TEXTO ÁUREO
Comentarista: Bispo Dr. Manoel Ferreira
“E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.” Mt 4.18
VERDADE APLICADA
Jesus escolheu homens simples para que, depois da Sua morte, através deles, o mundo fosse abalado.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Mostrar o ponto inicial do ministério público do Senhor Jesus;
● Apresentar como Jesus desenvolveu o Seu trabalho discipulador;
● Ensinar sobre os aspectos do trabalho de Jesus e Sua fama.
GLOSSÁRIO
Ápice: Apogeu, momento mais extremo de uma situação ou discussão;
Concomitantemente: Ao mesmo tempo em que outro;
Vaticinar: Profetizar, prenunciar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 4.23 - E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mt 4.24 - E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava.
Mt 4.25 - E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão.
HINOS SUGERIDOS
♫ 19,183 e 578.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Peça a Deus estratégia para a evangelização do país.
Introdução
Nesta lição, estudaremos como Jesus deu início ao Seu ministério público. Veremos Jesus saindo do anonimato de uma carpintaria para depois de Seu batismo atuar pregando, ensinando e curando, até tornar-se extremamente popular.+
INTRODUÇÃO
A lição desta semana tem como objetivo, além dos já expostos na lição, mostrar que o ministério terreno de Jesus Cristo foi o mais perfeito, didático e inigualável ministério já exercido por alguém neste mundo. Ele sabia comunicar-se de modo apropriado e aproveitava como ninguém os recursos de que dispunha para transmitir os seus ensinamentos.
(Que desperta a simpatia, o afeto do povo)
Todo início de ministério profético ocorre a partir de um lugar e com uma mensagem clara. Com Jesus não foi diferente. Depois de vencer a tentação, derrotando o diabo no deserto, agora teria início o Seu ministério na Galileia. -
1 – O INICIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS
O inicio do ministério público de Jesus Cristo se deu na Região da Judeia (região sul), onde se preparou e exerceu seu ministério por um período de mais ou menos oito meses. Lembremos que Jesus era natural da Judeia, porém morava em Nazaré, região da Galileia (Mt 2.19-23; Lc 4.14-16). Ele volta para a Judeia com o intuito de ser batizado por João Batista (Mt 3.13-15; Mc 1.9-11; Lc 3.21), de receber a unção do Espírito Santo (Mt 3.16-17; Mc 1.10-11; Lc 3.22; Jo 1.32-34) e de ser tentado pelo Diabo no Deserto daquela região (Mt 4.1-11; Mc 1.12-13; Lc 4.1-13). Estes eventos além de servirem de preparação marcaram também o inicio de Seu ministério público (At 10.38). Mais tarde, ainda nesta região, Ele volta ao Jordão (Jo 1.28-34) e reúne à sua volta um pequeno grupo de seguidores - João, André, Simão, Filipe e Natanael (Jo 1.35-51). Algum tempo depois Ele aparece em Jerusalém e expõe publicamente Sua missão na purificação do templo (Jo 2.13-22); recebe a visita noturna de Nicodemos, onde explica o propósito da Sua missão (Jo 3.1-21), e ministra por mais algum tempo na região da Judeia (Jo 3.22). Algum tempo depois Herodes Antipas manda prender João Batista (Mt 4.12) e Jesus é rejeitado pelos judeus (Jo 5.16). Estes dois eventos marcaram o fim do início do ministério de Jesus na região da Judeia.
1.1. Jesus volta para a Galileia
Da Judeia, Jesus retorna para a Galileia, assim que soube que João Batista foi preso. A Galileia, que fica na região norte de Israel, era governada por Herodes Antipas e sua população era constituída de muitos estrangeiros e judeus mistos. Por isso o profeta Isaías a chama de “a Galileia das nações”. Ao regressar, Jesus passa em Nazaré, mas, de acordo com Lucas, o Seu testemunho não foi aceito lá (Lc 4.16-30). Por isso, Ele foi habitar em Cafarnaum, dando início ao Seu trabalho com êxito, exatamente no lugar profetizado e onde frutificou com um maravilhoso discipulado.+
1-(Lc 4.16-30. Além de não aceitarem o testemunho de Jesus, ainda tentaram joga-lo do auto de um monte. )
O fato de ter sido rejeitado pelos seus, na cidade onde foi criado, não fez Jesus parar.
Devemos com isso aprender que quando temos um chamado, Deus nos dirige. Ele nos coloca em lugares, onde poderemos continuar a nossa caminhada da fé.
Explique para os alunos que o fato de Jesus ter sido rejeitado e expulso de Nazaré, a cidade onde fora criado, não o fez parar, mas o atraiu para o cumprimento profético de Isaías. Destaque para os alunos que a região norte, de gente misturada, constituída, de estrangeiros e considerada atrasada, foi o campo fértil para o desenvolvimento de Seu ministério. Diga para os alunos que quando se tem um chamado, este deve ser desenvolvido num ambiente dirigido por Deus. Destaque para os alunos que quem desiste jamais terá êxito em sua caminhada de fé.
1.2. A pregação de Jesus
Na Galileia, região considerada de trevas, cujo povo estava assentado na região e sombra da morte, a situação mudou, pois Jesus, a resplandecente Estrela da Manhã, anunciou um novo dia por meio de Sua pregação. Suas palavras tocaram a muitas vidas cansadas, corações feridos e gente sem esperança. Dessa maneira, através de Suas pregações, muitos veem de fato uma luz e se voltam para Deus. Sim, as palavras de Jesus tocam com amor, fé e esperança e senso de urgência para voltarem-se para Deus e muitos voltam até hoje.+
1.2. A pregação de Jesus
le veio para resgatar o ser humano como pessoa, como um “ser” que precisava ser restaurado e socializado e para tanto buscou todos os meios e recursos para alcançá-los.
Ele fez tudo isso por amor e nós só vamos fazer se amarmos também aqueles que estão perdidos.
Explique para os alunos que Jesus foi rejeitado em Nazaré, mas Seu ministério foi bem acolhido em Cafarnaum e adjacências à borda do mar da Galileia. Perceba que Jesus se dirige a um povo sem qualquer visibilidade e esquecido, que estava “assentado nas sombras da morte”. Quer lugar mais sem esperança do que este? Porém é lá que as pessoas são quebrantadas e se voltam para Deus. Eis aí um clássico exemplo de amor para todos nós. É claro que devemos ir a todos, mas as palavras do Evangelho são as que resgatarão as pessoas de seu estado de morte para Deus.
Ao chegar a Cafarnaum, que significa “Vila de Conforto” ou “Vila de Naum”, Jesus não perdeu tempo, pois logo passou a pregar e a estar atento a possíveis discípulos. Engana-se quem pensa que Jesus estava à procura de meros seguidores ou simpatizantes para Sua causa, porque Ele não estava. Seguidores Ele já tinha vários, porém Jesus estava atento a discípulos, isto é, aqueles que comporiam a Sua equipe de enviados. Esta equipe seria formada não por intelectuais ou pessoas de grande projeção social, porém deindivíduos com elevada devoção, firmes na decisão de servir a Deus (Jo 15.16).+
1.3. Jesus e Sua equipe
Jesus não estava à procura de meros seguidores ou simpatizantes para acompanhá-lo no seu ministério.
Antes de formar sua equipe Ele orou (Lc 6.12-13) e se dedicou pessoalmente ao processo de escolha.
Ele praticava aquilo que ensinava (Fp 2.3-11. Ele era Deus, mas se tornou servo).
Não existe outra forma de alcançar um ministério bem sucedido, a não ser se colocando como exemplo aos demais liderados, buscando incessantemente a direção de Deus, e era Proativo, agindo antecipadamente, evitando ou resolvendo situações e problemas futuros.
Explique para os alunos que a ida de Jesus Cristo a Cafarnaum trata-se de uma maravilhosa estratégia de missões. Ele vai entrar em contato com um público que está em trevas, mas pronto para receber a Sua Palavra. Informe para os alunos que, ao contrário do que se pode pensar, Ele não estava e nem está à procura de grandes públicos, mas de indivíduos que possam arder pela vontade de Deus e pelo Seu Reino.
2. Jesus chama ao discipulado
Jesus já iniciara o Seu ministério entre os galileus e precisava multiplicar-se para ter maior alcance. Ele precisava de uma equipe que pudesse reproduzir a Sua mensagem e o que Ele era. Assim, convocou homens ao discipulado.+
2. JESUS CHAMA AO DISCIPULADO
Jesus não chamou os doze para serem objetivamente “apóstolos”, mas primeiramente, para serem discípulos, isto é, pessoas disponíveis a aprender as lições do seu mestre. Treinar discípulos para fazer parte de uma equipe pode ser trabalhoso, mas é fundamental para que o ciclo do discipulado não seja interrompido.
2.1. O chamado
Dá para imaginar Jesus andando junto ao mar da Galileia e a conexão que Ele fazia daquele ambiente com a Sua missão? Para o Senhor Jesus o mundo era o mar e os grandes cardumes de peixes a sociedade humana sem Deus e perdida. Ao observar Pedro e André com suas redes, viu nelas a mensagem do Reino, a mensagem de vida que eles trariam aos homens. Dessa maneira, os chamou ao treinamento de uma pescaria celestial: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”. Os peixes do mar morrem quando apanhados, mas nas redes do Reino ganham vida.+
2.1. O chamado
Para o chamado, Jesus parece não levar em conta os títulos acadêmicos ou o preparo científico de seus convocados, mas apenas que eles tenham fé e disposição para atendê-Lo. Outro fato interessante, é que Jesus ao chamar seus discípulos, também não os fez em um “ambiente religioso”, ao contrário, foi até onde eles vivem no seu dia a dia. Todos foram chamados em situações comuns.
O chamado de Deus, não tem necessariamente haver com o grau de instrução ou de religiosidade que alguém possa ter, mas com a disposição de renunciar seus próprios anseios e de entregar-se incondicionalmente a Deus.
Mostre para os alunos o quanto Jesus Cristo amava as pessoas e, ao chegar naquele ambiente, a grande conexão que Ele fez com Seu ministério. Comente com os alunos que Jesus contemplava tantos e tantos cardumes humanos se perdendo sem rumo no mar dessa vida. Por esta razão, Ele chamou pescadores e é dessa maneira que Ele nos chama para Sua missão no Reino.
2.2. Os homens chamados ao discipulado
Inicialmente, Jesus chamou dois pares de pescadores para estar com Ele, para o aprendizado. Estes se tornariam grandes pescadores de almas para Deus. Notem que Deus vê em nós coisas boas, potenciais os quais nem sonhamos tomar parte. Deus deseja que nos tornemos pescadores de almas para o Seu Reino. É claro que Jesus estivera com os quatro pescadores antes. Por exemplo, André e João passaram uma tarde com Jesus(Jo 1.35-39). Assim como André logo apresentou Pedro a Jesus, João deve ter feito o mesmo com seu irmão Tiago e seu pai Zebedeu. Os chamados iniciais foram feitos a pessoas simples, como eu e você, mas com muita vontade de aprender e fazer a obra de Deus.-
2.2. Os homens chamados ao discipulado
O discipulado de Jesus é assim: Ele chama pessoas, do ponto de vista humano, incapazes de desenvolver algum projeto de vida. E mostra-lhe o maior projeto que um ser humano pode imaginar: o Reino de Deus. Quando somos chamados por Jesus para viver e pregar o Evangelho, percebemos que não estávamos prontos a dizer "sim" para o seu projeto. O nível do Reino é alto demais para a nossa natureza caída. Mas à medida que vamos se despindo de nós mesmos, nos tornamos mais parecido com Jesus. O Evangelho vai sendo impregnado em nossa natureza, tornando-se parte da nossa vida. Então passamos a ser uma nova criatura, tendo outra mente e outra perspectiva de vida que só encontramos com Jesus (2 Co 5.17).
Explique para os alunos que os planos de Deus vão além da vida presente. O que para Ele importa é o enorme desejo que cultivamos e levamos conosco de fazer a Sua vontade. Aqueles homens amavam o mar, as redes e a profissão, mas Cristo tinha algo a mais para aqueles rudes homens. Algo que tocaria a eternidade de modo diferente: o chamado para tomarem-se pescadores de almas. Comente com os alunos que Deus chama os melhores profissionais de sua área para trabalharem para Si. São homens que amam o que fazem, mas que não resistem ao chamado. Homens capazes de deixarem as redes, a coletoria de impostos, o sinédrio, enfim, toda a sua vida secular para ganharem almas.
2.3. O preço do discipulado
Aqueles homens, ao atenderem o convite de Jesus, logo deixaram as suas redes e os seus barcos. Eles eram profissionais da pescaria e tinham nesses instrumentos o seu sustento diário. O que esses homens tinham em mente quando deixaram a sua profissão? Na verdade, eles previamente experimentaram a mensagem, o poder e a santidade de Jesus, de modo que todos ficaram atemorizados (Lc 5.1-11). Eles sabiam que estavam diante de alguém mui sublime da parte de Deus, por isso diante de tantas evidências não resistiram ao chamado do Mestre e deixaram tudo. Apenas algum tempo depois foi que eles questionaram o que receberiam em troca (Mt 19.27-30). Sempre valerá a pena atender ao chamado. O prêmio para os que obedecem é incomparavelmente maior do que o investimento!
2.3. O preço do discipulado
O chamado é de graça e não tem nenhum custo, mas o preço do discipulado custa alto: exige renúncia. As palavras de Jesus a esse respeito são claras: “Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33). Com isto Jesus quis dizer, dentre outros: a) Que o nosso AMOR a Ele deve estar acima de qualquer vinculo familiar: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e a filhos, a irmãos e irmãs, e também à própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26-27 – ver também Mt 8.18-22; Lc 9.57-62; 14.26-27); b) Que o nosso COMPROMISSO com Ele deve estar acima de nossa própria vida: “Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, toma a sua cruz e siga-me. Porquanto, quer quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa acha-la-á” (Mt 16.24-25 – Ver também Mc 8.34-35; Lc 9.23-27). O bom de Jesus é que Ele não engana e não ilude ninguém, e nem camufla as implicações envolvidas no seu chamado.
Isso não significa abandonar tudo, mas que tudo seja para a Glória de Deus.
Existem casos que até pode ser um chamado para que alguns de nós vivam exclusivamente para o evangelho e se torne um obreiro 100% para a obra.
Mas a estratégia hoje é para que sejamos usados em todo ambiente em que estivermos. Por isso é importante que o servo seja policial, radialista, gari, enfermeiro, caminhoneiro, cobrador de ônibus. Onde quer que estejamos o nosso amor maior tem que ser para ele.
Explique para os alunos que o ato de deixar as redes e os barcos para trás foi consequência de algumas coisas. Primeiro, eles tinham uma noção da identidade de Jesus de Nazaré como alguém mui sublime, alguém enviado da parte de Deus. Essa noção era resultado da sabedoria de Suas palavras e dos sinais que operava. Ressalte para os alunos que, com tais características, eles, ao ouvirem o chamado, logo atenderam, pois, estes homens sabiam que cooperariam com algo grandioso e muito arriscado. Comente com os alunos a importância de termos internalizado em nossos corações profundamente quem Jesus é, e, depois, a Sua vontade para nós dentro do Corpo de Cristo, para depois atendermos o Seu chamado.
Ao longo do ministério público do Senhor Jesus, Ele foi chamando outras pessoas para compor Sua equipe. Depois os preparou e os enviou às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.1). Enquanto isso não acontecia, o Mestre desenvolvia as várias facetas de Seu ministério público que se revelava em outros ministérios como veremos.-
3.1. Ministério da pregação e ensino
Jesus desenvolveu um trabalho itinerante, tornando a Galileia o Seu circuito, ou seja, Jesus rodeava toda a Galileia desenvolvendo o ministério da Palavra através da pregação e ensino (Mt 4.23). Mateus é bem enfático quanto a isso, pois ele informa que Jesus percorria cidades e povoados (Mt 9.35). O Senhor Jesus ensinava, ou seja, instruía os Seus ouvintes, expondo acerca do Reino de Deus. Às vezes, esse ensino era em tom de conversação e outras em discursos didáticos, mas também de pregação. O Seu auditório era formado de frequentadores das sinagogas e pessoas que se reuniam em casas ou debaixo de uma árvore nos povoados.
Enfatize para os alunos que o Senhor Jesus Cristo tinha um senso de urgência muito grande em relação às almas. Por isso Ele “percorria”, que, no grego, significa “periegen” e também tem o sentido dinâmico de rodear (Mt 4.23). Comente com alunos que, portanto, o ministério da Palavra através de Jesus não era fixo. Reforce para eles que quanto mais Jesus rodeava as cidades, mais consciência Ele tinha de que havia grandes cardumes humanos e campos brancos para a colheita. Faça essas duas perguntas para os alunos: “Será que essa visão de perdição eterna não mexe conosco?” “Quando será que romperemos com esse silêncio mórbido, enquanto tantos se perdem?”.
3.2. Ministério de cura e libertação
Enquanto Jesus ensinava e pregava acerca do Reino de Deus, as curas aconteciam. As curas são resultado da palavra da fé ensinada e pregada. Isso era algo novo para todos os galileus e demais judeus, coisa que ora causava admiração, espanto e, com o tempo, muitos ciúmes nos chefes das sinagogas. Tanto as curas das enfermidades físicas como a libertação de possessões demoníacas eram vistas como cura também (Lc 13.10-17), pois os demônios são causadores de desordens psicológicas (Mt 17.14-18; 8.28-34). Quando vamos até Jesus, somos curados e libertados de toda sorte de enfermidade, seja que procedência for (Mt 4.24)!
3. AS FACES DO MINISTÉRIO DE JESUS
Jesus ao exercer seu trabalho ministerial na terra o fez de forma tríplice. O Evangelho de Mateus, assim relata: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ENSINANDO nas suas sinagogas, PREGANDO o Evangelho do Reino, eCURANDO toda sorte de doenças e de enfermidades” (Mt 9.35). Esse texto reúne três termos (ensino, pregação e cura) que em si resume todo o trabalho desenvolvido por Jesus ao longo de seu ministério terreno. Apesar de serem distintos, tanto em sua natureza quanto em sua estrutura, estas faces do ministério de Jesus estão intimamente relacionadas entre si. O ministério de cura e de libertação evidenciam e autenticavam o ministério de pregação e de ensino exercido por Jesus (Mc 1.27-28; Jo 2.23; 3.2; 4.48). O ministério de pregação e do ensino, por sua vez, deram real significado ao ministério de cura e de libertação (Mt 9.32; 12.22; Jo 6.63). A Palavra por Ele pregada ou ensinada tinha poder para transformar, curar e criar novidade de vida em meio a um caos com visíveis reflexos, tanto nas esferas da alma como também do corpo. Foi através da Palavra, pregada ou ensinada, que Jesus curou paralíticos (Mc 2.1-12), expeliu demônios (Mc 5.8; 9.25), e transformou pescadores e publicanos em discípulos (Mt 4.12-25; 9.9-13; Mc 1.16-20; Lc 5.1-11). O contato inicial era a pregação. A solidificação de sua mensagem se dava pelo ensino, e os obstáculos (doenças, demônios e enfermidades) eram removidos para que as pessoas pudessem entender e se apropriar Reino que se apresentava entre eles. Uma igreja que se preza como igreja de Jesus, não deve deixar de exercer também esse tríplice ministério.
Explique para os alunos o grande segredo da cura divina e libertação. Destaque para os alunos que ela é resultado da palavra da fé, o que também é chamado de “unção” na pregação. Trata-se de uma palavra buscada em Deus através da consagração pessoal pela oração e jejum. É importante que busquemos para nós essas coisas primeiro, e depois, ou simultaneamente, para os outros.
3.3. A fama de Jesus em Seu ministério
Jesus foi possuidor de uma fama que extrapolou os limites da Galileia. Ele veio especificamente para os filhos de Israel e orientou que Seus discípulos não saíssem dos termos de Israel (Mt 10.6). Note, porém, que as pessoas do extremo norte de Israel e também dos termos da Síria traziam os seus enfermos para serem curados (Mt 4.24). Não apenas grupos de pessoas iam e vinham a Jesus, mas o acompanhavam grandes multidões originadas de vários lugares: Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e lugares de além do Jordão. A fama de Jesus atravessou não só os lugares de origem, mas também milênios!
Mostre para os alunos que a fama de Jesus Cristo ultrapassou lugares e milênios desde a Sua primeira vinda aqui na Terra. Comente com os alunos que o povo de Sua época foi impactado com Sua presença e trabalho, porém a Sua fama tornou-se ainda de maior alcance depois de Sua morte. Enfatize para os alunos que muitos reis divinizados por seus povos ou que se consideravam “deuses”, tentaram este feito, mas, com a queda das civilizações, eles caíram no esquecimento.
O ministério do Senhor foi como raiz de uma terra seca para os religiosos contemporâneos. Seu labor não tinha parecer e nem formosura por causa de Sua origem. Jesus, porém, brilhou muito além da carpintaria e das praias da Galileia, visto que Seu brilho é eterno.
Não fomos chamados para sermos expectadores ou para desfrutarmos apenas das bênçãos do Reino, mas também para compartilhar com outras pessoas o poder transformador de Jesus.