Texto Áureo
“Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos júbilo e nos alegremos todos os nossos dias”. Sl 90.14
Textos de referência
Deuteronômio 9.17-20
17 Então, peguei as duas tábuas, e as arrojei das minhas mãos, e as quebrei ante os vossos olhos.
18 Prostrado estive perante o SENHOR, como dantes; quarenta dias e quarenta noites, não comi pão e não bebi água, por causa de todo o vosso pecado que havíeis cometido, fazendo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira.
19 Pois temia por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós outros para vos destruir; porém ainda por esta vez o SENHOR me ouviu.
20 O SENHOR se irou muito contra Arão para o destruir; mas também orei por Arão ao mesmo tempo.
Introdução
Temos autoridade para mudar o mundo por meio da oração. Quando Deus disse “dominai, sujeitai” (Gn 1.26-28), Ele estava instituindo o governo do mundo para que a associação com o homem fosse essencial para o cumprimento de Seus propósitos.
INTRODUÇÃO
A oração é essencial na vida do cristão, através da oração temos a oportunidade de nos envolvermos de modo significativo na obra do Reino. Deus estava prestes a destruir o povo por causa do pecado no episódio do bezerro de ouro (Êx 32.4). Porém Moisés pondo-se como mediador entre Deus e o povo clamou por misericórdia e Deus atendeu sua oração. É difícil de entender como Deus trabalha, Deus estava disposto a exterminar o povo, mas devido a oração de Seu fiel servo “Moisés” (Êx 32.11), Deus muda de propósito e atende a sua súplica, isso mostra que Deus faz de Seus servos cooperadores com Ele no serviço de Seu reino.
1. Entendendo a oração.
Semelhante ao modo como o Senhor descia até Adão para instruí-lo e se dar a conhecer Moisés se destaca como um homem de comunhão e de oração. A oração é a comunicação entre o homem e Deus para que Seu propósito seja conhecido e cumprido na Terra.
1. ENTENDENDO A ORAÇÃO
A oração é nossa comunicação pessoal com Deus, no entanto, essa definição vai muito além. Na verdade, a “oração” inclui orações de pedidos por nós mesmos e por outros (às vezes chamadas orações de petição ou intercessão), confissão de pecado, adoração, louvor e ação de graças. A oração não foi instituída para que Deus pudesse descobrir nossas necessidades, pois Jesus nos diz: “porque o [...] Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mt 6.8). O Criador quer que oremos porque a oração expressa nossa confiança em Sua pessoa e faz elevar a nossa fé. Então devemos orar com fé, pois demonstra nossa confiança e dependência de Deus.
Para entender o princípio da oração, é necessário compreender a mente e o propósito do próprio Criador. Orar é dar a Deus uma permissão legal para interferir nos assuntos terrenais. A quem Deus deu a Terra para governar? Ao homem. E qual é o desejo de Deus? Que Seu Reino baixe até a Terra e influencie todos os seres humanos (Mt 6.10). A oração não é uma opção para a humanidade, mas sim, uma necessidade. Se não oramos. O céu não poderá interferir nos assuntos aqui da Terra. Cada um de nós tem a responsabilidade de tornar-se um canal da influência celestial no mundo em que habitamos. O céu depende de cada um de nós para mover-se, e a Terra também. Se não oramos, o céu não se move e, se não se move, a Terra não alcançará sucesso.
1.1. O princípio da oração
A oração nos traz à comunhão mais profunda com Deus, e Ele nos ama e tem prazer em nessa interação com Ele. Quando oramos, o avanço do Reino se processa. Desse modo, a oração nos dá oportunidade de nos envolvermos de modo significativo na obra do Reino. É natural que Deus tenha prazer em tal atividade e dê tanta ênfase a ela e ao relacionamento conosco. A razão pela qual Deus quer que oremos é que na oração Deus permite que nós, como criaturas, fiquemos envolvidos em atividades que são eternamente importantes. “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus” (1 Co 3.9).
1.2. Deus trabalha em conjunto com o homem através da oração.
Deus não fez nada na Terra sem a cooperação de pessoas (Mt 18.18). Toda ação tomada por Deus no reino terreno requereu o envolvimento do ser humano. Para resgatar a humanidade do dilúvio, Ele necessitou de Noé; para criar uma nação. Ele necessitou de Abraão; para livrar Israel do cativeiro, Ele necessitou de Moisés para derrotar Jericó, Ele necessitou de Josué; para a preservação dos hebreus, Ele necessitou de Ester; para a salvação da humanidade, foi necessário Ele se tornar homem.
1.2. Deus trabalha em conjunto
Quando oramos verdadeiramente, nós como pessoas, na totalidade de nosso caráter, estamos nos relacionando com Deus como uma pessoa, na totalidade do Seu caráter. Assim, tudo o que pensamos ou sentimos a respeito de Deus é expresso em nossa oração. Deus não ignora a intercessão de um servo fiel, enquanto houver esperança de salvação, somente quando o pecado chega ao extremo é que Deus não atende a intercessão (Jr 15.1; Ez 14.14,16). É um mistério insondável, o de Deus se deixar persuadir por um ser humano falível e mudar o cumprimento de um fato já por Ele anunciado e voltar-se da ira para a misericórdia. Nosso Deus, não é um Deus inexorável, mas um Deus pessoal, que se compraz em mover-se pelo amor, fé e oração do Seu povo fiel.
Não é fácil orar. Não há plateias, é um exercício solitário e sem resposta prévia. Uma tarefa que exige paciência, aplicação, fé e muita dedicação. Qualquer outra atividade na igreja é mais fácil de realizar que a oração. Pelo reduzido número de pessoas que assistem as reuniões de oração, podemos medir qual o percentual de cristãos que realmente creem na efetividade da oração. Duas coisas precisamos aprender sobre a oração: a primeira é que devemos orar de acordo com os princípios estabelecidos em Sua Palavra; a segunda, é que a oração não é só uma atividade, um ritual ou uma obrigação. É uma comunhão e uma comunicação que toca o coração de Deus. É simples! Ele tem os projetos e sabe como dar certo e, nós, como estamos interessados em realiza-lo reunimo-nos com Ele, para que possa nos instruir a fazer segundo o Seu projeto e desenho original.
1.3. A oração é um exercício secreto, solidário e paciente
Embora reconheçamos a importância da oração, temos dificuldade em orar constantemente, as pessoas não conseguem orar regularmente. É mais fácil fazer qualquer outra coisa do que orar. Há uma ideia popular de que a oração é uma coisa muito fácil, uma espécie de atividade comum que pode ser feita de qualquer forma, sem nenhum cuidado ou esforço. A oração era uma prática cristã normal, mas parece que a oração está “fora de moda”. Muitos procuram soluções rápidas e fáceis para seus problemas; por espiritualidade instantânea sem que haja disciplina ou sacrifício, não querem entender que as respostas para seus pedidos acontecem no tempo de Deus e por isso, poucos são os que buscam a Deus em oração. Em Efésio 6.18 temos a declaração de orar sempre. Orar “sempre”é o grande desafio do crente! Orar “guiado pelo Espírito Santo” é o segredo da vitória. O Espírito Santo tem o mesmo papel que o mapa tem para o viajante. Ele indica o melhor caminho e nos leva seguros até o nosso destino.
Existem pessoas que marcaram tanto que, mesmo após sua partida, eles se fazem tão presentes como quando habitavam entre nós. Gerações passaram, mas ainda são lembradas por seus feitos e virtudes. Moisés pertence a essa galeria e se destaca como um homem capaz de acessar o coração de Deus.
2. MOISÉS, UM HOMEM DE ORAÇÃO
Moisés sabia da necessidade de Deus em sua vida, bem como da importância de Sua presença junto ao povo de Israel, se não fosse com a ajuda e a misericórdia de Deus em socorrer a Israel, o povo não teria resistido a tanta aflição. Moisés recorria a Deus sempre que precisava, tinha total confiança que somente Deus tinha poder para libertar da escravidão e conduzi-lo por mão forte e poderosa a terra da promessa. É por isso que Moisés sempre clamava a Deus na hora da necessidade, aliais, ele meditava no Criador em todos os momentos, da mesma forma, devemos orar para que Ele nos faça escolher o caminho certo. A oração é o meio que Deus determinou para recebermos a sua misericórdia, graça e auxílio em tempo de necessidade. “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hebreus 4.16).
Moisés era o típico sacerdote. Ele consultava a Deus para pedir instruções em como administrar os problemas do povo e como instruí-los. Por outro lado, Deus lhe revela a Sua vontade transmitida em Seus mandamentos, estatutos e juízos. Tomando por base a narrativa descrita em Deuteronômio 9, vemo-lo discorrendo sobre o descontentamento e a ira do Senhor em relação a Israel e Arão. Este foi o caso do bezerro de ouro enquanto Moisés estava em Horebe. Moisés esteve humilhado com o rosto no chão num outro prolongado jejum para que Ele não os destruísse. Ele não ficou apenas orando; ao tomar ciência dos fatos, ele agiu, destruindo o bezerro que eles fizeram. Em seguida, Moisés permaneceu humilhado para mudar a sentença divina até que o SENHOR lhe trouxesse uma resposta. Ele não desistiu do povo e Deus ouviu sua oração.
2.1. Moisés, intercessor e mediador.
Deus estava prestes a destruir toda a nação por causa do pecado, o povo sabia dos mandamentos de Deus e mesmo assim, não tinha o coração disposto a obedecer, apesar de todos os livramentos que Deus operou em seu meio, eles reclamavam e não tinha paciência de saber esperar e confiar na providência de Deus, foi o caso do bezerro de ouro, quando Moisés subiu ao monte a encontrar-se com Deus, o povo perdeu a paciência e pressionaram a Arão e disse: Êxodo 32.1“...faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu”. Quanto desprezo e falta de sabedoria! Entretanto Moisés as descer do monte e perceber que o povo havia de desviado implorou por misericórdia e Deus a poupou. Aqui está um dos incontáveis exemplos bíblicos a respeito da misericórdia de Deus. Embora mereçamos sua ira. Deus está disposto a nos perdoar e restaurar. Assim como Moisés, podemos interceder a Deus pelas pessoas e pedir que Ele nos use para levar-lhes a mensagem da sua misericórdia. Como poderia Deus arrepender-se? Ele não muda de ideia, é a mesma forma que um pai decide não disciplinar o seu filho. Em vez disso. Deus mudou seu comportamento para permanecer coerente com sua natureza. A princípio, quando Deus quis destruir o povo. Ele estava agindo consoante a sua justiça. No entanto, mediante a intercessão de Moisés, Deus condescendeu para agir de acordo com a sua misericórdia. Por diversas vezes. Deus avisara ao povo que se eles mudassem os seus maus caminhos. Ele não os condenaria. Eles mudaram, e Deus cumpriu sua promessa.
2.2. Moisés e a vontade soberana de Deus.
Conhecer a vontade soberana de Deus é uma preciosa chave para uma oração eficaz. Não se pode buscar a Deus e orar desrespeitando a soberania divina. Moisés orava a Deus sabendo esse importante princípio. Quando ele orou e disse: “risca-me, peço-te do livro que escreveste”, embora fosse ousado, o SENHOR não o ouviu (Dt 32.33). Muitas orações são ignoradas, porque elas são simplesmente absurdas. Não basta apenas falar: “Senhor, seja feito conforme a Tua vontade”, é necessário conhecer essa vontade e a Bíblia traça tanto o alcance quanto o limite de uma petição.
2.2. Moisés e a vontade soberana de Deus
João nos diz: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos” (l Jo 5.14,15). Jesus nos ensina a orar: “seja feita a tua vontade” (Mt 6.10), e ele próprio nos deu o exemplo, quando no jardim do Getsêmani orou: ”... não seja como eu quero, mas sim como tu queres” (Mt 26.39). Moisés sabia reconhecer a soberania de Deus, suas orações eram dirigidas a Ele por meio de fé e confiança, todavia, tudo estava no comando do Criador e cabia a Deus decidir o que lhe apraz. Nem todos os pedidos feitos ao Senhor serão respondidos a contento de quem o faz, observe que o próprio Moisés suplicou a Deus para entrar na terra prometida e não lhe foi permitido (Dt 3.25,26). “Rogo-te que me deixes passar, para que veja esta boa terra que está além do Jordão; esta boa montanha, e o Líbano! Porém o Senhor indignou-se muito contra mim por causa de vós, e não me ouviu; antes o Senhor me disse: Basta; não me fales mais deste assunto; As únicas orações que Ele prometeu “ouvir”, no sentido de escutar com simpatia e de comprometer-se a responder quando elas são feitas de acordo com a Sua vontade, são as orações dos cristãos feitas por meio do mediador, Jesus Cristo (cf. Jo 14.6).
2.3. Moisés: sua devoção e ação.
Orar é falar com Deus, mas não significa passividade. A oração pode ser definida como um discurso seguido de ação. Observamos que Moisés não somente orou para que a transgressão de Israel fosse perdoada, ele imediatamente procurou eliminar o produto de suas transgressões. Ele desceu do monte já sabendo o que causava tão grande tristeza no coração de Deus. É isso que a intimidade com o Senhor produz. Quando oramos a Deus e o Espírito Santo nos revela algo a fazer, devemos rapidamente corrigir esse ponto negativo, retirando-o de nossas vidas. As vezes, é alguma forma idólatra que ainda age em nosso coração. Em outros casos, pode ser uma liberação do perdão ou a reparação alheia de algum dano.
2.3. Moisés: sua devoção e ação
O Senhor declarou a Moisés que ele haveria de destruir o povo de Israel por causa do seu pecado (Ex 32.9,10), “Moisés, porém, suplicou ao Senhor para não destruir o povo. Quando Deus deseja punir seu povo por seus pecados, ele declara: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra” (2Cr 7.14). É importante frisar a atitude de Moisés ao suplicar a Deus pelo perdão do povo, ele age imediatamente para eliminar o mal cometido, ele destrói o bezerro de fundição e manda eliminar o povo que estava comemorando e adorando aquela imagem (Êx 32. 20, 25-28). A oração é elo de comunicação e comunhão com Deus, através da humilde oração, Deus revela Sua vontade aos Seus fiéis, porém façamos igual a Moisés, orar e tomar atitudes, lançar fora tudo que impede o agir de Deus em nossas vidas. Quando o povo de Deus orar (com humildade e arrependimento), então Ele ouvirá e os perdoará. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (l Jo 1.9).
A vida de Moisés já começou de forma sobrenatural quando foi salvo e cuidado milagrosamente. Moisés cresceu entre os sábios, mas aquele dia na sarça ardente lhe mostrou com quem estava a verdadeira ciência. Desde então, seu anelo por Deus se tornou o seu prazer. Para Ele, a presença de Deus era como sua respiração.
3. Moisés e a presença de Deus
Moisés tinha aprendido a depender de Deus, ele sabia que somente Deus tinha poder e força para capacitar, fortalecer e cuidar de seu povo, ele mesmo era testemunha da providência de Deus em sua vida, pois desde criança Deus já estava preservando sua vida e preparando para ser o libertador de Israel. É por isso que Moisés não fazia nada sem consultar a Deus, pois Sua presença dava certeza que a missão seria bem-sucedida.
O Senhor aparecia com frequência a Moisés para dar-lhe instruções e direção para prosseguir. A cada dia, ele foi se tornando mais íntimo e mais acessível à presença do Senhor, mas isso não preenchia seu coração e ele ousou querer mais de Deus. Ao chegar a Horebe, seu pedido foi: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Êx 33.18). Moisés revela a Deus a expressão de uma necessidade que simplesmente tinha que ser preenchida. Jamais observaremos na história de Moisés ele pedir algo material. Jamais! E a resposta de Deus foi tremenda. “...Homem nenhum verá a minha face, e viverá (Êx 33.20). O que Moisés pediu era grande demais. Mesmo assim, o Senhor o protegeu para que não fosse consumido por Sua glória e lhe prometeu realizar terríveis maravilhas no meio de Seu povo (Êx 34.10). Porém, ao descer do monte, Moisés estava impregnado pela glória do Senhor (Êx 34.29-30).
3.1. Um abismo chama outro abismo
A intimidade de Moisés com Deus aumentava a cada dia e ele sempre ousava querer conhecer mais a Deus. Moisés orou para ver a manifestação da glória de Deus. Seu objetivo era assegurar-se de que a presença de Deus era com ele, Arão e Josué. Além disso, desejava conhecer esta presença por experiência. Pelo fato de sermos finitos e moralmente imperfeitos, não podemos existir e ver Deus como Ele é. Somente podemos conhecê-lo através de suas obras e seus atos, e não podemos compreender como Ele é de fato separadamente de Jesus Cristo (Jo 14.9). Jesus prometeu revelar-se aos que cressem (Jo 14.21). 34.6.7 - Esta é a resposta de Deus ao pedido de Moisés para ver a sua gloriosa presença (Êx 33.18). O que é a glória de Deus? É o seu caráter, sua natureza, sua forma de relacionar-se com as criaturas. Note que Deus não concedeu a Moisés uma visão do seu poder e majestade, mas do seu amor. A glória de Deus é revelada através da sua misericórdia, graça, compaixão, fidelidade, seu perdão e justiça. Podemos refletir e compartilhar a glória de Deus quando nosso caráter se assemelha ao dEle.
3.2. Sem tua presença não iremos.
O bezerro de ouro trouxe graves consequências ao povo israelita. Deus se recusou caminhar com o povo, mas, por misericórdia designou um anjo para acompanha-los. Moisés vai até o Senhor e lhe faz uma súplica com um ousado pedido (Êx 33.15). Moisés estava convencido de que, sem a presença de Deus em sua vida, ser-lhe-ia inútil se empenhar por qualquer coisa. Moisés não queria um anjo e aproveitou seu acesso a Deus para reivindicar Sua presença. E o Senhor assim respondeu à sua ousada declaração: “...A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (Êx 33.14). Que promessa incrível! Em hebraico, a palavra descanso significa: “um repouso confortável, tranquilo”. Deus estava dizendo: “Não importa que tipo de inimigos ou das lutas que tenha de enfrentar, você sempre poderá encontrar descanso tranquilo em mim!”
3.2. Sem a Tua presença não iremos
Por causa do pecado de Israel, Deus falou a Moisés que um anjo estaria no seu lugar na caminhada pelo deserto rumo a terra prometida (Êx 33. 1-3). Moisés não se alegrou com esta decisão e voltou a interceder pela Sua presença. Depois de Moisés insistir em oração (Êx 33.12,13, Deus mudou o seu plano, atendeu a petição de Moisés e concordou que a Sua presença acompanharia os israelitas, assim Moisés teve plena confiança em seguir sua jornada porque Deus se fazia presente.
Embora a Bíblia descreva Abraão como o amigo de Deus, Moisés é apresentado como o único homem a quem o Senhor falou cara a cara. Maior que as vitórias, milagres ou até mesmo maravilhas acontecidas na vida de Moisés, está a sua estreita relação de amizade para com Deus. Essa relação foi a mola propulsora de tudo o que realizou. Moisés se manteve amigo e mesmo o fato de não ter entrado na Terra Prometida o tornou indigno ou maculou sua amizade com o Criador. Muitas coisas lhe foram reveladas através de seu contato direto. O tabernáculo de Êxodo 25 é uma prova de que Deus pode nos dar a planta de toda obra que devemos realizar e ainda os auxiliadores que irão construir ao nosso lado. A presença de Deus é a única segurança que temos para seguir adiante sem falhar.
3.3. Entrando na presença
Os atos da vida de Moisés expressavam atitudes de dependência em Deus. Em ÊX 34.29) O rosto de Moisés resplandecia após ter estado algum tempo com Deus. Via-se claramente que a presença de Deus era com ele. Façamos como Moisés, devemos entrar na presença de Deus e ficar tempo a sós com Ele, ainda que nosso rosto não venha iluminar como o de Moisés, mas o tempo gasto em oração e leitura bíblica devem causar um efeito tal que as pessoas saibam que estivemos e estamos sempre na presença de Deus.
Conclusão
Moisés não somente desfrutou daquilo que Deus disse, mas também daquilo que Deus é. Começar o dia de joelhos é ter certeza de encontrar a paz necessária para prosseguir juntamente com a direção do que realizar. Moisés não dava um passo sem antes consultar o Senhor, lição que deveríamos colocar em prática em nossos dias.
CONCLUSÃO
Moisés sabia que Israel não tinha capacidade para vencer as batalhas por suas próprias forças, mas só alcançaria a vitória pelo poder de Deus, que viria do alto por meio da oração e atitudes. Todo sucesso que os israelitas obtiveram foi por causa da presença de Deus que encorajava, dava segurança e certeza da vitória para Seu povo.