terça-feira, 9 de junho de 2015

A Fé Heróica de Moisés 14 de junho de 2015


Texto Áureo
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vos, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Deuteronômio 30.19


Verdade Aplicada
A fé é a chave que nos abre o portal eterno e nos permite ver de forma cristalina aquilo que ainda não tomou forma no mundo físico.

Textos de referência

Hebreus 11.23-26

23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 - Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 - Tendo, por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.

INTRODUÇÃO
O escritor do livro de Hebreus destila grandeza quando revela as renúncias de Moisés pela fé. As decisões tomadas pelo patriarca apresentam o alcance do poder divino. Sabemos que a graça cobre o mais vil entre os pecadores, mas a história de Moisés nos ensina que Deus também salva nobres, príncipes e cultos.

INTRODUÇÃO
Moisés certamente sabia em quem cria, a ponto de não pensar duas vezes em seguir e obedecer àquele que lhe enviou à missão mais importante de sua vida. 
Esse ocorrido nos leva a meditar e analisar, sob uma ótica interna, o tamanho de nossa fé para realizar aquilo que nos foi confiado pelo Senhor da obra. 
Que possamos ser igualmente esse bravo homem, que mesmo em meio as adversidades, prontamente, cumpriu o ide do senhor.

1. A decidida ação de fé tomada por Moisés.
Pela fé, Moisés foi capaz de ver através da eternidade o que todos em seu tempo duvidaram. Ele recusou a nobreza, foi contado como um louco ao escolher os desfavorecidos e discerniu de modo singular a verdadeira riqueza do universo. Vejamos:

1. A DECIDIDA AÇÃO DE FÉ TOMADA POR MOISÉS.
Moisés viveu um período de 120 anos, divididos em três fases que foram de suma importância. Nos seus primeiros 40 anos, ele foi criado e instruído no mais alto padrão de conhecimento e de filosofia disponível de seu tempo. Vemos sua dedicação no fazer e empenho naquilo que lhe era proposto e exigido por parte da família que lhe criara. Conforme nos diz a palavra em provérbios 16: "Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua" (NVI).

1.1 A fé que recusa a nobreza.
Durante seus primeiros quarenta anos de vida, Moisés se tornou um dos homens mais sábios e mais poderosos do Egito, uma figura importante, o filho único e herdeiro do trono de Faraó. Estevão diz que ele era: “instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Moisés era capaz de governar uma nação. Somente um louco poderia desprezar um palácio, a posição e a nobreza para dedicar sua vida a pessoas desconhecidas e pensamento escravo. O desprezo com que foi valorizada sua decisão e as acusações e escárnio que acumulou sobre si lhe acrescentaram o título de “louco”. Quando chegou a uma idade suficiente madura para saber qual era a plenitude da verdade, desprezou todo compromisso e se apresentou audazmente como um servo do Deus vivente. O escritor aos hebreus destaca que sua decisão não foi por sentimento pátrio, e sim por fé. Essa fé que lhe fez perder tudo foi a mesma que o fez ser o que é (Hb 11.24).

1.1. A fé que recusa a nobreza
Os fins não justificam os meios, mas o senhor tinha outro futuro para Moisés. logo ao se envolver naquele conflito entre dois homens, levando a matar um deles em prol do outro, Moisés se vê encurralado pelo medo num estreito e logo a seguir chegaria ao conhecimento daquele que não pouparia tamanho erro. Porém, bem sabemos que mesmo nestas situações desagraveis o senhor está no controle. Não que fosse plano de Deus que Moisés matasse para que pudesse sair daquela nação, mas mediante tal, Deus usa esse fato e chama seu servo para realizar o seu projeto de libertação de seu povo amado.“(...) tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação” (Rm 8.28).

1.2. A fé que prefere o sofrimento ante o gozo.
Moisés foi criado no luxo como herdeiro do reino. Até que chegou um dia em que se decidiu aliar aos oprimidos israelitas e dizer adeus ao futuro de riqueza, tranquilidade, comodidades e domínio real (Hb 11.25). Devemos ter em mente aspectos importantes como: o tipo de sociedade que Moisés se sentiu compelido a deixar; a separação dos mais estimáveis amigos; o rompimento com todas as honrasse a nobreza com que sempre viveu para ser maltratado com um grupo sem prestígio e prestes a ser devastado. Ele pode não ter convivido com o pecado, mas sempre teve a seus pés os tesouros do Egito. Moisés sempre soube quem era e, quando descobriu o que deveria fazer, teve honra em decidir pelo que é correto, mesmo que desagradasse aos demais.

1.2. A fé que prefere o sofrimento ante o gozo.
Moisés fora criado no mais alto padrão oferecido por um império, porém, ele não se deixou levar por muito tempo ao conforto oferecido. Ele era um homem sensível e complacente do seu próximo, nunca oprimia nem maltratava o seu semelhante, isso contribuiu para que rompesse com o Egito após o ocorrido. O luxo à sua disposição, agora dá espaço para a escassez dos recursos, em meio ao deserto árido. O querido, agora passa a ser odiado; o abundante, agora se torna um necessitado. Crescia, porém, em seu coração, uma fé de que tudo um dia poderia ser revertido, mesmo não tendo ainda o conhecimento dos planos para a nação eleita, povo escolhido de Deus. Isto era oriundo de uma fé Naquele que criou o céu e a terra (Hb 11.24-29).

1.3. A fé que proclama a Cristo como sua maior riqueza.
A causa que Moisés abraçou trazia como prêmio uma abundante tribulação (Hb 11.26). Não havia recompensa presente, senão o que perder; deveria agir motivado apenas por um puro princípio, amor a Deus e convicção da verdade. Tudo o que o povo iria lhe oferecer era aflição em lugar de riqueza e honra. Ainda hoje a recompensa é a mesma, é preciso calcular o custo antes de dizer que realmente se serve a Deus. Se servir ao Senhor não for suficiente recompensa, aqueles que esperam maiores coisas sigam seu caminho egoísta. Se a eternidade não for suficiente, os que almejam reconhecimento busquem aqui mesmo na terra o seu galardão. Moisés atuou de maneira totalmente desinteressada, sem receber promessa alguma, sem qualquer ajuda em troca.

1.3. A fé que proclama a Cristo como sua maior riqueza
Moisés que, na outra fase, servia a faraó com dedicação e fidelidade, agora se torna fiel servo do Deus altíssimo e prontamente atende uma ordenança digna de passagem. Ele abre mão das possíveis recompensas e honrarias que lhe renderiam o título de “Príncipe do Egito”, e se torna um portador de boas novas da parte de Deus àquela nação, de dura cerviz, e a um faraó perverso e de endurecido de coração. Como libertador logo põe em ação o seu chamado e se coloca à disposição do trabalho não fácil de ser cumprido.

2. Fé, a fonte das decisões de Moisés.
Durante toda sua infância, Moisés foi influenciado por sua mãe Joquebede e certamente sabia ser ele o libertador de Israel, pois cuidava que seus irmãos também entendessem (At 7.24). Mesmo sendo o detentor de tal verdade, algo o deveria impulsionar a prosseguir, a fé foi a força motriz que alavancou sua vida e lhe fez ver coisas inefáveis. Vejamos:

2. FÉ, A FONTE DAS DECISÕES DE MOISÉS
É bem provável que Joquebede, mãe de Moisés, tenha falado a ele, em hora oportuna, a sua origem e a quem de fato eles pertenciam. Mas algo nos chama a atenção. Moisés tinha compaixão por aquele povo que escravizado era submetido a trabalho forçado covardemente.

2.1. Pela fé, Moisés viu a recompensa do sofrimento.
Em comparação com a luz eterna da Palavra de Deus, o conhecimento dos homens nada mais é que uma escuridão visível. Os grandes sábios não se dispõem a reconhecer o Deus vivo. Em todas as épocas, os sábios desprezaram a sabedoria do infinito (1Co 1.18-21, 26). Moisés conheceu toda a ciência egípcia, conhecia cada um deus existente ali, mas sabia em seu coração que havia somente um Deus. Os instintos da natureza hebreia e a morte do egípcio muito contribuíram para uma mudança na vida de Moisés, mas o texto indica que a razão principal de seu rompimento foi a fé e, através dela, viu tanto o sofrimento quanto a recompensa (Hb 11.26). A fé mostrou a Moisés o que havia dentro da eternidade, daí em diante, qualquer grandeza que visse no mundo se tornava nada diante do que a fé lhe revelara (Rm 8.17, 18).

2.1. Pela fé, Moisés viu a recompensa do sofrimento
Nem mesmo toda a ciência e conhecimento oferecido e adquirido por Moisés, enquanto no Egito, foi suficiente para alterar a chama que ardia em seu coração. Ele era movido por tamanha fé no Deus de Israel, que isto o fazia a se incomodar com a situação vivida por seus compatriotas, em posições desfavoráveis.  Tudo o que lhe sobreveio contribuíram para a realização do projeto de Deus para aquele povo oprimido e que ansiava por voltar pra casa. Quando foi exigida uma providência para reverter àquela situação aparentemente irreversível logo ágil em prol de seu povo.

2.2. Pela fé, Moisés viu um galardão.
Moisés descartou a possibilidade das riquezas humanas por uma recompensa na eternidade. Embora perdesse, esperava se tornar um vencedor. Sabia que, no dia do julgamento, veria a balança imparcial, sabia que não havia trocado um galardão incorruptível por um “mísero prato de lentilhas” como fazem os que se vendem na casa de Deus. Era isso o que Moisés via e nada poderia persuadir sua mente. Moisés se dispôs a seguir a estrela e, mesmo que andasse através das chamas e das inundações, o que importava era o que via pela fé. Ele sabia que sua causa era a causa de Deus e, portanto, essa era a única verdade que impulsionava sua vida a queimar todos os arquivos do passado e seguir em frente, sem pestanejar.

2.2. Pela fé, Moisés viu um galardão
Moisés não estava interessado nas riquezas do Egito, mas sim em cumprir com fidelidade os desígnios de seu Senhor, pois sabia que vais valioso era o povo do que o ouro e a prata que lhe seria dado por herança faraônica. Preferiu ser chamado filho de Deus, a ser chamado filho da filha de faraó. Será que estamos preparados a obedecer ao chamado do Senhor e deixarmos os tesouros dessa terra para que possamos no futuro breve gozarmos dos galardões celestiais? Pensai... “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2).

2.3. Pela fé, Moisés viu o Cristo.
A fé de Moisés também descansa em Cristo. Ele ainda não havia vindo, mas ele o viu através da eternidade (Hb 11.26). Ele conhecia a promessa dos patriarcas que, na semente de Abraão, seriam benditas todas as nações da terra e estava disposto a assumir o vitupério para participar da promessa. Ele não conhecia tudo o que conhecemos hoje, mas tinha fé no Messias que havia de vir. Mais adiante, ele próprio anuncia o Cristo que havia visto pela fé (Dt 18.18). E, como prêmio por seu trabalho e por sua fé, ele volta após a morte, já glorificado, juntamente com o profeta Elias, para testificar daquele a quem havia anunciado, como sendo a única voz a ser ouvida pelos discípulos e a única autoridade na terra outorgada pelo Pai (Lc 9.30, 31).

2.3. Pela fé, Moisés viu o Cristo
O Antigo testamento aponta diretamente de Gênesis a Malaquias para o Messias, o nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, e logo não seria diferente com Moisés. Esse por intermédio de Deus age de forma corajosa a libertar aquele povo que durante 430 anos estavam subjugados a escravidão perversa de um tirano malvado e maligno. Assim Moisés tipificado como Cristo por conduzir aquela nação para a salvação oferecida por Deus ao homem, uma coisa Moisés entendia muito bem, ele sabia que é Deus quem faz a obra, e que ele Moisés foi apenas o instrumento. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.” (1 Co 10.31).

3. Perder para ganhar: uma lição de fé.
Escolher servir a Deus é inimizade declarada contra o mundo (Hb 11.27). Moisés se tornou inimigo de todos para se fazer amigo de Deus. O que viu afinal? O texto é muito claro: ele viu o invisível.

3. PERDER PARA GANHAR: UMA LIÇÃO DE FÉ
Você pode ser a pessoa mais influente de sua nação, mais requisitada em seu meio social, mais popular que a Coca cola, mais apreciado que o ouro de Ofir, mas saiba se você não for amigo de Deus nada valerá a pena! E isso Moisés viu e viveu. Sabia que estava entre os homens da terra ao lado do talvez mais poderoso e rico, mas sabia bem que o Todo poderoso, Senhor dos senhores estava a sua espera para prontamente fazerem maravilhas inigualáveis em toda a terra. “...Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tg 4.4).

3.1. A fé que moveu Moisés.
O maior obstáculo que um servo de Deus pode ter na vida é criar raízes em algum lugar. Qualquer pessoa que está, há muito tempo, fixo em algum trabalho ou lugar ficará inseguro em deixar o comodismo de sua situação. Moisés poderia ter gostado de ser o filho da filha de Faraó, ele sabia que chegaria um tempo em que não iria mais retroceder por causa de sua posição e que prejudicaria tanto a nação quanto sua própria alma. A palavra traduzida por “escolhendo ou preferindo” no versículo 25 vem do grego “tomar uma decisão”. E, logo em seguida, o texto diz que ele “abandonou, deixou o Egito” (Hb 11.27). Como um míssil que persegue um jato inimigo, Moisés viu o que estava à frente, olhou para além da encruzilhada do caminho das decisões e permitiu que sua fé comandasse suas atitudes.

3.1. A fé que moveu Moisés
A Palavra de Deus afirma que aqui estamos de passagem, e que como peregrinos aqui estamos (1 Pe 2.11), Moisés não estava preso as paixões da carne e muito menos do consumismo humano, sabia que sua pátria era a celestial, a pátria do Céu morada de Deus, isso serve para que possamos nos orientar e analisar onde podemos estar errando nessa questão. Os bens de consumo usufruídos e adquiridos aqui na terra são bênçãos de Deus, mas nós não podemos fazer deles algo que seja prioritário em nossas vidas tomando o lugar que precisa ser exclusivo de Deus nosso Senhor! 

3.2. A dura missão de fé de Moisés.
A causa pela qual Moisés renunciaria sua coroa incluía como galardão terreno um grupo de escravos quebrantados e oprimidos pela sociedade. A escravidão tanto desumaniza quanto incapacita, impedindo por gerações o gozo da própria liberdade. Está comprovado que, mesmo que os escravos recebessem liberdade, eles jamais atuariam como os que nasceram livres, porque a escravidão é como um ferro que espeta a alma e amarra o espírito. Está claro que a missão de Moisés exigia muito mais que deixar tudo. Ele deveria se ajustar aquele povo; deveria descer a seu nível; conviver com eles; suportá-los e amá-los como o povo escolhido de Deus.

3.2. A dura missão de fé de Moisés
Moisés foi um instrumento de suma importância nas mãos de Deus, um servo fiel ao seu Senhor. Quando conduziu o povo a libertação do Egito rumo a terra prometida, estava ali dando o ponta pé inicial para que os propósitos de Deus se concretizasse e após varias etapas que se ocorreu aquela nação a Palavra de Salvação, através de Cristo Jesus nosso Salvador e Senhor nos alcançou. Somente pela fé romperemos barreiras, somente pela fé saltaremos as muralhas, somente pela fé agradaremos a Deus. “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb 11.6).

3.3. O galardão da fé.
Devemos considerar o que Moisés deixou e o que recebeu em troca. Não houve um monumento para esse homem tão dedicado e tão altruísta. Não houve uma esfinge, nem tampouco uma pirâmide. O Egito estava mais que disposto a esquecer que tal homem existiu um dia. Esse grande herói morreu em um cume solitário, nas encostas áridas do monte Pisga, sem receber ao menos uma flor em sua sepultura. Moisés trocou voluntariamente os monumentos e a aclamação, os incentivos, o poder e os prazeres terrenos por uma recompensa num reino invisível. Ele deu tudo o que possuía por um relacionamento com Deus. Foi o maior negócio que alguém poderia ter feito. O que perdeu não teria condições de guardar, mas o que ganhou jamais poderia perder.

3.3. O galardão da fé
Aquele que faz a obra de Deus certamente irá receber a recompensa por parte de Deus, embora Deus já tenha dado a recompensa antecipadamente aos seus, a vida eterna em Cristo Jesus é a melhor recompensa que o homem pode receber e almejar. E isso Moisés como servo fiel e justo recebeu prontamente por parte e seu Senhor.

CONCLUSÃO
Moisés percebia que os prazeres do pecado eram passageiros (Hb 11.25). Vendo que o tempo havia chegado, teve coragem para renunciar. Ele sabia que a vida não era longa o bastante e não queria comparecer diante de Deus como alguém que rejeitou o direito de servir (Lc 14.33).

CONCLUSÃO
Nada neste mundo seja o mais prazeroso que for pode ser comparado com as maravilhas vindouras por parte de Deus aos seus. O Senhor desejar manter uma relação intima com cada filho seu, e esses por sua parte fazer aquilo que lhe for proposto, que sejamos semelhante a esse fiel e honesto obreiro de Deus, Moisés, homem cheio de poder e do Espírito Santo de Deus nosso Senhor. “..Porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.”  (2 Tm 1.12b).