Comentarista: Pastor José Elias Croce
“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” Hb 10.22
VERDADE APLICADA
Os verdadeiros adoradores possuem as marcas de Deus que os diferenciam dos falsos.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Aprender quais são as marcas dos verdadeiros adoradores;
● Discernir entre as verdadeiras e as falsas marcas;
● Buscar as marcas que o adorador precisa ter.
GLOSSÁRIO
Corroborar: Dar força, fortalecer, fortificar, comprovar, confirmar;
Êxtase: Estado de inspiração e entusiasmo;
Maçante: Que incomoda.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Hb 10.16 – Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:
Hb 10.17 – E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.
Hb 10.18 – Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado.
Hb 10.19 – Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Hb 10.20 – Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne.
HINOS SUGERIDOS
♫ 90, 178 e 180.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os cristãos sejam exemplos de vida para os novos convertidos.
Introdução
Nesta lição, veremos as marcas dos verdadeiros adoradores. Se essas marcas não estiverem em nós, carecemos urgentemente de um retorno ao caminho do quebrantamento, o lugar onde as marcas são impregnadas em nós.
- A introdução começa falando sobre marcas, são sinais que nos identifica, pelos quais somos conhecido, são sinais no corpo ou na conduta. Como somos fora da igreja, no trabalho, com a família?
- Como podemos ter essas marcas?
Com um “retorno ao caminho do quebrantamento”, essas marcas são feitas quando a pessoa se entrega totalmente à adoração, sendo conhecida por sua vida e atitudes de adorador. Porém aqui está se afirmando que a pessoa pode perder essas marcas, por isso a necessidade de um retorno.
O adorador verdadeiro constantemente vasculha o seu próprio coração, observa, vê, sente. O coração pode nos enganar. Muitos são os que, enganados pelo coração, transformaram-se no deus de sua própria adoração.
- “constantemente vasculha o próprio coração”, fiscaliza a si próprio, examina a si mesmo, pois é essa uma conduta que previne muitos problemas.
1.1. Deus conhece a verdade no íntimo
Não são poucos os que treatralizam o ato da adoração. Com gestos e posturas técnicas, profissionais, abalam emoções, entram nos domínios da euforia, do êxtase. É preciso tomar muito cuidado com o barulho, com a emoção. Muita gente perde a razão e confunde adoração com inovação, gerando espaço para heresias, confusões e deslizes. Muitos amam as multidões porque sentem que a impessoalidade da massa é capaz de ocultar sua verdadeira identidade. Alguns dos “levitas” da atualidade adoram os palcos porque ali é o único lugar onde podem estar rodeados por pessoas – o resto do tempo estão sozinhos. A verdade do íntimo é aquela que me liberta para ser quem sou em qualquer lugar: na multidão ou em casa, pois sei que Deus me conhece como sou.
- “teatralizam o ato da adoração”, adoram como se fosse um teatro, tento mostrar algo para alguém próximo e não para Deus que deve ser o alvo da adoração.
- “posturas técnicas, profissionais, abalam emoções”, isso porque a adoração tem sido usada mais para comércio do que para louvar do Senhor.
- “Muita gente perde a razão e confunde adoração com inovação”, muitos perdem o limite da sensatez em nome da chamada adoração extravagante, fazem coisas absurdas nos templos.
- “a impessoalidade da massa é capaz de ocultar sua verdadeira identidade”, a massa não olha a pessoa, não quer saber se o que conduz a adoração tem sua vida no altar ou se é conhecedor das Escrituras, baseado nisso muitos supostos adoradores são artistas que tem uma vida bem diferente fora dos holofotes.
- “ser quem sou em qualquer lugar: na multidão ou em casa”, essa liberdade está sendo deixada de lado por causa da grande soma de dinheiro que circula nos contratos e eventos gospels.
O texto de Hebreus 10.22 diz: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” Lutero escreveu: “Tenho mais medo do meu coração do que do papa e de todos os seus cardeais.” O profeta Jeremias escreveu: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jr 17.9). Ser marcado pela verdade é saber que essa verdade é Deus. Jesus disse em João 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”. Ninguém é marcado pela verdade se não for primeiro ter um encontro legítimo com Jesus, o único que conhece a verdade do íntimo.
1.2. A verdade de sua vida é a mesma de sua voz?
O problema da atualidade é a contradição violenta entre nosso showzinho verbal e nossa miséria vivencial. Cantamos sobre a verdade, declamamos poesias sobre ela, mas estamos longe de uma vida embasada nela. Quantos mentem ao cônjuge? Quantos mentem a Deus? O apóstolo Paulo escreveu: “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” (2Co 13.8). O que cantamos ou pregamos tem sido o mesmo que vivemos? Nossas vidas são dignas do nome de “cristãos”? A verdade que exaltamos no púlpito é a mesma que encontramos no secreto de nossos lares?
- “entre nosso showzinho verbal”, aquilo que é feito em cima dos púlpitos, com o título de adoração, mas que na verdade é um show para o povo e não louvor a Deus.
- “nossa miséria vivencial”, o problema do pecado na vida dessas pessoas que promovem esses shows e dos que o apoiam, são cegos miseráveis e carentes de Deus.
- “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.”, o apóstolo está afirmando que é inútil lutar contra a verdade e que o melhor é lutar pela verdade.
Todos nós temos marcas. Sinais históricos que nos definem. Testemunhos mudos que dizem quem realmente somos. Os adoradores também são assim. Eles também têm suas marcas. A atualidade, conspirando contra os relacionamentos duradouros, que são justamente aqueles que deixam suas mais profundas marcas, presta um grande desserviço ao adorador. Essa é uma das razões pelas quais muita gente entra na igreja, mas, infelizmente, não carrega nenhuma marca.
1.3. Cuidado com as “verdades” que a Bíblia não autorizou
Testemunhos, experiências, sonhos, por mais bonitos que sejam, são apenas pessoais, não podem ser colocados como doutrina. A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. Em nome de um “sagrado”, muita gente “santifica” suas manias e interpretações tendenciosas dos textos bíblicos, a fim de corroborar suas práticas. Os verdadeiros adoradores são marcados pela verdade da Palavra, aquela que permanece firme quando todas as tendências doutrinárias se vão.
- “mais bonitos que sejam, são apenas pessoais”, a moda de contar testemunhos em lugar da pregação e ensino da Palavra ainda é forte em muitas igrejas.
- “não podem ser colocados como doutrina”, alguns acreditam erroneamente que algumas coisas devem seguir exatamente do jeito que ocorreu com algum irmão, ignorando que Deus tem uma experiência particular com cada um. Uns são livrados dos tiros dos assassinos e são testemunhos de que Deus livra, enquanto outros são assassinados e são testemunhos de perseverança. Essa semana eu que vos falo, perdi um amigo no leito de morte com câncer e ele acreditou até o fim que Deus o livraria, é um testemunho de fé.
- “Em nome de um “sagrado” muita gente “santifica” suas manias”, muita gente acredita ser um excelente servo de Deus, privilegiado mais que outros com certas revelações e que, por isso, suas atitudes devem ser seguidas como atos santos e de grande poder.
- “interpretações tendenciosas...a fim de corroborar suas práticas”, é a interpretação que leva a pessoa a entender os textos do jeito que eles querem para que ninguém se escandalize com suas atitudes estranhas.
Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou categoricamente: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.” (Mt 24.35). Ser marcado pela verdade significa assumir o compromisso com a Bíblia em todas as áreas da vida; desde aquilo que cantamos, até o mais profundo nível da existência.
2. A marca da excelência
A marca da excelência ajuda a diferenciar os adoradores verdadeiros daqueles que fazem apenas barulho sem conteúdo. Marcados pela excelência, enxergamos mais longe. Firmamos nossas esperanças no projeto de Deus para termos uma vida frutífera (Jo 15). A mediocridade não consegue conviver bem onde a excelência se afirma.
- “fazem apenas barulhos sem conteúdo”, alguns pulam, gritam, rodam, se jogam no chão, fazem muita cena, mas sem conteúdo nenhum.
- “A mediocridade não consegue conviver bem”, mediocridade é a característica do que está na média, igual a todo o restante e excelência é a qualidade do que supera a média, o que faz o melhor.
2.1. A excelência vem do alto
É simplesmente uma questão de lógica. Se a excelência vem do alto, olhe para lá! Isaías 40.31 diz: “Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.”. A imagem usada pelo profeta é perfeita: “como águias”. Se Deus nos projetou para o voo da águia, porque deveríamos satisfazer-nos com o chão? No chão da mediocridade, a vida fica insossa, maçante, previsível e cansativa. Talvez a palavra que descreva melhor seja “entediante” – o resultado direto da mira baixa! Não precisamos viver copiando os “novos modelos de adoração da moda”. A excelência que precisamos vem do alto!
- “Se a excelência vem do alto, olhe para lá!”, é o mesmo que dizer, “busque-a de lá!” devemos esperar excelência de Deus, com nossas forças podemos melhorar para os homens, mas não alcançamos o nível que Deus quer.
- “A imagem usada pelo profeta é perfeita: “como águias””, comparando habilidades da águia, dadas por Deus a elas para dizer que aqueles que buscam de Deus serão assim também.
- “a vida fica insossa”, quer dizer sem sal, ou seja, sem algo que a torne agradável.
- “Não precisamos viver copiando”, atualmente, por falta de conhecimento, muitos vivem imitando novas formas de cultuar a Deus, como se Deus buscasse novidades, na verdade o que cada um quer é agradar as pessoas e não ao Senhor.
2.2. O preço da excelência
Custa caro ser diferente, especialmente quando a maioria está satisfeita em misturar-se e permanecer como maioria, povo, massa. É difícil viver uma vida de excelência. Não é fácil oferecer o melhor, pois isso implica em renúncia, tempo e esforço. Quando sabemos a quem estamos honrando, tudo passa a ser mais gratificante e belo. O adorador marcado pela excelência vai lutar com todas as forças para que o seu louvor chegue a Deus como oferta suave feita com o melhor de nossa alma (Sl 119.96).
- “quando a maioria está satisfeita em misturar-se”, no meio de tanta gente fazendo o errado, alguém que se propõe a fazer o certo acaba sofrendo o boicote, o repúdio e o desprezo.
- “pois isso implica em renúncia, tempo e esforço”, quando se faz do jeito que todos estão fazendo é fácil porque já temos quase tudo pronto é só “copiar e colar”, mas quando fazemos o melhor começamos a nos doar e a gastar recursos em executar com excelência.
- “vai lutar com todas as forças para que seu louvor chegue a Deus”, Aqui está se referindo a adoração, mas se aplica a tudo na vida. Ou vivemos uma vida de mediocridade ou uma vida de excelência.
Se temos um compromisso com Deus, ele não deve ser quebrado. Deus não quebra Suas alianças! Quando quebramos nosso compromisso, perdemos legitimidade e a marca do adorador. Essa é uma das razões pelas quais muitos até se dizem adoradores, mas não geram frutos. Se quebrarmos o compromisso, a única atitude legítima é voltar à estrada do quebrantamento, da reconstrução, da restauração, do avivamento. Nunca continue adorando se o compromisso com Deus foi quebrado. Eclesiastes 3.5 começa dizendo que “há tempo de espalhar pedras”, isso ocorre quando nosso altar pessoal está em ruínas. O louvor não pode fluir, pois o compromisso foi quebrado. Porém, o versículo termina: “há tempo de ajuntar pedras”. Esse é o maravilhoso tempo da restauração. É quando o adorador reconstrói seu altar e pode restabelecer o compromisso perdido.
2.3. Excelência não significa arrogância
A excelência que vem do alto é diferente porque é humilde. Há muita gente que, em nome da excelência, destrói relacionamentos. Com postura arrogante, julgam-se superiores a tudo e a todos. O verdadeiro adorador reconhece que a superioridade é de Jesus Cristo e não nossa. Quando a excelência vira pretexto para o orgulho, é porque o pecado já nasceu no coração, e, uma vez consumado, gera morte. Não são poucos os que fazem uma coreografia evangélica perfeita, mas a alma é monstruosa. Excelência não significa arrogância.
- “excelência que vem do alto é diferente porque é humilde”, a humildade é considerar como igual aos outros é ter consciência das próprias limitações; ser modesto, ter simplicidade, não se autoafirmar melhor que os demais.
- “em nome da excelência, destrói relacionamentos”, ninguém se agrada de estar próximo ao arrogante, o que se acha melhor que os outros, muitos se acham tão excelentes que afastam as pessoas.
- “o pecado já nasceu no coração”, semeado por Satanás, o maior arrogante que existe.
- “fazem uma coreografia evangélica perfeita, mas...”, aqui pode ser acrescentado que alguns cantam bem, ou ministram bem, dão uma excelente aula, etc, porém não são humildes.
A Palavra de Deus nos adverte em 1Pe 5.5: “Porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”. Excelência e humildade são virtudes gêmeas. A ausência de qualquer uma delas corrompe mortalmente o equilíbrio da adoração. Vivemos no século da mistura. Igrejas têm-se perdido por causa da salada teológica, da mistura desesperada dos elementos que, juntos, formam e deformam as estruturas da nossa adoração. Deus procura adoradores da pureza. Gente que não prostitui seus dons. Quando não temos compromisso com a pureza, produzimos o lixo teológico que tem apodrecido muitos cultos. O adorador marcado pelo compromisso com a pureza tem um lema: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pe 1.15-16; Lv 11.44).
3. A marca da paz
A paz é a serenidade que desafia o caos. É um dos conceitos mais profundos da Bíblia e também um dos aspectos do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança).
3.1. A paz é uma dádiva de Cristo
A saudação do Cristo Ressurreto é: “Paz seja convosco.” (Lc 24.36). Quando Jesus se preparava para ausentar-se fisicamente de Seus discípulos, não tinha bens nem posses para deixar a eles, então, deixou Sua última vontade como testamento: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.” (Jo 14.27). Paz não é algo que o homem alcança através de exercícios de controle emocional, é algo que ele recebe de Jesus. O verdadeiro adorador transmite essa paz de Cristo, não como uma senha eclesiástica de reconhecimento, mas como quem tem a certeza plena de que Cristo nele habita (Ef 2.17).
- “não tinha bens nem posses para deixar”, alguns tendenciosos afirmam abertamente que Jesus possuía bens e era muito rico.
- “a minha paz vos dou.”, a paz como a conhecemos é “ausência de guerra.”, mas a paz que Jesus deixou é Dele, por isso não é a mesma do mundo, é a paz com Deus, ou seja, o fim da guerra do homem contra Deus.
- “através de exercícios de controle emocional”, para evitar fazer guerra com as pessoas.
- “não como uma senha eclesiástica de reconhecimento”, quer dizer que o verdadeiro adorador não a transmite para que os outros vejam que ele e servo de Deus por sua calma e tranquilidade.
3.2. A paz na comunidade dos santos
Em Mateus 5.9, Jesus diz: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.”. São chamados de filhos porque estão fazendo o que o Pai faz! Fazer a paz não é fácil. A cruz é a prova cabal disso. Proclamar “paz, paz” onde não há paz é obra dos falsos profetas (Jr. 6.14). Em Colossenses 3.15, o apóstolo Paulo usa uma imagem dos eventos esportivos: “arbítrio”. A paz na Igreja deve ser a juíza de todas as decisões. Nenhuma igreja, nenhum grupo de louvor, nenhum ministério de adoração é uma casa de paz, quando sua espiritualidade é construída no chão da vingança, da inveja, da fúria, da indiferença ou do medo. Nada é mais diabólico do que a destruição da paz.
- “porque estão fazendo o que o Pai faz!”, talvez essa não seja a melhor explicação, pois existem muitas outras coisas que fazemos e que Jesus fez e não somos aclamados como filhos de Deus por isso. O pacificador na verdade faz uma obra que une o povo de Deus, exatamente o que Jesus declarou com lágrimas que tentou fazer em Jerusalém.
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”, Mt 23.37
- “A cruz e a prova cabal disso”, prova cabal é a prova que dispensa todas as outras. Aqui o comentarista afirma que a cruz mostra que tentar fazer a paz pode gerar uma morte como essa.
- “A paz na Igreja deve ser a juíza de todas as decisões”, significa que as pessoas devem pensar em ter paz na igreja quando for tomar satisfação com um irmão, quando for responder a altura, quando for se vingar ou revidar a afronta, etc.
A pós-modernidade é marcada pela ausência de seriedade e compromisso. Já não se honra a palavra. O respeito é visto como antiquado. Relacionamentos não carregam mais o senso de compromisso, de pertencer. Numa sociedade – e igreja – assim, a tática mais notada é driblar o compromisso com a adoração verdadeira utilizando evasivas como: “não tenho dom para isso” ou “há pessoas mais capacitadas”. Deus procura adoradores que tenham compromisso com Ele, pois uma vez que Ele chama, também capacita e dignifica os Seus.
3.3. A paz na guerra das ideologias
Em 2 Coríntios 10.5, Paulo afirma a escravização dos pensamentos à obediência de Cristo. Em 1 Coríntios 2.16, o mesmo Paulo diz que “temos a mente de Cristo”. O apóstolo Paulo insiste no conceito de uma busca pela paz na mentalidade. A obediência a Deus através da meditação séria em Sua Palavra nos garante a paz na arena pós-moderna das ideologias. Vivemos num tempo onde as ideias se multiplicam na velocidade da luz. Todo dia alguém surge com uma “nova ideia”, ou mesmo uma nova tecnologia. Entretanto o verdadeiro adorador – aquele que é marcado pela paz – sabe que sua segurança não está em adentrar no barco da aventura ideológica, mas em se manter na rocha. Nenhuma ideologia pode ser bênção se nos roubar a paz!
- “escravidão dos pensamentos à obediência de Cristo”, tornar os pensamentos escravos da obediência de Cristo significa não pensar em nada que contradize aos mandamentos do Senhor Jesus.
- “arena pós-moderna das ideologias”, se refere às diferençar ideológicas que entram em conflito em longos e acalorados debates. São nossas ideias contra as ideias seculares e nossas ideias contra de ideia de outros irmãos.
- “uma “nova ideia”, ou mesmo uma nova teologia”, por causa de uma nova interpretação, nova visão espiritual ou uma nova profecia.
O verdadeiro adorador sabe que suas palavras só tem sentido quando sua vida é capaz de atestar a verdade do que foi dito. Deus quer nos marcar com um compromisso que o honre até mesmo no silêncio. É quando nem precisamos usar palavras, pois nossas vidas testemunham nosso caráter. Deus procura gente compromissada com a fé, não apenas com uma espécie de “religião oficial”, mas sim, numa atitude de lealdade aos princípios bíblicos fundamentais da nossa espiritualidade. Nem tudo que se diz “profético” é profecia. Deus não honra verbalismos vazios. Ele honra compromissos. Se quisermos adorar ao Eterno Deus da forma bíblica, o compromisso é o ingrediente ideal e indispensável.
Conclusão
O Espírito Santo, o nosso guia, busca por homens e mulheres que tenham o desejo ardente e sincero de serem marcados para o serviço do Reino de Deus. Quando recebermos essas marcas, estaremos dando passos confiantes no caminho bendito da adoração que Deus aceita em amor.
- “homens e mulheres que tenham o desejo...de serem marcados”, uma marca para serem reconhecidos como adoradores e não para ganhar multidões para si, a fim de ser admirado.
- “caminho bendito da adoração que Deus aceita”, é a adoração de um verdadeiro adorador, somente essa Deus aceita. Jesus disse para que chegaria o tempo em que esses adoradores adorariam o Pai dessa forma, em espírito e em verdade.
QUESTIONÁRIO
1. Em que devemos firmar nossas esperanças?
R: No projeto de Deus para termos uma vida frutífera (Jo 15).
2. De onde vem a excelência?
R: Do alto (Is 40.31).
3. O que é paz?
R: É a serenidade que desafia o caos. É um dos conceitos mais profundos da Bíblia e também um dos aspectos do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
4. O que é proclamar “paz, paz” onde não há paz?
R: É obra dos falsos profetas (Jr 6.14).
5. O que a obediência a Deus através da meditação séria em sua Palavra nos garante?
R: A paz na arena pós-moderna das ideologias (1Co 2.16)