sábado, 9 de julho de 2016

Jesus, o Rei da Glória entre nós - 10 de Julho de 2016

Texto Áureo
“Quem é este Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória. (Selá.)” Salmos 24.10


Verdade Aplicada

O nascimento de Jesus marcou um novo início na experiência humana, pois foi a manifestação viva do plano da redenção.

Textos de Referência.

Mateus 1.21-25
21 E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL. Que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.

Introdução
Falar da manifestação do Rei da Glória entre nós é reviver as profecias, a história e o sentimento divino narrados por Mateus nos capítulos 1 e 2. Veremos como o nascimento como o nascimento de Jesus nos mostra a fidelidade e providência divina.
- “reviver as profecias, a história e o sentimento divino”, Mateus vai narrando passo a passo mostrando o cumprimento das profecias, contando a história e explicando o que Jesus sentia.
“nos mostra a fidelidade e providência divina”, fidelidade porque comprova que Deus cumpriu tudo o que prometeu e providência porque Ele proveu um Cordeiro para a humanidade.

1. A genealogia do Rei.
Ao iniciar seu evangelho, Mateus procura demonstrar a identidade real do Senhor Jesus. Embora a Igreja fosse formada de judeus e gentios, ele, porém, tinha em mente os judeus. Eles eram mais exigentes por causa da das profecias vetero testa mentárias (relativo ao Antigo Testamento). Eis o motivo de Mateus deixar registrada a genealogia do Senhor Jesus.

- “Mateus procura demonstrar a identidade real do Senhor Jesus”, a ideia era apresentar Jesus como o rei de direito ao trono de Israel e como o Filho de Deus e para isso o evangelista descreve a genealogia.

1.1. O propósito da genealogia.
A genealogia tem como finalidade mostrar a origem de um indivíduo. Para os gentios isso não é um interessante, mas para os judeus era uma maneira de começar uma leitura. O objetivo é mostrar que Jesus, o Messias, tem origens que correspondem às profecias (2Sm 7.16; Is 9-7; Jr 23.5). Do contrário, seria um falso messias e não precisaria ser temido nem honrado como tal. Muitos desprezaram a Jesus, taxando-o de mero carpinteiro, filho de José, um simples carpinteiro (Mt 13.55).
O propósito de Mateus ao iniciar seu evangelho com a genealogia é provar aos seus contemporâneos que Jesus veio da linhagem real de Davi. Mateus, não está simplesmente escrevendo um monte de informações acerca dos ascendentes de Jesus. Essa genealogia é de extrema importância para todo o livro. É através dela que Mateus não só revela e prova a origem de Cristo dentro da história de Israel, como também defende o reinado de Jesus através da linhagem de Davi (Mt 1.1-17; 15.22). Diferentemente de nós ocidentais, os orientais dão grande importância aos nomes e às genealogias, pois sem elas não conseguem provar que fazem parte de determinada tribo e/ou que possuem algum direito de possessão na posteridade.

1.2. Curiosidade numérica.
A genealogia apresentada por Mateus não era apenas importante, mas também curiosa. A primeira curiosidade reside no fato de provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como a promessa se referia a linhagem específica de Davi, então cumpria Mateus prova-la. Ora, no sistema hebraico não havia números, mas as letras tinham a equivalência numérica, como por exemplo nos algarismos romanos. Davi era escrito dwd, apenas consoantes, então a letra d = 4e a w = 6, e o d = 4, o que dá um total de 14. Dessa maneira, Mateus faz três jogos de 14 gerações, por causa da importância também simbólica que os judeus dão.
1.2. Curiosidade numérica
Segundo o comentarista da lição a genealogia apresentada por Mateus não era apenas importante, mas também curiosa. Para ele a primeira curiosidade reside no fato de provar que Jesus é descendente de Davi e de Abraão. Como Mateus queria apresentar Jesus como Rei e/ou descendente direto de Davi caberia a ele prová-lo. A segunda curiosidade seria por causa da importância simbólica que os judeus costumavam dar aos números. Era prática antiga através da “gematria” atribuir um número a uma pessoa. Os judeus costumavam fazer jogos de palavras baseados no valor numérico das letras do alfabeto hebraico, os quais tinham números correspondentes. A primeira letra do alfabeto tinha o valor numérico de um, a segunda letra de dois, a terceira de três, etc. Eles usavam as letras do nome somando-se o valor numérico de cada consoante. Com isso, podia-se extrair de um nome um valor numérico. Provavelmente foi o que fez Mateus ao dividir a genealogia de Jesus em 3 grupos de 14 gerações. O número 14 aqui era o resultado das somas das letras do nome de David que em hebraico tiberiano se escreve “Dãwid”. Eliminando as vogais ficaria D+W+D = 4+6+4 = 14. Há ainda, nas Escrituras muitas outras referências a números específicos que foram colocados pelo Espírito Santo por causa de algum significado especial. Por isto, o estudante das Escrituras deve ficar atento não só aos textos em si, mas também aos números e aos seus valores simbólicos e numéricos extraídos dos nomes.  

1.3. A presença feminina.
Era uma coisa incomum constar mulheres nas genealogias judaicas. Contudo, isso não significa que matriarcas importantes como Sara, Rebeca, Raquel, Leia e outras não fossem mencionadas. É claro que elas eram lembradas nas conversações domésticas e nas sinagogas. Mas Mateus menciona cinco mulheres: Tamar (Mt 1.3); Raabe e Rute (Mt 1.5); a mulher de Urias, o heteu, cujo nome é Bate-Seba (Mt 1.6); e finalmente Maria, a mãe de Jesus. O mais extraordinário é que, além de serem mencionadas, algumas estão associadas a lembranças pecaminosas: Tamar seduziu o sogro; Raabe tinha sido prostituta em Jericó; Rute não era judia, mas uma moabita convertida. Através delas, constatamos a eloquente misericórdia de Deus.
1.3. A presença feminina
Devido ao sistema patriarcal dos judeus, era algo totalmente fora do comum a presença feminina nas listas genealógicas. Embora, Mateus não tenha necessariamente incluído o nome de Tamar (Mt 1.3), Raabe (Mt 1.5), Rute (Mt 1.5), BateSeba (Mt 1.6) e de Maria (Mt 1.6) na contagem genealógica, mas, apenas associado em relação aos seus genitores, o registro contendo o nome de cada uma delas é surpreendentes e não tem como “passar”, sem que não seja notada. 

2. A concepção e nascimento do Rei.
Há muito tempo que a descendência de Davi saíra do governo de Israel. Esse fato por si só contraria o plano da redenção. Tanto os governantes de sua linhagem quanto o próprio povo se afastaram de Deus terrivelmente. Mas tal coisa não seria um obstáculo absoluto para a concepção e nascimento do Salvador.
2. A CONCEPÇÃO E NASCIMENTO DO REI
A doutrina da concepção e do nascimento virginal de Jesus é um fato digno de credibilidade por parte de todos. Infelizmente, muitos incrédulos têm procurado negar essa realidade, contida nas Escrituras, que ensina que o Verbo de Deus humanizou-se por intermédio de uma virgem (Lc 1.26-34; Jo 1.1-4). No entanto, a Bíblia, além dos numerosos tipos relacionados à sua pessoa, revelou através de predições a vinda de Cristo, como: Sua concepção (Is 7.14; Mt 1.22-23); seu nascimento (Is 7.14); seu nome (Is 7.14; Mt 1.23); lugar onde nasceria (Mq 5.2; Mt 2.4-6); visita de embaixadores reais (Sl 72.1 ; Mt 2.1-12); seria peregrino na terra do Egito (Os 11.1; Mt 2.15); sua fuga seria precedida pela morte de inocentes (Jr 31.15; Mt 2.17); haveria um precursor anunciando seu ministério (Is 40.3; Mt 3.3); seu ministério (Dt 18.15; Mt ); sua morte (Sl 22; Is 53); sua ressurreição (Sl 16.10), e o seu reinado (Jr 23.5-6). Ainda que a esperança de Israel, quanto à promessa da vinda do Messias, tenha sido afetado pela ausência de profecia nos 400 anos de silêncio profético e pelas constantes lutas e opressões sofridas, levando-os ao afastamento de Deus, isto não seria obstáculo para o cumprimento destas promessas. Sendo Jesus o Cordeiro de Deus, separado desde antes da fundação do mundo (1 Pe 1.20), era certo que haveria um tempo determinado por Deus para sua manifestação. Deus preparou cuidadosamente a ocasião propícia para a vinda de Jesus. As condições sociais, culturais, políticas e religiosas certamente estavam adequadas para receber o Cristo, sua mensagem de arrependimento, bem como a chegada do seu Reino (Lc 1.26-33). O apóstolo Paulo chama esse tempo histórico de “plenitude dos tempos” (Gl 4.4).    
  
2.1. A concepção virginal.
Mateus faz-nos conhecer um pouco de quem era Maria e isso é muito importante. Maria era uma virgem, no grego “parthenos”, que significa alguém que nunca teve relação sexual, mas também virgem núbil. Quer dizer, virgem com idade para casar-se. Quando o Salvador foi gerado no ventre de Maria, ela era uma jovem noiva com José, mas conservava-se pura. Assim como José era um homem justo e temente a Deus, Maria também era. Foi nessa condição que ela se tornou mãe do prometido Salvador. O Messias prometido não seria gerado no ventre de uma moça e rapaz que não temessem a Deus.
2.1. A concepção virginal
A Bíblia é clara quando afirma que Jesus foi concebido de maneira especial e sobrenatural. Sete séculos anos antes do nascimento de Jesus, o profeta Isaías já havia profetizado: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel” (Is 7.14). O importante, neste subtópico, é falar que essa concepção foi um ato totalmente sem a participação da figura masculina, isto é, que a encarnação do “verbo” foi um ato essencialmente miraculoso do Espírito Santo, e, portanto, sem que houvesse relação sexual (Jo 1.14; Lc 1.35).

2.2. O dilema de José.
Este foi um fato polêmico para José, pois sua noiva estava grávida! E agora? De alguma forma, José notou e soube que sua noiva prometida estava gestante. Isso foi embaraçoso para ele, pois ele não era o responsável, logo não queria assumir aquela paternidade. Por outro lado, gostava da moça e não queria expô-la publicamente. A saída que ele encontrou foi deixa-la de modo discreto. Quando, porém, ele chegou a essa conclusão, Deus interviu por meio de um anjo, dizendo-lhe: “Não temas receber Maria... o que nela está gerado é do Espírito Santo”. Além disso, disse-lhe ainda que seu nome seria Jesus, porque Ele salvaria o seu povo de seus pecados.
2.2. O dilema de José
O dilema de José consistia no fato dele tencionar casar-se com Maria, mas de alguma forma ele descobre que ela estava grávida e ele com certeza não era o pai dessa criança. Os leitores da Bíblia sabem muito bem que na cultura judaica cometer adultério é um ato de extrema gravidade. José tinha o direito de reaver o dote que havia pagado ao pai de Maria, mas esta certamente deveria ser levada aos juízes da cidade, onde provavelmente iriam aplicar-lhe o que está estabelecido na Lei (Dt 22.23-24). Mateus ao descrever o dilema de José, diz apenas que este sendo “Justo” e não querendo expô-la em público e nem difamá-la projeta simplesmente abandoná-la, esquecendo o problema (Mt 1.19). Já decido a proceder desta forma, foi necessária uma intervenção de Deus, pois com certeza o testemunho de Maria não havia surgido efeito. Assim, no decorrer da noite um anjo do Senhor lhe aparece em sonho, conta-lhe toda a verdade sobre o filho que ela estava esperando e explica-lhe que fora gerado pelo Espírito Santo. José aceita o testemunho do anjo e resolve continuar com Maria (Mt 1.20-25). Em regra, o dilema de José se restringe a este fato, muito embora, a Igreja católica queira aumentar dizendo que Maria continuou virgem após o nascimento de Jesus. Porém, a Bíblia diz que José respeitou Maria, não mantendo relação sexual com ela, até o nascimento de Jesus (Mt 1.25), mas que depois disto tiveram relações conjugais e tiveram muitos outros filhos (Sl 69.8; Mt 12.46-47; Mc 3.31-32; 6.3; 7.3,5,10; At Lc 8.19-21; At 1.14; 1 Co 9.5; Gl 1.19). A Bíblia também é clara quando diz que Jesus, em relação à sua natureza divina, é Seu Filho “Unigênito” ou único (Jo 3.16-18). Porém, no que diz respeito à sua natureza humana, Ele foi o “primogênito” ou primeiro de Maria (Lc 2.7). Considerando o contexto cultural da época as atitudes tanto de Maria como de José são realmente de pessoas tementes a Deus (Lc 1.28, 30, 39, 48).         

2.3. Jesus nasce em Belém.
Jesus nasce no tempo do rei Herodes, o Grande, em Belém da Judéia. Por que o menino Salvador haveria de nascer na cidade de Belém? Na verdade, a palavra Belém vem do hebraico e significa “Casa do Pão”. Belém é o mesmo lugar que morou Rute, a moabita que se casou com Boaz e gerou a Obede, que gerou a Jesse, pai do rei Davi. Deus escolheu Belém para o nascimento do menino Messias. Observe que José não residia lá, porém, por causa do censo de César Augusto, o Verbo Eterno em Belém se manifestou, vindo a nascer numa manjedoura por falta de lugar na estalagem.
2.3. Jesus nasce em Belém
Belém era a cidade natal de Davi e onde ele fora ungido Rei de Israel (1 Sm 16.4,12,13). Era também a cidade de seus ascendentes e descendentes (Jo 7.42; Lc 2.3-4). O Livro de Rute, por exemplo, além da história dos ascendentes mais próximos de Davi (Noemi, Boaz, Rute, Obede e Jessé), era também uma história da vida cotidiana da Cidade de Belém (Rt 1.1,2,19; 4.9-11,21,22). José e Maria moravam em Nazaré, mas eram de Belém e por isso tiveram de viajar mais ou menos 160 km de Nazaré a Belém, a fim de participarem do recenseamento (Lc 2.1). Mas, tudo era projeto de Deus para que se cumprisse a profecia de Miqueias que dizia: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre as milhares de Judá, de ti sairá o que será Senhor em Israel” (Mq 5.2). Chegando à cidade, esta se encontrava superlotada devido ao grande número de pessoas que vinham de todo o país para o recenseamento. Em Belém, muitas casas eram construídas sobre cavernas naturais e serviam como celeiros e estábulos. Sem haver outro local onde pudessem descansar, José e Maria ocuparam uma dessas cavernas que serviu como estábulo, onde Jesus nasceu. Assim, o nascimento de Jesus se deu numa manjedoura, por não haver quartos e nem hospedaria para que se abrigassem (Lc 2.7,12). Naquela região havia pastores que cuidavam de rebanhos durante a noite. Um anjo apareceu a eles anunciando: “Na cidade de Davi vos nasceu hoje o salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). O nascimento de Jesus foi celebrado e cantado por um exercito de anjos, e os pastores muito se alegraram ao receberam a noticia e de encontrarem os pais, e também o menino deitado numa manjedoura (Lc 2.8-17).
 
3. O Rei infante achado e perseguido.
Mateus fala de magos à procura de Jesus para adorá-lo e presenteá-lo, mas quem eram aqueles magos? Os magos não devem ser confundidos com aqueles adivinhos dos tempos de Daniel ou os trapaceiros e encantadores dos Atos dos Apóstolos. Eles eram homens sábios, tementes a Deus e esperavam o Messias.
3. O REI ACHADO E PERSEGUIDO
Ao registrar a história dos magos e a consequente perseguição de Herodes, Mateus procura mostrar que o menino nascido da linhagem de Davi veio para cumprir o ideal de realeza conforme o modelo: Jesus estava para ser “aclamado” Rei dos Judeus por representantes de outros países (Is 60.3-6). O texto de Mateus 2.1-12 não fala que era três, nem que eles se chamavam Gaspar, Melquior e Baltasar, nem que eles eram reis. Apenas que eram “magos”, provenientes do Oriente. No oriente havia vários tipos de magos como mágicos, astrólogos ou sábios. A palavra grega para sábio é “magoi” e significa “homem versado nos estudos”. A conclusão de alguns estudiosos de que eram reis vem da analogia que fazem com os textos proféticos de Salmos 72.10 e Isaías 49.7, e que eram três pela associação com os três presentes ofertados (ouro, incenso e mirra). Para estes os presentes simbolizavam, ainda, os três ofícios que integrariam o ministério de Jesus: O ouro tipificava a sua realeza (Lc 1.32); o incenso o seu sacerdócio (Hb 9.6-23); e, a mirra o seu ministério profético (Lc 13.33).   

3.1. A vinda dos magos do Oriente.
Não se sabe quantos foram os magos. Certo é que eles chegaram a Jerusalém em busca do menino rei. Em Jerusalém, no palácio de Herodes, eles disseram que tinham visto no Oriente a estrela que indicava o nascimento do menino, Rei dos judeus, e, portanto, estavam ali para adorá-lo. Tal afirmativa deixou Herodes perturbado. Tanto que ele se viu obrigado a fazer alguma coisa. Ao saírem do palácio, reavistaram a estrela e, por fim, chegaram a Belém, onde o menino estava e o adoraram, presenteando-lhe. Este fato confirma uma vez mais que Deus nada faz sem antes avisar aos Seus servos.
3.1. A vinda dos magos do Oriente
Os pastores adoraram o menino Jesus ainda na estribaria em Belém, os magos não. É provável que depois que viram a “estrela”, reuniu-se para estudar o fenômeno, e, então iniciaram os preparativos para a viagem, em que teriam de percorrer centenas de quilômetros montados em camelos. Segundo os estudiosos a visita dos magos aconteceu, provavelmente, depois de alguns meses ou de até mais de um ano depois do nascimento de Jesus, quando José e Maria já estavam em Nazaré, cidade na qual moravam (Mt 2.11). O texto diz que a estrela “ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino” (Mt 2.9), mas não menciona o local. Depois lemos mais: “Entrando na casa (não mais na estrebaria), viram o menino com Maria sua mãe” (Mt 2.11). Talvez tenha sido por isso que Herodes mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo e não só os recém-nascidos! (Mt 2.16).

3.2. O ciúme doentio de Herodes.
A chegada dos magos, junto com a notícia de que nascera o Rei dos judeus, agitou fortemente a Herodes e os de Jerusalém (Mt 2.4). Herodes a princípio conteve-se, mostrando interesse em saber do menino para posterior adoração. Os magos, porem, nada perceberam do doentio ciúme de Herodes da sua própria governança e de sua real intenção. Certo é que, ao perceber que os magos não lhe retornaram com as notícias, Herodes ordenou o infanticídio de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém. Ele é um exemplo de como o ciúme pode chegar a um nível extremo. Devemos evitar este tipo de sentimento.
3.2. O ciúme doentio de Herodes
A inquirição dos magos acerca de onde poderia achar “aquele que era nascido rei dos judeus” causou um alvoroço na cidade e chegou aos ouvidos de Herodes, governador da palestina entre 40 a 4 aC. A crise de Herodes não era apenas de um ciúme doentio. Ele era de fato um hipócrita, louco e cruel! Grande parte dos estudiosos modernos concorda que ele sofria de depressão e loucura. A própria história diz que ele cometeu inúmeros assassinatos. Mandou matar, dentre outros, os próprios membros de sua família: como a Hircano, avó de Mariana, sua esposa preferida; depois a própria Mariana; também seus dois filhos, Alexandre e Aristóbulo; e, cinco dias antes de seu falecimento, seu filho primogênito, Antipater.  Aqui, a sua tática para saber o que estava acontecendo foi primeiro chamar aqueles que entendiam da história judaica acerca do local do nascimento do Messias, os principais sacerdotes e escribas (Mt 2.4). Depois, ele se reuniu com os magos e mui sutilmente tentava convencê-los de que, ao encontrarem o menino, fosse informado para que pudesse também “adorar” o novo rei (Mt 2.7-8). Provavelmente eles teriam feito isso, se não houvessem recebido um aviso divino. Deus, não permitiu e frustrou os planos que Herodes arquitetara contra o menino Jesus (Mt 2.12). 

3.3. A fuga e o retorno.
Herodes, homem sanguinário, trazia sobre sí o sangue de muitos e até da própria família. Isso representava uma séria ameaça à vida do menino e aos planos de Deus. Mas José foi sobrenaturalmente ordenado por meio de um anjo a que fugisse para o Egito e levasse consigo a Maria e o menino. Dessa maneira, Jesus foi protegido da ira de Herodes quando ocorreu o infanticídio. José só retornou após a morte de Herodes por expressa orientação divina, indo morar em Nazaré.
3.3.A fuga e o retorno
Herodes com medo de perder o trono e irritado com os magos que não voltaram para lhe avisar onde estava o menino, manda matar os inocentes, e inconscientemente, cumpre outra profecia (Jr 31.15; Mt 2.17-28). José ainda não sabia do perigo que o menino Jesus corria e nem como escapar dele, mas Deus, por intermédio de um anjo, avisou-lhe em sonho (Mt 2.13). José não foi desobediente e assim que recebeu o aviso ou a ordem imediatamente tomou a Maria e a criança e fugiu à noite em direção ao Egito. Eles permaneceram no Egito até serem novamente avisados pelo anjo, agora, sobre a morte de Herodes. Não sabemos ao certo quanto tempo eles permaneceram no Egito. Alguns acham que levou sete anos, outros pensam que levou só alguns meses. O certo é que ele teve uma permanência curta, só o tempo necessário, até a morte Herodes (Mt 2.15).

Conclusão.
O Filho de Deus nasceu de uma virgem núbil. Ele foi necessitado de proteção como qualquer ser humano. Deus, para preservá-lo, guardou-o até que chegasse a cruz, cumprindo totalmente o Seu plano de redenção. Devemos saber e crer sem vacilar que Deus cumprirá tudo quanto disse e nada frustrará os Seus planos.
CONCLUSÃO
O nascimento de Jesus foi o cumprimento da promessa de Deus de enviar um Rei e um Libertador para a humanidade. Isto nos faz sempre crer que as promessas de Deus são infalíveis e no Seu tempo determinado elas se cumprem. A encarnação do “Verbo” mudou para sempre a história da humanidade e do seu relacionamento para com Deus, instaurando o Seu Reino aqui na terra. Portanto, abra as portas de sua existência e deixe o Rei da Glória entrar. Ele quer reinar em suas emoções, em seu lar, em seu corpo, em sua vida. Os problemas da vida podem ser maiores que você, só não é maior do que o Rei da Glória!
Questionário.


1. O que demonstra a genealogia de Jesus?

2. Cite quatro mulheres da genealogia de Jesus.

3. Maria era uma virgem núbil. O que era isso?

4. Jesus nasceu no tempo de que rei?

5. O que fez Herodes ao perceber que os magos não voltaram?