram diante dos homens.
3. João e seu ministério batismal.
Dois eram os batismos anunciados por João. Um batismo natural em água que cabia a João batizar e o outro sobrenatural que apenas caberia a Cristo fazê-lo. E aí temos o ponto culminante com a chegada de Jesus para receber o batismo em água.
- João batizava as pessoas com água que representava um sinal de purificação, indica que alguém se arrependeu de seus pecados, pediu perdão a Deus e decidiu viver como Ele quer. O batismo é um sinal exterior de compromisso. Para ser eficaz, deve ser acompanhado por mudança de pensamentos e atitudes; isso conduz a uma nova vida, obra do Espírito Santo.
3.1. O batismo com água e sua finalidade.
A palavra “baptizo” no grego significa “mergulho”, ou seja, o que João quis dizer literalmente em Mateus 3.11 foi, “eu vos mergulho em água para o arrependimento”. O mergulhar aqui não significa o arrependimento em si, mas um símbolo deste. Eis aí o motivo pelo qual as igrejas pentecostais escolhem o batismo por imersão.
- “escolhem o batismo por imersão”, não convém discutir sobre qual o batismo correto, pois se ele é somente um simbolismo, pode ser feito da forma que melhor convir os recursos. Por exemplo em locais que não possui pão, como em tribos indígenas, pode ser feito Santa Ceia com mandioca, por que é um simbolismo.
3.2. A mensagem do batismo sobrenatural.
Quanto ao batismo sobrenatural há um quê de profético nas palavras de João, pois de antemão ele anunciava algo além de seus dias. Este batismo cabia àquele acerca do qual João não era digno de desatar as Suas sandálias cumprir. E era o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Este batismo é um mergulho sobrenatural no Espírito Santo e em Seu fogo, a fim de capacitar o cristão a tornar-se testemunha de Cristo. João Batista frisou: “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”. Todos nós precisamos desse batismo e João mesmo disse a Jesus: “eu careço de ser batizado por ti” (Mt 3.14).
- “a fim de capacitar o cristão a tornar-se testemunha”, torna o cristão capaz de fazer algumas coisas que uma pessoa normalmente não faria, como pregar ao traficante, expulsar demônio de alguém ou prosseguir numa viagem a um lugar ermo para anunciar o Evangelho. É também chamado de revestimento de poder.
- “Todos nós precisamos desse batismo”, esse batismo nos auxilia a fazer a obra de Cristo, no entanto, não é condição essencial para a salvação.
3.3. O batismo do Senhor Jesus.
O Senhor Jesus saiu da Galileia à procura de João para ser batizado. O batismo em água era para o arrependimento dos pecados. Porém, no caso de Jesus tinha um sentido diferente, visto que Ele é o Filho de Deus, gerado e nascido sem pecado. Assim, o Seu batismo representa a Sua morte e ressurreição em favor dos pecadores (Jo 12.23-24). Inicialmente, João recusou batizar Jesus e disse a Ele: “Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?” Mas o Senhor disse-lhe: “Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça”. Ao receber o batismo, o Senhor Jesus deixa–nos um precioso exemplo para todos os Seus futuros discípulos. João depois de batizá-lo tem uma grande confirmação, isto é, ele vê os céus abertos, vê o Espírito de Deus descer sobre Jesus e ouve a voz de Deus dizendo-lhe: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.”
- “gerado e nascido sem pecado”, ele foi gerado pelo Espírito Santo, não trazendo o mesmo DNA de Adão, por isso não tinha em Seu corpo a natureza caída de Adão.
- “nos convém cumprir toda a justiça”, a justiça em questão é fazer o que é correto diante de Deus e João veio pregar o batismo de arrependimento para a chegada do Reio de Deus, dessa forma todos deveriam passar pelo batismo de arrependimento, e Jesus deu o exemplo. Seja filho de pastor, se já é batizado no Espírito Santo, todos devem passar pelas águas.
Conclusão.
Mateus fala da grandeza de João Batista. Seu ministério foi fecundo e profético, encerrando dessa maneira a dispensação do Antigo Testamento. O Senhor Jesus ao receber o batismo de João deixou-nos um grande exemplo a ser obedecido.
- “encerrando dessa maneira a dispensação do Antigo Testamento”, João é o profeta da transição, que prepararia o início da pregação do Evangelho do Reino.
Todos nós devemos ser pregadores como foi João ainda que falar a verdade dê prejuízos como o que aconteceu com ele, mas não se vendeu e nem perdeu a salvação.
1. O que Jesus herdou de José?
A sua profissão
2. A expressão “voz que clama no deserto” refere-se a quem e por quê?
João Batista, porque ele haveria de preparar o caminho para Jesus, o Messias.
3. O que João vestia e se alimentava?
Ele se vestia de peles de Camelos e se alimentava de mel silvestre
4. Qual era a mensagem de João?
A chegada do Reino de Deus
5. O que representa o batismo de Jesus, visto que Ele não tinha pecado?
A Sua Morte e ressurreição e favor dos pecadores