01= ABERTURA
Amigos, hoje não falaremos sobre religião. Vamos
falar sobre algo que a ultrapassa em importância. Vamos falar sobre Deus.
Inevitavelmente surge a pergunta: Quem Deus realmente é?
Deus é muito superior àquilo que imaginamos, então
precisamos que ele se revele a nós. E ele se revelou! E isso foi registrado na
Bíblia.
A Bíblia é o livro de Deus. É Deus falando com a
humanidade e se apresentando a ela. Deus conta sua própria história. Quem ele
é. Como ele é. Ele também conta a nossa história. A história da humanidade.
Quem somos. E fala ainda do seu relacionamento com o ser humano.
Hoje em dia bem poucas pessoas estão acostumadas a
meditar nas perfeições pessoais de Deus. Dos que leem ocasionalmente a Bíblia,
bem poucos sabem da grandeza do caráter divino, que inspira temor e gera a
adoração.
"No princípio... Deus...". Houve
tempo, se é que se pode chamar "tempo", em que Deus, na unidade de
Sua natureza, habitava só (embora subsistindo igualmente em três pessoas
divinas). "No princípio... Deus...". Não existia o céu, onde
agora se manifesta particularmente a Sua glória. Não existia a terra, que
ocupasse sua atenção. Não existiam os anjos, que Lhe entoassem louvores, nem o
universo, para ser sustentado pelo Seu poder. Não havia nada, nem ninguém,
senão Deus; e isso, não durante um dia, um ano ou uma época, mas "desde
sempre". Durante uma eternidade passada, Deus esteve só: completo,
suficiente, satisfeito em Si mesmo, de nada necessitando.
Se Deus necessitasse de um universo, ou de anjos, ou
de seres humanos de algum modo, teriam sido chamados à existência desde toda a
eternidade. Ao serem criados, nada acrescentaram a Deus em sua essência. Em
Malaquias 3.6 lemos: “O SENHOR diz: - Eu sou o SENHOR e não mudo.” Ele
não muda. E Sua glória não pode ser aumentada nem diminuída.
Deus não estava sendo coagido para criar. Ele não
tinha a obrigação, nem necessidade alguma de fazer o que fez. Deus não ganha
nada, nem sequer com a nossa adoração. Ele não precisava dessa glória externa,
vinda de nós, porque é suficientemente glorioso em Si mesmo. Resolver criar
todas as coisas foi um ato puramente soberano de Sua parte, não produzido por
nada além do próprio Deus, do Seu próprio consentimento, já que Ele "faz
todas as coisas segundo o propósito da sua vontade", conforme Paulo
diz em Ef. 1:11. Algum de vocês imagina que tudo o que Deus criou foi por causa
do homem? O ato de criar foi simplesmente para a manifestação da Sua glória.
Em Rm. 11.34-35 lemos: “Quem conheceu a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar
conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber dele algum pagamento?". Jó 35:7 diz: “Se você é justo, não está ajudando a
Deus; ele não precisa de nada que é seu.” A importância disto é que é
impossível submeter o Todo-poderoso a quaisquer obrigações para com a criatura;
Deus nada ganha da nossa parte. Se as nossas boas ações são como trapos de
imundícia, imagine as más!
O conhecimento sobre Deus e seus atributos nos faz
entender o próprio sentido de nossa vida.
Conhecer a Deus – tudo se resume nisso. Isso é a
vida eterna. E a vida eterna não começa quando você passa pelas portas da
glória; a vida eterna começa com a conversão. A vida eterna é conhecer a Deus.
Esse conhecimento se inicia aqui e prosseguirá no céu. Lá, existe Um que é
infinito em glória, e você viverá eternamente conhecendo e desfrutando da
infinita glória de Deus.
02= Deus é JUSTO
Um dos atributos de Deus que
mais temos dificuldade em compreender é a sua Justiça.
Sl. 7.11 diz: “Deus é um
juiz justo.” A justiça de Deus é santa e perfeita, é natural ao seu Ser.
Estamos extremamente
familiarizados com a ideia de que Deus é amoroso, bondoso, misericordioso e
gracioso. Esta nossa "preferência" não é apoiada por alguma evidência
bíblica. Antes é apoiada por uma compreensão de que estes atributos são mais
"favoráveis" a nós. E uma vez que são mais "favoráveis",
tornam-se a melhor expressão de quem Deus é. Pensar em um Deus que é justo, na
mente de alguns é corrupção, é perverter o caráter de um Deus que é amor. As
Escrituras, entretanto, afirmam o contrário. Em Is. 5.16 lemos: “Mas o
Senhor dos Exércitos será exaltado em sua justiça; e Deus, o Santo, será
santificado em justiça”. Deus é tão justo quanto é amoroso, bondoso,
misericordioso e gracioso. Em Sl. 89.14: “Justiça e juízo são a base do teu
trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.” Qualquer
desequilíbrio na compreensão destes atributos nos conduzirá a uma deturpação do
caráter de Deus e de Sua obra.
Mas o que significa a justiça
de Deus ? É o recebimento do que merecemos.
A justiça de Deus não permite que o pecado fique impune.
O seu caráter é tão santo que ele não pode pecar, nem aprovar qualquer
tipo de pecado cometido por nós. O grande amor de Deus nunca fará com que ele
renegue sua santidade e sua justiça. Se ele fizesse isso, não seria amor
verdadeiro. Se Deus aceitasse o pecado cometido por nós, ele seria participante
deste pecado, portanto, ele se tornaria pecador também.
Se Deus não fosse amoroso e
gracioso, não seríamos salvos. Se Deus não fosse justo, o preço pelo nosso
pecado não seria pago.
Assim, foi necessário que a
justiça de Deus em relação aos nossos pecados fosse satisfeita sobre Jesus, em
seu sacrifício na cruz do calvário. A maior manifestação da graça de Deus é
também a maior expressão de Sua justiça, a Cruz de Cristo. 2Co. 5:21 diz: “Aquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus”.
Ninguém pode ser justo por si
próprio. Somente Deus é infinitamente justo em si mesmo. Deus não é como os
juízes terrenos. Nele não há corrupção. Ninguém pode subornar a Deus. Ele não
faz acepção de pessoas, nem comete erros. Conforme Dt. 32.4: “Suas obras são
perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há
nele injustiça; é justo e reto.”
Quais áreas de sua vida
precisam ser trabalhadas para que você consiga compreender as intervenções
justas de Deus?
Amigo,
você percebe que é um pecador, e que enfrentará o juízo de um Deus justo? Se
você se lançar aos pés do Senhor Jesus Cristo, e invocá-lo para que ele te
salve e perdoe, então ele te dará a justiça dele, o dom gratuito da vida eterna
e do perdão de todos os pecados. 03= DEUS É SANTO
Falaremos agora a respeito de uma característica de Deus
que para muitos parece irrelevante e estranha: a santidade de Deus.
A ideia central com a qual nos deparamos na Bíblia é que
Deus é santo. Ela é fundamental para toda a nossa compreensão de Deus, é um dos
ensinos mais importantes que um cristão pode aprender.
Há tanto conteúdo na expressão “santidade”, e tal palavra
é tão estranha para nós, que a tarefa parece praticamente impossível. Nenhum
dicionário é adequado para isso.
Pureza é a primeira ideia em que a maioria pensa quando
ouve a palavra “santo”. Certamente a Bíblia usa a palavra desta forma. Mas a
ideia de pureza ou perfeição moral é, na melhor das hipóteses, um sentido
secundário do termo na Bíblia.
O significado primário de santo é “separado”. Todavia, a
santidade de Deus é mais do que ser simplesmente separado. Sua santidade é
também transcendental, sobrenatural.
Quando a Bíblia chama Deus de “santo”, ela quer dizer
primariamente que Deus é transcendentalmente separado. Ele está tão acima e
além de nós que nos parece estranho.
Refletir sobre o caráter santo de Deus é nos depararmos
com a nossa pecaminosidade. A santidade de Deus nos constrange, assusta e
consola. Nos constrange, porque nos tornamos cientes do padrão sob qual estamos
vivendo. Assusta, pois o Deus santo não convive com o pecado. Consola-nos, pois
se temos verdadeira consciência de nossa pecaminosidade diante da santidade de
Deus, a graça se apresenta sublime.
Em sua visão, Isaías viu serafins por cima de Deus enquanto
o Soberano se assentava entronizado no templo.
O versículo três é o ponto crucial da visão de Isaías. É a
canção dos serafins que revela a impressionante mensagem: “Santo, santo,
santo é o SENHOR Todo-Poderoso; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías
6.3). A canção é a repetição de uma única palavra: santo. A importância da
repetição da palavra “santo” pode passar facilmente despercebida. É um tipo de
ênfase.
Em poucas ocasiões a Bíblia repete algo três vezes
seguidas. Mencionar algo três vezes seguidas é elevá-lo ao grau superlativo.
Apenas uma vez na Sagrada Escritura um atributo de Deus é
elevado ao terceiro grau. Somente uma característica de Deus é mencionada três
vezes seguidas. A Bíblia diz que Deus é santo, santo, santo. Ele não é meramente
“santo”, ou mesmo “santo, santo”. Ele é “santo, santo, santo”.
Isaías, no versículo 5 diz:“Ai de mim! Estou perdido! Pois os meus lábios são impuros, e moro
no meio de um povo que também tem lábios impuros. E com os meus próprios olhos
vi o Rei, o SENHOR Todo-Poderoso!”
Ao som da voz dos serafins, as portas do templo tremeram.
O material fixo do batente da porta estremeceu pela presença de Deus. Mas não
eram apenas as portas que tremiam. O que mais tremia era o corpo de Isaías.
Quando viu ao Deus vivo, ele clamou: “Ai de mim!”.
Isaías clamou: “Estou perdido”. Um súbito vislumbre de um
Deus santo, e toda a autoestima de Isaías foi abalada. Enquanto podia se
comparar com outros mortais, ele era capaz de manter uma opinião elevada sobre
seu próprio caráter. No instante que ele se mediu diante do padrão de Deus, ele
foi destruído – moralmente e espiritualmente aniquilado.
Pela primeira vez em sua vida, Isaías realmente entendeu
quem Deus era. No mesmo instante, também entendeu, pela primeira vez, quem ele
realmente era.
Como, então, podemos nos relacionar com este Deus cuja
santidade é intangível? O que nós devemos fazer? Como Moisés devemos nos
revestir de fé e humildade. Ele não desprezará o coração contrito e
quebrantado. Devemos esconder a nossa falta de santidade nas chagas de Cristo,
como Moisés se escondeu na fenda da rocha enquanto passava a glória do Senhor. Temos
de crer que Deus nos vê perfeitos através de Seu Filho, enquanto nos disciplina
e purifica, para que possamos participar de Sua santidade.
04= DEUS É FIEL
A fidelidade de Deus é seu atributo mais popular. Saia às ruas e logo
vai ver: “Deus é fiel”. Nós mesmos cristãos, falamos mais na fidelidade de Deus
que em sua justiça, sua graça, ou sua santidade.
Ao mesmo tempo, infidelidade é uma das características que se
sobressai nestes dias. Quem nunca sofreu nas mãos de pessoas infiéis? Quem
nunca traiu a confiança de outro?
Nos negócios, quase todas as falhas são resultados de devedores ou
empregados infiéis. Na família, a infidelidade conjugal: os sagrados laços do
matrimônio são rompidos com a facilidade de quem joga fora roupas velhas. Na
política, as promessas de campanha são quebradas com a mesma facilidade com que
foram feitas. Na religião, a infidelidade também é tão notável que multidões
professam crer na Bíblia mas ignoram grandes porções dela.
Você se pergunta “existe alguém aí em quem posso confiar”? A
fidelidade é uma perfeição em Deus pela qual Ele é fiel à sua Palavra. Ele
nunca quebra um contrato consigo mesmo nem com Suas criaturas. O que Ele
propôs, executará.
A mentira é um dos pecados que mais prevaleceu em todos os tempos.
Adão e Eva deixaram a Palavra de Deus e seguiram o pai da mentira. E todos os
seus filhos seguiram no mesmo caminho.
Deus é a verdade! Em Hebreus 6.18
lemos: “Portanto, há duas coisas que não podem ser mudadas, e a respeito delas
Deus não pode mentir. E assim nós, que encontramos segurança nele, nos sentimos
muito encorajados a nos manter firmes na esperança que nos foi dada.” Ele
não pode enganar ninguém, não pode falhar e, como consequência, ninguém pode
duvidar dEle. Deus é fiel a si mesmo.
Está escrito em 2Tm. 2.13: "Se formos infiéis, ele permanece
fiel; não pode negar-se a si mesmo". E em 1Co 1:9: “Fiel é Deus
(...)”. Paulo não disse: “Vocês são fieis”. A nossa deficiente fidelidade a
Deus não é um truque para receber suas bênçãos, mas a única forma de responder
à perfeita fidelidade dEle. Somos instáveis como o vento, frágeis como a teia
de aranha, volúveis como a água.
Meu irmão, a fidelidade de Deus nos salva do desespero a que a nossa
própria infidelidade nos levaria; nos dá coragem para prosseguirmos, apesar de
todos os nossos fracassos; e enche nossos corações de jubilosas esperanças,
mesmo quando estamos profundamente conscientes de que não merecemos as bênçãos
de Deus. Deus não recua nas suas promessas. Ele as cumpre totalmente porque é
da sua essência ser fiel.
A nossa salvação descansa na fidelidade de Deus.
Quanto mais você souber quem é Deus, mais conhecerá o interior do
homem e principalmente a hipocrisia do próprio coração; mais você repudiará a
si mesmo e admirará mais e mais a Deus.
Fidelidade, meu irmão. Isto é o que Ele requer. Pouco importará quando
morreremos, se tivemos riquezas e honras, mas importará se fomos fiéis ao nosso
Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes de onde corram águas
de fidelidade.
05= DEUS É GRACIOSO
A Bíblia fala de um Deus
todo-poderoso, que criou todas as coisas. Criou a humanidade e estabeleceu um
relacionamento de amor com os homens.
Mas a humanidade rejeitou Deus.
Sim, eu e você dissemos: NÃO, Deus! Transgredimos seus mandamentos e nos
rebelamos contra ele. A humanidade se alienou de Deus.
Deus, perfeito e justo, não
poderia tolerar que esse pecado ficasse impune. Seria como se um juiz ignorasse
a culpa de um criminoso. Isso significa que todos os homens estão não só
alienados de Deus, não só em inimizade contra ele, mas também debaixo da sua
condenação. Por exemplo, deveríamos amar a Deus sobre todas as coisas. Você já
violou esse mandamento? Ou melhor, você acha que conseguiu cumprir isso sequer
um segundo? Isso comprova como estamos alheios a Deus. E isso é sério! Tão
sério que Deus um dia irá julgar tudo o que fizemos e a pena para quem quebrou
sua lei é a morte eterna, o inferno.
Mas há algo mais na Bíblia. Algo chamado de “Boa notícia”.
Esse Deus santo e justo, também é um Deus de amor e ele fez o
impensável! Como nós jamais conseguiríamos nos aproximar dEle, Deus veio até
nós. Ele poderia simplesmente nos deixar morrer em nossa culpa, mas, o Pai
enviou seu precioso Filho para viver uma vida perfeita entre nós, em carne e
osso, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia por nós. Sim, por pecadores
que o ignoram! Jesus Cristo quando morreu na cruz pagou a pena dos crimes que
cometemos. Essa boa notícia é o Evangelho da Graça de Jesus Cristo.
Por que a graça de Jesus é o melhor presente ao mundo?
Durante uma conferência britânica a respeito de religiões comparadas,
especialistas debatiam qual seria o fator que diferenciaria a fé cristã das
demais crenças. Começaram eliminando as possibilidades. Encarnação? Outras
religiões tinham diferentes versões de deuses aparecendo em forma humana.
Ressurreição? Novamente, outras religiões tinham histórias de retorno dos
mortos. O debate continuou durante algum tempo até que Lewis, um cristão,
entrou no recinto e perguntou: "A respeito do que é a confusão?" e os
colegas responderam a Lewis que estavam discutindo sobre o que cristianismo
possui de diferente quando comparada às demais religiões do mundo. O cristão
respondeu: "Oh, isso é fácil. É a graça".
Depois, os conferencistas tiveram de concordar. A noção do amor de
Deus vindo até nós livre de retribuição, sem restrições, sem compromisso,
parece ir contra cada instinto da humanidade (ou seja, bom demais para ser
verdade!). O caminho de oito passos do budismo, a doutrina hindu do karma, a aliança
judaica, o código de leis muçulmano — cada um deles oferece um caminho para
alcançar a aprovação. Apenas o cristianismo se atreve a dizer que o amor de
Deus é incondicional.
No reino da graça a palavra merecer nem mesmo se utiliza. Mas, por
causa da culpa, queremos fazer por merecer.
Pergunte às pessoas o que elas devem fazer para ir ao céu e a maioria
vai responder: "Ser bom". As histórias de Jesus contradizem essa
resposta. Tudo que devemos fazer é clamar: "me ajude!".
[Operador inicia o playback.]
[Narrador continua narração normalmente, sem
parar.]
Deus recebe em sua casa qualquer um que pedir ajuda. Peça. Implore por
esta ajuda.
A graça não depende do que fizemos por Deus, mas, antes, do que Deus
fez por nós.
Te convido agora a tentar, em sua própria simplicidade, tocar a
melodia da graça.
[música]
[Aos 3:05min de música o canto termina e a
narração segue com o final do instrumental do pb.]
A salvação não é fruto do esforço humano nem mesmo o resultado de uma
parceria entre Deus e o homem. A salvação é uma obra exclusiva de Deus. Tudo
provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo. Estávamos
mortos em nossos delitos e pecados e Deus nos deu vida. Estávamos longe e fomos
atraídos para Deus com cordas de amor. Estávamos manchados pelo pecado e fomos
lavados pelo sangue de Cristo. Éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos de
Deus, mas fomos alcançados pela graça divina. Éramos filhos da ira, mas agora
somos membros da família de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.
06= DEUS É AMOR
É difícil definir o amor de Deus. Não há nada que possamos fazer para
Deus nos amar mais — nenhuma quantidade de renúncia e devoção, de conhecimento
recebido em seminários e faculdades de teologia, de cruzadas em benefício de
causas justas. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível um
Deus infinito nos amar.
Como isto pode ser? Não sei. Supera nosso poder de raciocínio explicar
como quaisquer criaturas, para não dizer criaturas como nós, possam ter um
valor tão extraordinário para Deus.
Você já duvidou do amor Deus? Volte para a Bíblia e examine o tipo de
pessoas que Deus ama. A Bíblia fala de Davi, um homicida e adúltero que foi o
maior rei do Antigo Testamento, um "homem segundo o coração de Deus".
Pedro, um discípulo que amaldiçoou e jurou que não conhecia Jesus. E de Paulo,
um missionário sendo escolhido dentre os torturadores de cristãos, agora um
apóstolo da graça, um servo de Jesus Cristo, o maior missionário da história.
Talvez você esteja pensando: se Deus pode amar esse tipo de pessoa, talvez,
apenas talvez, Ele também possa amar pessoas como eu.
O discípulo João, amigo mais íntimo de Jesus na terra, compreendeu
melhor o amor de Deus. Se perguntassem a ele “Qual sua principal identidade?”
João não responderia: “Eu sou um discípulo ou um bispo”. Ele também não
responderia: “eu sou um apóstolo, sou um evangelista, sou o autor do quarto
evangelho”. Mas certamente João responderia: “Eu sou aquele a quem Jesus ama”.
(iniciar playback)
Nas parábolas de Jesus a respeito da graça está um Deus que toma a
iniciativa em nossa direção: um pai doente de amor que corre para se encontrar
com o filho que saiu de casa.
Deus despedaçou a rigorosa lei do pecado e da retribuição, invadindo a
terra com o seu amor. O que tínhamos para oferecer a Deus serviria apenas para
nos condenar. Como resposta, Deus, então, ofereceu Jesus, o seu próprio Filho.
Romanos 5.8 diz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” E, mediante a
crucificação de Cristo, Deus fez então desse ato cruel o remédio para a
condição humana. O Calvário desfez o impedimento entre a justiça e o perdão.
A cruz foi ao mesmo tempo o mais horrível e o mais belo exemplo da ira
e compaixão divina. Jesus Cristo voluntariamente tomou sobre si os pecados do
mundo, e ao carregar nosso pecado, como o Cordeiro de Deus, ele se tornou
extremamente repugnante ao Pai. Deus tornou Cristo maldito por causa do pecado
que carregava. Na cruz, a santa justiça de Deus foi perfeitamente manifesta.
Porém o sacrifício de Cristo foi em nosso favor. Ele carregou as exigências da
justiça em nosso favor. A cruz mostra a majestade de seu amor. Ao mesmo tempo,
justiça e graça, ira e misericórdia.