Comentarista: Pastor Manoel Luiz Prates
“Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.” Hb 11.30
VERDADE APLICADA
Viver pela fé, além de desfrutar do sobrenatural, é adquirir respeito e honra diante daqueles que nos assistem.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Estudaremos acerca da transição da nova geração e de como o Senhor era com eles;
● Veremos como Josué liderou o cerco e como foi obediente à estratégia divina;
● Aprenderemos acerca da veracidade da Palavra e os efeitos advindos do milagre.
GLOSSÁRIO
Anátema: Admoestação ou repreensão enfática; condenação;
Insano: Que ou aquele que se comporta como louco; insensato;
Intransponível: Que não se pode transpor, ultrapassar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Js 6.10 – Porém ao povo Josué tinha dado ordem, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até o dia em que eu vos diga: Gritai. Então gritareis.
Js 6.16 – E sucedeu que, tocando os sacerdotes a sétima vez as buzinas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos tem dado a cidade!
Js 6.20 – Gritou, pois, o povo, tocando os sacerdotes as buzinas; e sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da buzina, gritou o povo com grande grita; e o muro caiu abaixo, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e tomaram a cidade.
HINOS SUGERIDOS
♫ 126, 186 e 459.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os jovens não desistam nem desanimem na fé.
Introdução
A geração liderada por Josué era guerreira, conquistadora e cheia de fé. A tomada de Jericó apresenta aquele momento em que nossas vidas alcançam o nível exigido por Deus para as grandes realizações.
Nesta lição devemos comparar aquela geração com a geração que vai conquistar o céu.
Será que a nossa vida alcançou o nível exigido por Deus para chegarmos ao céu?
Vemos muitos pregando: Volta Jesus, venha buscar a sua Igreja!
Mas a igreja já está preparada?
1. Uma geração orientada pelo Senhor
Ainda hoje, arqueólogos e cientistas tentam, sem sucesso, desvendar o mistério da queda dos muros de Jericó. Porém, a Bíblia responde: “Pela fé” (Hb 11.30: Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias).
Primeira Coríntios 2.14: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Cientistas chegaram a cogitar que o eco dos gritos do povo teria entrado em ressonância com a frequência da muralha e então teria ela ruído e vindo abaixo, mas isso não se pode comprovar.
1.1. Influenciados pela fé
Após atravessar milagrosamente o Jordão, Josué tem uma nova missão: conquistar a fortificada Jericó, uma cidade de importante comércio. Jericó era humanamente instransponível. Seus habitantes tinham a sensação de segurança; ninguém poderia conquistá-la. Mas algumas coisas fizeram a diferença para que Israel a conquistasse. Josué tinha uma promessa, acreditava nela e conduzia sua geração a crer (1Tm 1.19; Tg 2.22).
Todos também temos várias promessas de Deus. Todas estão na Bíblia.
1 João 5.4: O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
A fé nos possibilita a conquistar o inimaginável (Mc 9.23). A fé transcende a razão humana. Ela não trabalha com a lógica. Para os moradores de Jericó, aquela multidão era apenas mais um exército que fatalmente seria vencido. Tão importante quanto saber da existência de uma promessa em nossas vidas, ou que Deus é conosco, é estar disposto a acreditar e viver o que nos foi dito. Os muros foram abaixo e isso é o que importa. Quando estamos vivendo uma relação íntima com o Senhor, o impossível se torna possível. Essa é a lógica da fé.
1.2. O general e suas estratégias
Josué se tornou um grande guerreiro e estrategista, e, como todo guerreiro bem-sucedido, ele poderia confiar em suas experiências de guerra. Porém, antes da peleja contra Jericó, ele recebe a visita de um homem que tinha na mão uma espada nua e se apresenta como o príncipe do exército do Senhor. Após certificar-se e saber que o próprio Senhor estava na peleja, ele o reverencia e diz: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js 5.14). A estratégia divina era: rodear a cidade, tocar trombetas (sacerdotes) e gritar. Josué abandona suas estratégias humanas e, mesmo parecendo absurdas, não hesita em seguir as ordens divinas. Deus estava na frente de tudo e isso era o suficiente para Josué (Js 1.9).
Às vezes deixamos de executar certas ordens de Deus por parecerem absurdas, porém após confirmar que foi Deus quem falou, devemos antão obedecer.
Precisamos de ter relacionamento com Deus para saber quando é a voz dEle que fala conosco.
Para sabermos que é a voz de Deus, tem que está de acordo com a Bíblia.
Deus fala conosco de muitas formas diferentes:
quando lemos a Bíblia,
quando conversamos com alguém, através de pensamentos ou sonhos...
(Espírito de Porco)
Existe uma enorme diferença entre a maneira de Deus agir e o modo de agir dos homens. Uma mente militar consideraria loucura atacar uma cidade dessa maneira. Por mais absurdas que pareçam ser as ordens de Deus, não devemos questioná-las, porque Deus sabe o que faz. Devemos ter fé suficiente para fazer o que o Eterno nos diz e esperar, porque o Seu modo de agir sempre alcançará o sucesso desejado. Uma coisa é certa: os caminhos do Eterno Deus sempre são caminhos seguros (Sl 18.30).
1.3. De glória em glória
A nova geração liderada por Josué passou por uma transição. Eles deixaram de conviver com a provisão de Deus no deserto, saem da posição de receber provisão e passam à conquista da Terra Prometida. Do mesmo modo acontece na vida cristã. Devemos viver as etapas necessárias e conquistar os novos desafios que o Senhor coloca diante de nós (2Co 3.18). O nosso Deus requer de Seu exército obediência, sensibilidade à Sua voz, firmeza e santidade. É por esse motivo que se apresentou com uma espada desembainhada (Js 5.13). Ele ordena que Josué tire os calçados porque ali é terra santa. Mas como uma terra pagã pode ser santa? (Js 5.15). A resposta é simples: onde o Senhor coloca Seus pés e manifesta Sua glória, o lugar torna-se santificado pela presença do Santo Deus.
2 Coríntios 3:18: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
Transformados de glória em glória até chegar ao céu, uma necessidade de todo cristão que almeja chegar na glória, para viver em glória eternal com Jesus Cristo o Rei da Glória.
2. O preparo sempre vem antes da vitória
Josué teve fé na estratégia que havia recebido do Senhor e seus liderados também não deixaram a desejar quando acataram suas ordens e visão.
2.1. As sábias orientações de Deus
Eles deveriam rodear a cidade uma vez durante seis dias e sete sacerdotes, levando sete buzinas de carneiro, deveriam seguir adiante da arca, isso durante seis dias. No sétimo dia, a cidade seria rodeada sete vezes e depois os sacerdotes tocariam. Quando a tocassem (somente nesse dia), o povo daria um grande grito, juntamente com o sonido da buzina de carneiro, que faria com que os muros viessem abaixo (Js 6.1-5). O que parecia loucura se tornou realidade e, sem qualquer tipo de explosivo, os muros implodiram (1Co 1.25a; 2.14).
- “No sétimo dia, a cidade seria rodeada sete vezes”, isso dava um total de treze voltas em torno da muralha, foi uma tortura psicológica aos moradores de Jericó.
Explicação do Jiu Jitsu... E o professor nos colocava para lutar um contra 2. Gravata, para ganhar folego em um tiro de 25 metros
Deus nos impõe viver pela fé (Hb 10.38). O Eterno Deus é sobrenatural e caminhar com Ele é submeter-se às mais incríveis situações. Somente acreditar que Ele existe já transcende o conhecimento humano, por esse motivo, precisamos viver acima da média e isso exige que exercitemos a cada instante a nossa fé.
2.2. Tempo de andar calado
Caminhar em círculo não era novidade para aquela geração. Só que agora era diferente. Deus disse que lhes daria aquela terra (Js 6.2). O caminho da conquista exigia paciência, disciplina e silêncio. A ordem do Senhor era para rodearem, um ato insano na visão dos habitantes de Jericó. Mas, andar com Deus é assim, é estar disposto a seguir Suas instruções em nome da fé (Hb 11.6). Por que Deus pede silêncio? Às vezes, o segredo de grandes vitórias é não anunciar em público aquilo que Deus nos revela no oculto. Se Sansão atentasse para esse detalhe, jamais teria perdido sua força. Ele só foi derrotado porque falou o que não devia (Jz 16.15-20).
Na roça nois tinha um titado que diz: "aquele que conversa demais dá bom dia a cavalo"
Existem segredos entre nós e Deus que não podemos revelar, precisamos ser maduros e, quando chegar a hora certa, aí sim, testemunharemos com toda a alegria... Vocêm lembram de Zacarias, quando o anjo fez com que ele ficasse mudo e não falasse nada da professia do nascimento de João Batista e depois que o menino nasceu, eles ficaram quietos por mais cinco meses.
Igreja Madureira no Braz, pastor Samuel Ferreira contou esses dias o testemunho do irmão que falou de mais...
A regra seguida por Josué também serve para todos nós. Existe o tempo em que rodeamos a bênção, mas não podemos tocá-la e, para isso, precisamos ter bastante paciência, porque esse é o tempo de ficar calado. Josué disse que haveria um momento em que deveriam gritar. Existem segredos entre nós e Deus que não podemos revelar, precisamos ser maduros e, quando chegar a hora certa, aí sim, testemunharemos com toda a alegria (Lc 1.20).
2.3. Tempo de gritar
Josué foi sábio e instruiu seu povo a gritar no tempo certo (Js 6.10). Existe o tempo de rodear, o tempo de calar e o tempo de gritar (Ec 3.7). O estopim da derrota de muitos homens foi falar antes do tempo. Existem estratégias que são pessoais e não podem servir de modelo para outras pessoas. Deus é pessoal e para cada evento Ele atua de maneira diferente. Ele disse que seria com Josué assim como foi com Moisés, mas o milagre do Jordão, por exemplo, foi diferente do milagre do Mar Vermelho. Com Jericó, Deus usou uma estratégia diferente porque desejava testar a paciência e a fé do povo. Josué sabia que chegaria o dia da vitória e incentivou o povo a esperar o momento certo da comemoração. A nossa hora também vai chegar. É só esperar com fé (Rm 8.24-25).
Se observarmos a escala da fé, veremos que ela principia com a tribulação; essa tribulação produz a paciência, a paciência vai produzir a experiência e a experiência produzirá a esperança.
Se observarmos a escala da fé, veremos que ela principia com a tribulação; essa tribulação produz a paciência, a paciência vai produzir a experiência e a experiência produzirá a esperança. Mais à frente, aprenderemos que a esperança não traz confusão, porque se alguém espera, espera o que não vê, e isso é fé (Rm 5.3-5a; 8.24b-25). Aquela ordem, aparentemente absurda, além de produzir um grande milagre, gerou no povo uma fé capaz de alcançar o impossível. Por mais absurda que pareça ser a ordem divina, nunca duvide de seu Deus.
3. Lições práticas acerca da fé
A ciência e a arqueologia relutam em fornecer uma resposta plausível para a queda das muralhas de Jericó, a Bíblia é muito clara: “Pela fé caíram os muros de Jericó” (Hb 11.30). A fé nos faz ver o invisível, crer no incrível e realizar o impossível.
3.1. O poder da Palavra
Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava (Js 6.1). Mas, dentro dos muros até o próprio inimigo já sabia que a derrota era certa (Js 2.9-11). Quando Deus nos dá uma missão, jamais devemos ter medo de avançar. Quando Deus diz que vai nos dar vitória, devemos crer na Sua Palavra, porque Ele nunca falha naquilo que prometeu. Antes de Josué avançar, o Senhor já havia posto o terror no coração dos inimigos. Ele já havia preparado a vitória. Era somente crer em Sua Palavra e conquistar o que parecia impossível.
- “rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel”, quando um exército inimigo se aproximava de um cidade fortificada, todos entravam para dentro de seus muros e passavam a racionar água e comida.
- “já sabia que a derrota era certa”, o exército da cidade estava desmoralizado, não tinha ânimo para a luta. Quando as muralhas caíram não houve luta.
- “o Senhor já havia posto o terror no coração dos inimigos”, Deus proporcionou que a fama deles fossem adiante, em Jericó conheciam o que houve no Egito e aos reis dos amorreus.
A declaração de Raabe deixa bem claro como o Senhor preparou a vitória antecipada de Seu povo. Ele não somente deu ao povo uma estratégia de vitória. Deus foi à frente da batalha e levou pavor e desânimo ao coração do exército inimigo. “E disse aos homens: Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados diante de vós” (Js 2.9). É maravilhoso ver como Deus anunciou ao povo de Israel que já havia dado o inimigo em suas mãos e depois mostrou ao povo que o próprio inimigo já se dava por vencido.
3.2. A obediência à Palavra
A vitória deveria ser precedida de um ritual em forma de culto e havia um conjunto de obrigações que incluía o número sete, símbolo da perfeição de Deus. Deveriam ser sete sacerdotes, estes deveriam conduzir sete buzinas de chifre de carneiro. Ao sétimo dia, eles rodeariam a cidade sete vezes e, após tocar as buzinas, o grito e a vitória. O que seria mais difícil para aquele povo? Ficar calado e esperar o tempo de gritar ou manter a fé para cumprir esse ritual, acreditando que tudo aquilo tinha um propósito? Eles cumpriram cabalmente as instruções divinas, o muro caiu e eles tomaram a cidade (Js 6.20). O segredo foi a obediência.
- “um ritual em forma de culto”, a ideia era humilhar os deuses dos cananeus, exaltando o nome de Deus, aquela batalha era o marco inicial do juízo sobre os ídolos cananeus.
- “Ao sétimo dia, eles rodeariam a cidade sete vezes”, esse elemento místico do Antigo Testamento não deve ser imitado hoje, foi para um época em que o povo entendia dessa forma. Hoje no tempo da graça acreditamos que basta uma palavra do Senhor e a vitória vem, nosso trabalho é buscar e falar com Jesus.
Tudo o que Deus falou a Josué, ele comunicou aos sacerdotes e guerreiros. No sétimo dia, Josué proíbe os israelitas de falarem ou gritarem até que ele lhes faça sinal. A despeito de qualquer outro significado que esse silêncio possa ter tido, ele é ilustração de uma excelente disciplina. Temos que ser corajosos e não podemos relaxar. Outro fator imprescindível para a vitória é a santidade. Um povo com brechas sempre será frustrado (Js 7.10-12).
3.3. Os efeitos de um grande milagre
Com a queda de Jericó, os pequenos reinos vizinhos ficaram muito atemorizados. Israel se tornou uma ameaça que procedia do deserto. A fama de Josué como chefe de exército cada vez mais aumentava, não apenas pelas suas qualificações militares, mas, sobretudo, porque Deus era com ele por onde andava (Js 6.27). O que diferenciava, por exemplo, Jesus dentre todos os homens? Em primeiro lugar, era a confiança que as pessoas tinham em saber que Deus era com Ele e, depois, a veracidade de Sua Palavra, acrescida de milagres (Jo 3.2). Josué avançou e Israel foi temido por essas qualidades. Se a nossa geração deseja alcançar grandes feitos e avançar, deve então trilhar por esse mesmo caminho.
- “Israel se tornou uma ameaça que procedia do deserto”, diante daquela vitória as nações de região não ousavam atacar o povo de Deus. Eles venceram a cidade mais forte dos cananeus.
- “porque Deus era com ele por onde andava”, o povo se animava a lutar com seu líder por saberem que o Senhor estava com ele, assim ocorre com os líderes de hoje, quando a igreja sabe que Deus está na vida de seu pastor eles o seguem para onde vai.
É válido ressaltar a importância dos milagres em nossos dias. Os sinais fazem parte da grande comissão estabelecida por Jesus Cristo (Mc 16.17-20). Quando a operação de milagres é atuante em um determinado ministério, pessoas de todas as partes são atraídas, há um reconhecimento de que Deus está agindo naquele lugar e, através da constante exposição da Palavra de Deus, muitas vidas se rendem aos pés do Senhor Jesus Cristo. Os milagres têm uma finalidade: reconhecer a atuação divina. O objetivo do milagre é, antes de tudo, revelar o amor e a misericórdia de Deus. O milagre revela a ação ininterrupta do Pai.
Conclusão
A geração de Josué não foi vencedora em tudo. A santidade lhes abriu a porta das grandes conquistas. Enquanto seguiam pela fé, tudo dava certo, até que o pecado entrou no arraial. Eles sucumbiram diante de Ai por causa do anátema. Não seria essa a causa de tantos fracassos em nossa geração?
QUESTIONÁRIO
1. Como a Bíblia responde o mistério da queda dos muros de Jericó?
R: “Pela fé” (Hb 11.30).
2. No que os moradores de Jericó acreditavam?
R: Que ninguém poderia penetrá-la (Js 6.1-2).
3. Por que Sansão foi derrotado?
R: Porque falou quando não devia (Jz 16.15-20).
4. De acordo com a lição, quais são os tempos que existem?
R: O tempo de rodear, o tempo de calar e o tempo de gritar (Js 6.10).
5. Por que a fama de Josué como chefe de exército cada vez mais aumentava?
R: Porque Deus era com ele por onde andava (Js 6.27).