sábado, 21 de janeiro de 2017

Lições que aprendemos com as gerações passadas - (Lição 04 - 22 de janeiro de 2017)

"Nesta lição devemos focar o coração dos alunos para que eles não sejam tentados a tomar as mesmas atitudes do povo que deixou o Egito e foi reprovado no deserto. Use os fatos para mostrar para eles as consequências e a importância de se aprender com as experiências daquele povo no deserto."

TEXTO ÁUREO
Comentarista: Pastor Manoel Luiz Prates

“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” Rm 15.4

Paciência (perseverança: Qualidade de quem não desiste com facilidade) e da consolação (conforto, consolo).

"Este é um texto da carta de Paulo aos romanos, onde ele explica como a salvação é oferecida por meio do Evangelho de Jesus Cristo e mostrando a aplicação prática nas relações entre irmãos. Da mesma maneira que Cristo agiu para agradar a outros e não a si mesmo, nós devemos colocar outros acima de nós, assim demonstrando o verdadeiro amor fraternal."

VERDADE APLICADA
Aprender mais sobre Deus é uma tarefa diária, desafiadora e primordial.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Ensinar qual a metodologia do aprendizado divino;
01- Precisamos distinguir entre, saber sobre DEUS e conhecer DEUS. 
O saber sobre DEUS, vem pela história, pelo ouvir dos outros, na EBD, nos cursos teológicos. 
È um saber a nível superficial, marginal e externo, são apenas informações. 
02- Ao passo que o conhecer DEUS ocorre no interior do ser humano.

● Mostrar os caminhos traçados por Deus e Seu propósito para o Seu povo;
Há os caminhos invisíveis pelos quais DEUS os conduziu com o fim de levá-los á libertação mental, de uma alma viciada e cega pelo longo período vivido na escravidão. Esses caminhos são: a fome, o medo, a humilhação, a solidão. São situações que certamente conduzirá o penitente a recorrer ao invisível, o sobrenatural. 

● Explicar que a oportunidade desperdiçada pelos pais estava sendo dada aos filhos.
Olhar o futuro sem observar o passado é desperdiçar o presente, que é o momento da oportunidade.
Podemos aprender muita coisa através da observação. Deus nos ensina isso a todo momentos.
Lucas 17.32, que diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”.

GLOSSÁRIO
Extirpar: Destruir totalmente; arrancar pela raiz;
Prevaricar: Não cumprir, por interesse ou má-fé, os deveres inerentes a um cargo; proceder mal;
Sequela: Sucessão de fatos ou coisas, série; efeitos de doença ou lesão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Dt 8.1 – Todos os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os fazer, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR jurou a vossos pais.
Dt 8.2 – E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te tentar; para saber o que estava no teu coração, se guardaria os seus mandamentos ou não.
Dt 8.3 – E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.

Obediência e fé
Com toda a nação de Israel posicionada à entrada de Canaã, Moisés aproveitou a última oportunidade de preparar o povo para sua nova vida na Terra Prometida. Visto que o profeta não entraria na terra com os israelitas, ele queria garantir que toda a nação não esquecesse a aliança com Deus. A cuidadosa recapitulação das leis de Deus por Moisés está registrada no livro de Deuteronômio.

HINOS SUGERIDOS
♫ 394, 444 e 459.

MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore pela juventude cristã para que possam permanecer firmes.

Introdução
A história da humanidade está repleta de exemplos bons que podemos seguir e de maus que devemos descartar. Se a Palavra de Deus nos alerta sobre os perigos da vida é porque Deus está a nos privar de seus embaraços.

 “A história da humanidade está repleta de exemplos”, comece comentando que é sábio da nossa parte aprender com os erros e acertos dos outros e para isso é importante examinarmos os nossos antepassados.

- “Deus está a nos privar de seus embaraços”, quer dizer que Deus não iria colocar as experiências passadas nas Escrituras somente para registro, Ele tem a intenção de nos livrar de suas consequências danosas.

1. Fracassos versus vitórias
Durante quarenta anos, desde a saída do Egito, o povo prevaricou (verbo na língua portuguesa e está relacionado com a ato de desrespeitar ou não cumprir uma ordem e dever por má-fé) contra Deus e, por isso, foi provado e reprovado diante do Eterno. Agora, os filhos dessa geração dizimada pela ignorância são alertados para não cometer os mesmos erros de seus pais.

- “Durante quarenta anos, desde a saída do Egito”, isso porque o livro de Deuteronômio foi escrito ao final desses quarenta anos no deserto.

1.1. Uma nova mentalidade
Durante quatrocentos e trinta anos esse povo esteve sob o pesado jugo dos egípcios e acostumado a viver como escravo. Com mão forte, Deus os libertou através da instrumentalidade de Moisés, apresentando-se com sinais, maravilhas e prodígios, para que confiassem n’Ele como seu Deus e em Suas palavras como uma verdade universal (Êx 12.4-42). Deus estava começando do zero, mas, para isso, eles deveriam, em suas mentes, libertar-se de um passado de opressão e aceitar a nova vida. Seu pior problema como já vimos, não foi sair do Egito, mas sim, o Egito sair de dentro deles (Rm 12.2 - E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus).

- “Durante quatrocentos e trinta anos esse povo esteve sob o pesado jugo”, na verdade não foram durante todos os 430 anos que o povo esteve escravo, eles eram hóspedes no Egito e assim permaneceram até subir ao trono um faraó que não conhecia a história de José. Êx 1.8

- “deveriam, em suas mentes libertar-se”, eles seriam livres, mas deveriam se considerar e agir como pessoas livres. Assim como os crentes que são libertos hoje das garras do pecado devem agir como homens livres desse mal.

O Eterno Deus levou os filhos de Israel pelo deserto e foi se revelando a cada situação. Porém, eles ainda estavam impregnados por uma ideologia escrava. Eles se acostumaram tanto com as trevas da escravidão que sequer louvaram a Deus quando viram raiar a luz da libertação. Se eles entendessem que o Deus que estava com eles era o mesmo que havia destruído todos os seus opressores, certamente suas vidas teriam tomado outro sentido.

1.2. A nova vida exigia obediência
A escravidão havia deixado marcas indeléveis (duradouro, indestrutível) na vida daquela geração. Eles nasceram e cresceram sem qualquer perspectiva uma vida de paz. Eram medrosos e a única esperança que tinham era a promessa feita a Abraão (Gn 15.13-15 ). Para que essa geração lograsse sucesso, deveriam seguir passo a passo o caminho pelo qual Deus os conduziria, e, através desse novo relacionamento, eles amadureceriam na fé e se tornariam propriedade exclusiva de Deus (Dt 7.6-9). Deus não os levou pelo caminho mais longo para maltratá-los, mas para aperfeiçoá-los na fé e tornar-se mais íntimo deles. Deus tem um modo especial de falar conosco e a impaciência pode desestabilizar nossa visão do amanhã. Sejamos sempre confiantes e pacientes (1Pe 5.7).

- “Sejamos sempre confiantes e pacientes”, estamos em um tempo de ceticismo e impaciência.
Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1 Pe 5.7

(Gn 15.13-15)
13 Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos;
14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens.

15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado.


Havia uma influência negativa entre o povo. Para que essa nova geração tivesse êxito na Terra Prometida, era necessário purificar suas mentes de todo o legado deixado por seus pais. Aprender é uma constante e não existe ser humano que não necessite renovar-se diariamente. Todo dia é dia de aprendizado. Se um dia acreditarmos que já sabemos tudo, significa que fomos vencidos pela ignorância (1Co 8.2).

1.3. Dependência e gratidão
Qual seria o sentimento de gratidão por alguém que nos livrasse de maus tratos, vergonha e escravidão? Como nosso coração deveria reagir diante de tão grande ato de misericórdia? O que Deus esperava era que esse povo compreendesse que seus inimigos foram todos dizimados, que agora eram livres e deveriam seguir em frente para um recomeço (Fp 3.13,14). Moisés chama os filhos de Israel e fala sobre a importância de se guardar os mandamentos. Depois revela quatro coisas importantes que ocorreriam se assim o fizessem: viveriam; multiplicar-se-iam; entrariam na terra da promessa; e possuiriam a terra (Dt 8.1).

- “sentimento de gratidão por alguém que nos livrasse”, o que sentiríamos por essa pessoa? Deus nos livrou do julgo do pecado e da morte.
- “foram todos dizimados”, significa que foram reduzidos à décima parte, se referindo ao fechamento do mar vermelho onde foram sucumbidos os exércitos do Egito.
- “a importância de se guardar o mandamento”, o povo estava às vésperas de conquistar a terra prometida e para que tivessem sucesso deveriam guardar os mandamentos do Senhor.

O relato contido em Deuteronômio visava orientar aquela nova geração. Eles estavam prestes a entrar na Terra Prometida. Eles veriam se cumprir a promessa feita por Deus a Abraão quando nenhum deles ainda havia nascido (Rm 10.17). Deus exigia que possuíssem a fé que seus pais não tiveram e obedecessem, porque o que uma vez já havia acontecido poderia repetir-se em suas vidas.

2. Caminhos seguros
Só havia uma atitude a ser tomada pelo povo de Israel ao deixar o Egito: confiar em Deus. Eles estavam diante do novo e o novo sempre nos remete à curiosidade e ao medo acerca do amanhã.

- “Eles estavam diante do novo”, toda mudança requer algum sacrifício, deixar a zona de conforto não é algo fácil é difícil e amedronta.

2.1. Aperfeiçoar e não reprovar
Deserto não significa rejeição, nem tampouco morte. A próxima geração deveria entender porque Deus conduziu os seus pais ao deserto. Deveriam compreender que o propósito original era honrá-los diante de todos os povos, mas para isso deveriam despojar-se de toda a contaminação do Egito, principalmente de suas mentalidades escravas. Eles foram reprovados porque, mesmo estando com Deus e sendo livres no corpo, estavam presos na alma e sentiam-se tentados a retornar para a lama da qual foram libertos (Nm 11.4-6; 14.4).

- “Deserto não significa rejeição, nem tampouco morte”, não quer dizer que Deus rejeitou o povo quando mandou eles seguirem para o deserto.

- “A próxima geração deveria entender”, a geração que saiu do Egito colocou Deus a prova, aborrecendo o Senhor dez vezes Nm 14.22, por isso não herdaram a terra. Mas aquela nova geração que se levantou no deserto e iam aprender pelas ordenanças escritas nos livros.

- “o propósito original era honrá-los”, mostrar que era um povo forte e de um nome forte, foi o que aconteceu quando entraram em Jericó, todos estavam com temor dos filhos de Israel. Veja as palavras de Raabe a prostituta de Jericó:
“O que ouvindo, desfaleceu o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos céus e em baixo na terra.” Js 2.11
- “estavam presos na alma e sentiam-se tentados a retornar”, quem caminha com o desejo de voltar, não está apto ao Reino do Céu.

“E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.” (Dt 8.2). O deserto simboliza lugar de escassez e de provação. Independente do lugar onde estamos o mais importante é estar no centro da vontade de Deus. Precisamos entender sempre que o Senhor quer nos treinar e capacitar para um propósito especial. Precisamos observar atentamente o discurso proclamado pelos israelitas na hora da provação. Temos que estar cientes de que eles não tinham motivos para acusarem a Deus de tê-los levado ao deserto para matá-los, sendo que, na realidade, foram eles que passaram dos limites. Não obstante, podemos também agir ignorantemente quando não temos um perfeito relacionamento com Deus.

2.2. A motivação dos corações
Deus sempre soube o que estava acontecendo no coração daquele povo (Dt 8.2). Ele sempre conhece a nossa motivação. Não adianta pregar um discurso e praticar outro. Deus não resgatou aquele povo do cativeiro para colocá-los em outro. Ele tinha a intenção de trazer à tona tudo o que estava em seus corações e mostrar-lhes como se portavam diante d’Ele. Ele faz isso ainda hoje. Para toda a secura de nossas vidas existe um propósito. Aquela geração foi reprovada porque apenas caminhou com Deus, mas nunca realmente se filiou a Ele (S.106.13-15- 13 Cedo, porém, se esqueceram das suas obras; não esperaram pelo seu conselho; 14 mas deixaram-se levar pela cobiça no deserto, e tentaram a Deus no ermo. 15 E ele lhes deu o que pediram, mas fê-los definhar de doença.).

- “Deus sempre soube o que estava acontecendo no coração daquele povo”, Deus não elaborou um novo projeto quando o povo rejeitou a promessa após o retorno dos espias enviados por Moisés, Ele já sabia que o povo fraquejaria, mas o Senhor não interfere em nossas escolhas, deixou a história seguir e só entrou na terra prometida com os fieis.

- “Deus não resgatou aquele povo do cativeiro para coloca-los em outro”, de um cativeiro físico para um cativeiro espiritual, para o Senhor mais interessa nos livrar do cativeiro da alma.

- “mostrar-lhes como se portavam diante dEle”, transformando em ações o que estava em seus corações, pois o Senhor poderia ter impedido todas as atitudes erradas deles, mas se fizesse isso seus corações estariam ainda presos e nem eles e nem as gerações futuras aprenderiam alguma lição.

Deus não realizou tantas maravilhas e libertou Seu povo para fazê-los andar errantes, confusos, sedentos, doentes e morrer no deserto. Seus corações nunca se uniram ao de Deus. Eles continuaram indisciplinados. Foram incrédulos, mesmo presenciando prodígios. Toda a provação consistia em saber se amavam mais a Ele do que tudo que deixaram para trás; se O desejavam mais do que todas as coisas do mundo; se teriam fome e sede de Sua presença e não dos prazeres e conforto do mundo!

2.3. Uma desintoxicação em suas almas
Durante quarenta anos o cardápio foi maná (Dt 8.3). Mas nos é dito que nem eles, nem seus pais conheceram o significado daquilo que comiam. O maná vinha direto da mesa de Deus. É chamado de “o pão dos poderosos” (Sl 78.25). Deus tirou algo de Sua mesa para purificá-los, mesmo assim, por não entender a grandeza do suprimento divino, eles o chamaram de “pão vil” (Nm 21.5). Essa geração nos ensina que podemos estar provando de algo divino e não dar valor algum por não saber discernir o que vem da mesa do Senhor. Existem alimentos espirituais que desejamos não ingerir, que, embora pareçam aos nossos olhos como “vis”, na verdade são fontes purificadoras, criadas por Deus para extirpar as sequelas deixadas pela escravidão.

- “Durante quarenta anos o cardápio foi maná (Dt 8.3)”, o maná só cessou quando eles colheram alimento dentro da terra prometida. Js 5.12
- “conheceram o significado daquilo que comiam”, a palavra “maná” é uma expressão que significa “o que é isto?” porém tinha um significado espiritual e é desse significado que está se referindo aqui.
- “eles o chamaram de “pão vil””, significa “pão qualquer”, “sem valor”. Veja o que eles disseram:
“E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil.”, Nm 21.5 Para um pai ouvir isso de um filho é terrível.
- “por não saber discernir o que vem da mesa do Senhor”, ou seja, não entender o que Deus nos envia, as palavras que nos fala, as bênçãos que nos dá.
- “na verdade são fontes purificadoras”, nós achamos ruim, mas na verdade é bom pra nossa saúde espiritual. Uma reprimenda do pastor, por exemplo, uma pregação exortativa, etc.

A tradição judaica ensina que o maná tinha sabores diferenciados. Ele era doce como o mel. O maná tipifica a revelação diária com gostos diferenciados. Eles usavam o maná para fazer bolos e outros alimentos. Todas as manhãs havia uma nova remessa. Isto indica que o novo de Deus acontece todos os dias.

3. Aprendendo com os erros do passado
Por causa de sua incredulidade, uma geração inteira foi condenada a andar errante durante quarenta anos no deserto. Eles se tornaram exemplos e seus filhos deveriam aprender a desviar-se desse legado.

3.1. Uma geração foi condenada por causa da incredulidade
A ausência de fé desagrada a Deus (Hb 11.6). Esse foi o ápice da reprovação da geração que deixou o Egito em busca da sonhada terra de Canaã. Eles viram a novidade da terra e a grandeza de Deus, mas, infelizmente, acharam que os gigantes eram maiores que o seu Deus, se inferiorizando diante da situação (Nm 13.33). Por causa da péssima influência de seus irmãos (Nm 13.30-32), Josué e Calebe, mesmo tendo a fé exigida por Deus para possuir a terra, foram sentenciados a andar errantes pelo deserto. Moisés alerta a nova geração e afirma que a vida não se resume no que vemos, mas no que ouvimos da boca de Deus (Dt 8.3b).

- “o ápice da reprovação da geração que deixou o Egito”, o grande aprendizado deixado para nós por aquela geração é que se não tivermos fé desagradaremos ao Senhor e seremos reprovados na caminhada.
- “Eles viram a novidade da terra”, se referindo ao fruto da terra que os espias trouxeram a Moisés. Nm 13.27
- “se inferiorizando diante da situação”, se declaram ser pequenos diante deles, veja como disseram:
“Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.” Nm 13.33
- “mesmo tendo a fé exigida...foram sentenciados a andar errantes”, todos andaram errantes, mas Josué e Calebe tinham a promessa. Essa é a diferença entre o que crê em Deus e o que não crê.

O livro de Deuteronômio é conhecido como “Segunda Lei”. Deuteronômio enfatiza a obediência em consequência do amor. Também apresenta o caminho da bênção e da maldição. Moisés, o autor do livro, com todo o zelo de que era capaz, conclama os filhos de Israel para que confiem no Senhor de todo o coração, e para que façam de Sua Lei o impulso contínuo de sua vida.

3.2. Não faltou milagre nem provisão
O ciclo vivido pela geração passada se findou e agora seus filhos iniciaram um novo. Moisés lista uma série de acontecimentos que marcaram a geração passada e entre eles está a provisão no deserto (Dt 8.4). Nunca faltou pão, a roupa nunca envelheceu. Deus sempre nos dará o que necessitamos não o que desejamos. O deserto é uma escola livre de ostentações, onde a dependência é a lição principal. No deserto, Deus faz milagres, mas milagres necessários. Para chegar à Terra Prometida, é preciso atravessar o deserto.

- “nos dará o que necessitamos, não o que desejamos”, o que desejamos provém do coração e o coração é enganoso. Se uma pessoa tiver tudo que desejar seu final será de desgraça.
- “onde a dependência é a lição principal”, eles dependeram de Deus no deserto e ao final dos quarenta anos estavam instruídos na dependência do Senhor. Ninguém precisa aprender na pele o que é ser dependente de Deus, está tudo na Bíblia, precisamos agradecer e pedir a ele o “pão nosso de cada dia” todos os dias.

O deserto é apenas um lugar de passagem. As provações divinas não trazem consigo morte, mas vida. É importante observar tudo o que acontece ao nosso redor e com sabedoria se esquivar de todo o que pode nos afastar da promessa divina. O melhor lugar para estar é na presença de Deus. Por estar na presença do Senhor, o povo não tinha motivos para reclamar porque estavam em melhores condições que antes. Se nada lhes faltou, então porque eram infelizes ao lado de Deus? Na verdade, lhes faltou apenas comprometimento e sentimento de gratidão.

3.3. Alertando a nova geração
O sinal de alerta para a geração que herdaria a terra da promessa foi acionado. A terra era a mesma, mas os herdeiros eram outros. A lição era tomar o fracasso como exemplo e seguir pelas coordenadas divinas (Dt 8.3). Eles deveriam olhar para trás, não com tristeza ou saudosismo, mas observando como seus amigos, irmãos e parentes foram abatidos em quarenta anos. O alerta era mudar de mentalidade, para não sofrer a mesma sentença. Eles deveriam refletir e entender que lhes estava sendo dada a oportunidade que seus pais desperdiçaram. Deveriam lembra que seus pais não morreram escravos no Egito, mas de si mesmos, quando ainda eram livres (Êx 14.11,12).

- “A lição era tomar o fracasso como exemplo”, essa é a sabedoria, aprender com os erros dos outros.
- “irmãos e parentes foram abatidos em quarenta anos”, tudo porque fraquejaram na hora de entrar na Terra da Promessa quarenta anos atrás.
- “O alerta era mudar de mentalidade”, se Deus falou para possuir a terra, então dessa vez, eles não olhariam os gigantes.
- “oportunidade que seus pais desperdiçaram”, jovens e crentes mais novos, temos hoje recursos que nosso antepassados não tiveram a internet, cursos teológicos diversos, uma infinidade de material cristão, etc, por isso hoje devemos combater com mais vigor.

Deus tem controle sobre tudo o que acontece no universo. O livro de Deuteronômio foi escrito para que os filhos de Israel tivessem consciência do que acontece quando caso não seguissem a Deus de todo o coração. A recordação das dificuldades enfrentadas no deserto produziria um espírito de humildade em Israel. Durante os quarenta anos de peregrinação, Deus ensinou ao povo de Israel a absoluta dependência d’Ele para seu suprimento de água e comida. Fome ou sede não poderiam ter sido satisfeitas por auxílio humano, somente por Deus. “E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.” (Dt 8.2).

Conclusão
Não podemos jamais nos esquecer de quem é Deus e de como Ele age em nossas vidas. Não podemos viver repetindo os mesmos erros, nem tampouco viver desperdiçando as maravilhosas oportunidades que o Senhor nos dá.

 “jamais nos esquecer de quem é Deus e de como Ele age”, se alguém se esquecer disso corre o risco de cometer os mesmos erros do povo que deixou o Egito.
- “repetindo os mesmos erros”, Davi sofreu uma sentença terrível quando caiu com Bete-Seba e o impressionante é que tem cristãos que cem em semelhante pecado hoje, como se não houvesse Bíblia para ensinar que até mesmo homens segundo o coração de Deus podem acabar caindo em pecado se não vigiarem.


QUESTIONÁRIO

1. Qual foi o pior problema dos filhos de Israel?
R: O Egito não sair de dentro deles (Rm 12.2).

2. O que aconteceria se Israel guardasse os mandamentos de Deus?
R: Viveriam; multiplicar-se-iam; entrariam na terra da promessa; e possuiriam a terra (Dt 8.1).

3. Qual foi o cardápio de Israel durante os quarenta anos no deserto?
R: Maná (Dt 8.3).

4. O que desagrada a Deus?
R: A ausência de fé (Hb 11.6).

5. Qual era a lição para a nova geração?
R: Tomar o fracasso como exemplo e seguir pelas coordenadas divinas (Dt 8.3).