sábado, 16 de maio de 2015

Moradores de Natividade voltam às urnas no domingo para eleger prefeito

Os 11.400 eleitores das 40 seções eleitorais do município de Natividade, no Noroeste Fluminense, vão às urnas neste domingo (17) para eleger um novo prefeito, o quarto a ocupar o cargo em menos de um ano. Concorrem ao pleito  Francisco José Martins Bohrer, o Chico da Saúde (PT); Severiano Antônio dos Santos Rezende, o Severiano Neném (PRTB) e Eriques Lopes da Silva, o Mineirinho (PSD).

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na quinta-feira (14), a Justiça Eleitoral realizou o procedimento de inseminação das 40 urnas que serão utilizadas nas eleições suplementares em Natividade. A inserção dos dados dos eleitores e dos candidatos nas máquinas de votação aconteceu no polo de urnas de Itaperuna e foi acompanhada pela juíza Leidejane da Silva, da 43ª Zona Eleitoral, pelo promotor eleitoral Gustavo Nogueira, e por representantes dos partidos. Nesta sexta-feira (15), as urnas serão transportadas para Natividade, onde ficarão armazenadas até sábado, quando serão distribuídas para os sete locais de votação do município.

Segundo o TSE, o ex-prefeito Taninho gastou R$ 195.011,91 para promover a sua candidatura nas eleições de 2012, prejudicando seu adversário, Chico da Saúde. O dinheiro teria sido gasto entre agosto de 2011 e agosto de 2012.

O vice, Welington Nacif de Mendonça (PSB), também foi cassado pela mesma acusação. Dois presidentes da Câmara de Vereadores assumiram o cargo até o TRE definir o novo pleito. Atualmente cidade é governada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Robson Rodrigues Barreto (PSL).

O caso
Em março deste ano, o prefeito de Natividade, Marcos Antônio da Silva Toledo, o Taninho (PSD), e o vice, Welington Nacif de Mendonça, o Welington da Volks (PSB), foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder econômico e captação e gasto ilícitos de recursos na campanha.
Taninho também ficou inelegível por oito anos e os 4.947 votos obtidos por ele em 2012 foram anulados. Como equivalem a 51,32% dos votos válidos no pleito, a legislação prevê a realização de nova eleição direta para a prefeitura.
Para o TRE, ficou provada a contratação de pelo menos 217 cabos eleitorais por R$ 300 por mês cada, despesa que foi omitida na prestação de contas. Sem origem identificada, os recursos usados no pagamento atingiram R$130 mil — cerca de 267% dos R$ 48 mil oficialmente declarados nas contas da campanha.
A eleição terminou com uma diferença de apenas 255 votos em favor de Taninho. "Os fatos são extremamente graves, a ponto de ferir a normalidade e legitimidade do pleito", disse o relator do processo, desembargador Edson Vasconcelos, ao confirmar a sentença de cassação da 43ª ZE de Natividade.