sábado, 21 de julho de 2018

Lição 4 - As dez pragas: A Justiça de Deus no Egito - 22/07/2018

TEXTO ÁUREO

“Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas”.(Êxodo 7.3)

VERDADE APLICADA

        As dez pragas foram uma manifestação da justiça de Deus sobre o Egito e uma prova do Seu grande poder.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Mostrar que, assim como o Faraó, muitas coisas conspiram contra a vitória do povo de Deus;
2 - Analisar as pragas que vieram sobre o Egito e o objetivo de cada uma;
3 - Extrair que Deus é poderoso e não mede esforços para cumprir as Suas promessas.

TEXTO REFERÊNCIA
 Êxodo 5:1-4 
1 - E depois foram Moisés e Arão, e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
2 - Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, tampouco deixarei ir Israel.
3 - E eles disseram: O Deus dos hebreus nos encontrou; portanto deixa-nos agora ir caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor e ele não venha sobre nós com pestilência ou com espada.
4 - Então disse-lhes o rei do Egito: Moisés e Arão, por que fazeis cessar o povo das suas obras? Ide a vossas cargas.

Motivo de Oração
Ore a Deus pelos muitos cristãos que estão em campos de trabalhos forçados.

INTRODUÇÃO
Diante da obstinação do coração de Faraó, Deus, através de Moisés, Seu servo, feriu o Egito com dez pragas, mostrando que somente Ele tem todo o poder e que a última decisão é dEle.
A “função” das pragas do Egito. A “função” das pragas do Egito (Êx 7 — 11; 12.29-36), e em qualquer outro lugar, é sempre a mesma: quebrar a arrogância, demonstrar que a humanidade depende de Deus, não pode viver à parte dEle e precisa reconhecer-lhe a soberania.
Acima de tudo, o teólogo Victor Hamilton, autor do Manual do Pentateuco (CPAD), diz que a “ênfase no conhecimento do Senhor alça as pragas para além de sua função de castigar severamente. As pragas não são uma vingança contra Faraó. O Senhor não tem a intenção de deixar no Egito um Faraó arrasado e destruído, nem tenciona fascinar o governante egípcio com uma exibição de milagres”.
Conclui-se, então, que o objetivo principal era demonstrar que existe, perante as divindades pagãs, “o verdadeiro Deus” (Êx 12.12; Nm 33.4). Se ainda assim os homens não reconhecem o Senhor e endurecem o coração, a responsabilidade recai exclusivamente sobre eles (Rm 1.20).

(Lições CPAD » Jovens 2015 » 3º Trim.)

1. O Conflito com o Faraó.
Ao retornar ao Egito, Moisés vai ao palácio conversar com o Faraó. Neste diálogo, ele fala em nome do Senhor: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto" (Êx 5.1).

1.1. A Retaliação do Faraó.
Professor deixe claro que a retaliação mencionada neste tópico foi previamente determinada por Deus, portanto não dependia do Faraó. É exatamente o que nos diz o texto áureo:
“Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas”. (Êxodo 7.3)
Como meio de esfriar os ânimos do povo e a euforia pela libertação, Faraó dá ordem a seus oficiais para aumentar o trabalho do povo, visto que estava sobrando tempo para festejar o seu Deus (Êx 5.8-9). O plano do rei era acabar com o ócio dos israelitas, mediante uma maior carga de trabalho, resultando assim em desistir da ideia de cerimônias religiosas. Precisamos tomar cuidado, pois diante de uma sociedade capitalista e materialista, a carga de trabalhos e as pressões do dia a dia têm feito muitos cristãos deixarem de congregar e fazer a obra de Deus. A tática do inimigo não mudou, apenas está com outra roupagem para ludibriar o povo.
Na visão do Faraó, uma maneira de afastar o povo do seu intento era ocupá-los integralmente. Aproveite este comentário para explicar como administrar o tempo sabiamente de tal forma que não sejamos engodados pelo maligno que se possível nos afasta de Deus nos ocupando somente com as coisas materiais,roubando o tempo da oração,da meditação na palavra etc.
Efésios 5:16 - Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. 
O papel remidor do Cristo inclui a injeção do amor de Deus, eterno, nas limitações do tempo. Da mesma maneira que, pela fé, a pessoa é redimida por Cristo, é também pela fé em Cristo que remimos o tempo. É pela fé, por exemplo, que entregamos a Cristo a maior parte do nosso tempo. E, também, a melhor qualidade do nosso tempo. E, ainda mais, a perseverança do nosso tempo. É no tempo que entregamos ao Senhor que nos aperfeiçoamos para a eternidade. Vale a pena remir o tempo.
 ( Pr. Olavo Feijó)
1.2. A Queixa dos Israelitas.
Com o aumento do trabalho, da cobrança e dos açoites pelo não cumprimento da tarefa, Faraó coloca o povo contra a Moisés (Êx 5.20-23). Os israelitas estavam tão desanimados depois da negativa de Faraó, que não quiseram sequer ouvir a Moisés, quando este lhes transmitia o que Deus havia lhe revelado (Êx 6.9). É necessário que tenhamos discernimento, pois o inimigo fez de tudo para colocar os membros contra aqueles que o Senhor tem vocacionado e constituídos para cuidar do Seu rebanho. Que Deus nos proteja deste mal.
A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)

1.3. Moisés apresenta as queixas do povo diante de Deus.
Diante do desânimo do povo , Moisés vai falar com Deus, se sentindo culpado pela situação do povo ter piorado (Êx 5.22-23). A crise que Moisés vivenciou fez com que Deus lembrasse a ele a promessa feita aos patriarcas e de novo prometeu livrar o Seu povo. Quando Deus conforta Moisés, menciona que se revelou a Abraão como Deus Todo-Poderoso; no hebraico “El-Shaddai”, que é o Deus que é suficiente, o Onipotente. Aquele que é autossuficiente, significando que Deus pode cumprir todas as Suas promessas. Diante dos problemas da vida, não podemos nos desesperar, mas apresentar a Deus a nossa necessidade e esperar, pois, nos momentos de densas trevas, Deus se revela de maneira tremenda e eficaz.
Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (Ex 6.6), adotá-lo como seu povo (Ex 6.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)
Então disse o SENHOR a Moisés: Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque por uma mão poderosa os deixará ir, sim, por uma mão poderosa os lançará de sua terra.
Portanto dize aos filhos de Israel: Eu sou o Senhor, e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios, e vos livrarei da servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos.
E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios;
(Êxodo 6:1,6,7)
2. A Realidade das Pragas.
As pragas vêm sobre o Egito em resposta ao endurecimento do coração de Faraó e ao clamor de quatrocentos anos de escravidão. As dez pragas foram sinais divinos de demonstração que o Senhor é o Deus Supremo.
As pragas 
Faraó estava decidido a não deixar o povo de Deus partir do Egito, pois a saída dos hebreus iria prejudicar seriamente a economia egípcia. Diante da recusa de Faraó, o Senhor enviou várias pragas que deixaram o Egito arrasado economicamente. Como um Deus bondoso poderia enviar terríveis flagelos a um povo?
Qual era o seu propósito? O Senhor desejava mostrar que os deuses egípcios não eram nada. Todavia, os mágicos de Faraó tentaram, por duas vezes, realizar também os mesmos milagres. Nos dois primeiros flagelos eles foram bem-sucedidos (Êx 7.14-24; 8.1-15), porém Deus não permitiu que houvesse mais demonstração de milagres por intermédio do ocultismo. Cada praga enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade adorada por eles. Quando Faraó viu que não poderia deter os hebreus por muito tempo, tentou iludi-los com falsas promessas.
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)

2.1. O efeito e as Características das três primeiras Pragas.
A primeira praga tornou as águas do Egito em sangue. Essa praga atacou diretamente o deus egípcio Hapi, responsável pelas inundações do Nilo, que traziam grande prosperidade. Como os magos e encantadores do Egito imitaram (Êx 7.22), o coração do Faraó continuou endurecido. A segunda praga incomodou o Faraó, pois a terra ficou infestada de rãs, que para os egípcios tinha uma conexão muito forte com os deuses Hapi e Ecte, que ajudavam as mulheres no parto. Na terceira praga, há uma infestação de piolhos. Interessante que os piolhos saíram do pó da terra; isto porque o pó da terra era considerado sagrado pelos Egito. Sabendo disso, Deus mostra que Ele era maior que o solo sagrado egípcio. 

2.2. As Pragas que causaram Dor.
A praga das moscas empesteou todo o Egito. Com esta praga, mais uma rodada de negociação foi aberta entre Faraó e Moisés, mas o coração do rei continuou endurecido. A quinta praga foi a peste nos animais, ocasião em que muito gado foi dizimado. Aqui Deus destrona a divindade Amom, responsável por proteger o rebanho no Egito, porém, na terra de Gósen, onde habitava os filhos de Israel, não houve perda no rebanho. Este sinal ainda não foi suficiente para amolecer o coração de Faraó (Êx 9.6-7). A sexta praga atingiu os habitantes do Egito com úlceras. O idioma hebraico descreve essas "úlceras" como erupções inflamadas, que se abriram e assim escorria pus pela pele.
2.3. As Pragas contra a Natureza.
Esta última divisão das pragas mostra a tristeza dos egípcios e ver a sua terra sendo devastada. A sétima praga trouxe uma chuva de saraiva, que devastou a vegetação, as colheitas e a cevada, e matou os animais do Egito. Interessante nesta praga é que alguns egípcios creram e fugiram (Êx 9.20). A praga dos gafanhotos consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Deus mais uma vez mostra a sua superioridade sobre o panteão egípcio, pois Ísis e Seráfis protegiam contra os gafanhotos. A nona praga se caracterizou pelas trevas espessas, que cobriram o Egito por três dias (Êx 10.22), mas os filhos de Israel tinham luz (Êx 10.23). Esta praga foi um golpe direto contra todos os deuses do Egito, especialmente contra Rá, o deus solar, consequentemente pai de todos os faraós.
3. As Negociações do Faraó.
As negociações que Faraó queria estabelecer com Moisés foram bastante interessantes. Em todas elas, Moisés foi categórico ao dizer "não". Em sua última fala com o Faraó, ele disse: "nenhuma unha ficará" (Êx 10.26).
As ardilosas propostas de Faraó
Estamos vivendo tempos trabalhosos, precisamos estar também atentos às muitas propostas ardilosas do maligno para a igreja. Moisés, como líder do povo de Deus, soube discernir cada sugestão de Faraó. Tem você buscando em Deus o dom do discernimento?
Observe, com atenção, as quatro ardilosas propostas de Faraó e veja o que elas representavam: A primeira proposta de Faraó (8.25). “Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25). O que ela representava? Representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26).
A segunda proposta (8.28). “Somente que indo, não vades longe”. O que ela representava? Uma separação parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz.
A terceira proposta (10.7). “Deixai ir os homens somente, e os filhos fiquem no Egito” (Êx 10.7). O que ela representava? A divisão familiar. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o Inimigo trabalha sempre para separá-la.
A quarta e última proposta. “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas” (v.24). O que ela representava? A falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico.
Satanás vai tentá-los com muitas propostas. Ele tentou o Filho de Deus, mas foi derrotado. Jesus derrotou o Diabo utilizando a Palavra de Deus, faça uso da Bíblia, pois ela é uma arma poderosa contra as propostas ardilosas do Inimigo.

Professor reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Em classe, juntamente com os alunos, complete a segunda coluna. Debata com a turma as propostas de Faraó e as suas consequências, caso Moisés as aceitasse. Conclua enfatizando que, como salvos por Cristo, podemos pela fé nEle sempre vencer o Diabo em suas investidas contra nós.


3.1. A Primeira Rodada de Negociação.
A primeira negociação foi durante a praga das moscas, a quarta praga: "Então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra." (Êx 8.25). Faraó estava dando autonomia religiosa apenas na terra de Gósen, não em toda terra do Egito. Aparentemente, a proposta parecia ser boa, mas não era. Além de continuar em um regime de escravidão, o povo não se separaria exclusivamente para Deus. No nosso relacionamento com Deus, precisamos entender que somos propriedade exclusiva de Deus, comprados com sangue precioso e não podemos abrir exceções em nossa vida cristã.

3.2. Uma Segunda Opção.
No mesmo episódio da praga das moscas, quando Moisés rejeita a primeira proposta , Faraó imediatamente oferece uma segunda, dizendo: "Então disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente, indo, não vades longe; orai também por mim." (Êx 8.28). O que está sendo proposto por é uma atrofia no desenvolvimento da vida com o verdadeiro Deus. A libertação deve ser completa e radical. Infelizmente, muitos cristãos e igrejas estão pagando um preço alto pelas concessões permitidas em sua doutrina, liturgia e espiritualidade. 

3.3. A terceira Opção.
Diante da praga dos gafanhotos, a vegetação egípcia está quase destruída. Mesmo assim, Faraó em seu intento de não abrir mão do povo de Israel, escravizado por muito tempo, oferece a Moisés mais um novo acordo. Em Êxodo 10.8-11, vemos Faraó dando permissão apenas para os homens saírem, os demais teriam que ficar no Egito. Enquanto a proposta do rei era a liberação parcial do povo e de modo temporário, Moisés exigia a evacuação total e permanente do povo de Israel (Êx 10.25-26).

CONCLUSÃO
As pragas serviram para mostrar o verdadeiro Deus, em contraste com os muitos deuses da religiosidade vazia do Egito. Sem sombra de dúvida, este evento serviu para criar um conceito de Deus na mente dos israelitas e para que as demais nações pasmassem diante do Deus de Israel.

Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor - 3 trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/

1. Com o aumento do trabalho, da cobrança e dos açoites pelo não cumprimento da tarefa, o que aconteceu?
R: Faraó colocou o povo contra a Moisés (Êx 5.20-23)

2. O que houve de interessante durante a sétima praga ?
R: Alguns egípcios creram e fugiram (Êx 9.20)

3. Qual a característica da nona praga ?
R: Trevas espessas (Êx 10.22)

4. Quando foi a primeira negociação entre Faraó e Moisés ?
R: Durante a praga das moscas, a quarta praga (Êx 8.25)

5.  O que Moisés exigia do Faraó ?
R: A evacuação total e permanente do povo de Israel (Êx 10.25-26)