sábado, 30 de maio de 2015

Construindo Bezerros de Ouro 31 de maio de 2015

Texto Áureo

“E naqueles dias fizeram o bezerro, e ofereceram sacrifícios ao ídolo, e se alegraram nas obras das suas mãos”. At 7.41



Verdade Aplicada

A penalidade para aquele que trai a confiança do Senhor é a dura realidade de ter que avançar sem a Sua presença e a Sua proteção.

Textos de Referência


Êxodo 32.1-4

1 Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.

2 E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas e trazei-mos.

3 Então, todo o povo arrancou os pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão,

4 E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então, disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.

Introdução
O pedido dos israelitas não significava necessariamente que esses indivíduos estivessem rejeitando ao Senhor, eles queriam Deus, mas um Deus de acordo com o que suas mentes imaginavam (Êx 32.1).
INTRODUÇÃO
Quanto ao pedido dos israelitas, podem até não ter tido a intenção de rejeição a Deus, mas fica bem caracterizado como uma Apostasia: Deserção, rebelião. Segundo Dockery o termo clássico grego apostasia traz à mente um contexto político ou militar e refere-se à rebelião contra a autoridade estabelecida. Na maioria das versões bíblica em português (ARC 5; ARA 2; REVISADA 6; NVI 2), a palavra apostasia aparece como uma referência à rebelião contra o Senhor. É uma ideia bem presente. No Antigo Testamento o maior pecado nacional de Israel, é a idolatria, ou o abandono do culto ao Senhor (Êx 20.3; Dt 6.5,14; 29.14-28).

1. Arão e o bezerro de ouro.
A demora de Moisés foi o perfeito álibi para que o povo retrocedesse seu coração de volta ao Egito. Inquietos pela ausência do líder visível, que há quarenta dias estivera no monte, eles se uniram para fazer um pedido especial a Arão, o responsável na ausência de Moisés. Vejamos:
1. ARÃO E O BEZERRO DE OURO
“O povo havia saído do Egito, mas o Egito ainda estava dentro do coração do povo”.

1.1. O pecado da leitura errada.

O que você faria se seu pastor sumisse sem dar notícias durante quarenta dias? O povo esperou e ao fim de quarenta dias se desesperançou. Ao verem o monte a fumegar, o ruído dos trovões e os relâmpagos sob a montanha, concluíram que Moisés havia morrido (Êx 20.18; 32.1). Na verdade, eles não podiam ficar para sempre parados no deserto. O povo queria saber a quem seguir e em que acreditar. Sem respostas, eles pedem a Arão que confeccione um deus para que adorem. Eles tinham um pensamento correto, mas com a leitura errada. Seus corações nunca compreenderam quem era realmente o Deus a quem estavam servindo. É possível criar uma imagem de Deus segundo nossa própria imaginação. Para Moisés, o Senhor era um amigo íntimo que falava face a face. Para eles, o Senhor era apenas um deus que poderia ser trocado por qualquer outro caso não atendesse seus desejos.
1.1. O pecado da leitura errada
O pensamento do povo israelita era segundo o seu costume e a cultura que eles viviam no Egito, dentro de uma cultura religiosa politeísta. Sendo assim aparentemente não houve uma leitura errada, mesmo que os pensamentos deles fossem direcionados a Deus. Embora ainda não tivessem recebido muitos detalhes das regulamentações de Deus sobre adoração, eles estavam totalmente cientes que a idolatria era inaceitável.

1.2. O pedido do povo e a fraqueza de Arão.

Muitos eruditos tentam defender Arão, afirmando que ele cedeu porque temeu o povo ou porque não acreditava que eles se desfariam de seus pendentes de ouro. Arão era influente, mas não teve personalidade para liderar o povo. Fez tudo errado e foi dele a ideia de confeccionar um bezerro. (Êx 32.2, 4). De onde terá vindo sua inspiração? É provável que Arão tenha tentado copiar o Touro Ápis, símbolo da força e da fecundidade, que era cultuado no Egito. Será que poderíamos imaginar como seria o destino de Israel se Moisés não voltasse e Arão assumisse? Misericórdia!

1.2. O pedido do povo e a fraqueza de Arão
Em Êx 32.1b “acercou-se de Arão e lhe disse:”, nesse texto fica bem claro que houve uma pressão do povo sobre Arão, pedindo para ele uma solução, e apontando que não sabiam o que havia acontecido a Moisés, isso se deu mediante ao que os seus olhos presenciaram ao tamanho do poder de Deus manifestado no monte, com raios e trovões (Êx 19.16). Porém isso não os isentava do julgamento ou a serem sentenciados pelo erro que estavam prestes a cometerem (Êx 32.7-8). Principalmente o seu líder interino Arão, mesmo eu não tivessem um conjunto de regras escritas e nem detalhadas, mas a oral/verbal já existia (Êx 20.1-6). Sendo assim Arão não devia ter cedido ao pedido do povo e sim procurado a Deus para orientá-lo.

1.3. O encontro de Moisés com Arão.
Ao descer do monte e ver toda aquela adoração, Moisés confronta Arão, que rapidamente coloca a culpa no povo (Êx 32.22). Logo em seguida Arão mente de forma descarada, pois afirma que colocou o ouro no fogo e saiu o bezerro (Êx 32.24). Será que ele estava querendo dizer que aconteceu um milagre? Como é fácil para alguns líderes procederem como Arão. Antes de agirem, sondam meticulosamente opinião pública. Pensam que é imprudente ser muito rígidos. Julgam necessário tolerar as fraquezas carnais e concordar com as tendências atuais. Acreditam que não se pode ter sucesso a menos que acompanhem a multidão; para eles é melhor abrir mão da verdade do que perder a influência sobre as pessoas. O problema deles é o que dirão no dia do acerto de contas.

1.3. O encontro de Moisés com Arão
A covardia de Arão jogando a culpa no povo (Êx 32.21-23), é semelhante a covardia de Adão no Jardim do Éden (Gn 3.8-13). A cultura egípcia impregnada na vida de Arão. Portanto quase sem dúvidas podemos afirmar que ele fez/produziu mesmo a imagem de um bezerro, trazida da tradição egípcia, e não por milagre ou qualquer outra forma imaginária nascida daquele fogo. Portanto vemos o Apostolo Paulo advertindo a Timóteo, que nos últimos dias, haveria tempos difíceis, em que homens se corromperiam com a verdade e só pensariam em si mesmos, nas suas vãs doutrinas, cedendo e iludindo a milhares de pessoas (2Tim 3.1-9). E o que Tito escreveu em sua epístola/carta reforça essa posição (Tt 1.10-16). Lembrando que esses tempos que lhes apontaram eram aqueles e os nossos dias atuais.

2. Moisés e as tábuas da Lei.
Deus, por misericórdia, revelou a Moisés a idolatria de Israel. Sua palavra soava como uma rejeição (Êx 32.7). Ciente, Moisés intercede, mas, ao descer do monte, quebra a Lei e pune os culpados. Três coisas iremos destacar neste ponto: a intercessão de Moisés; o porquê de quebrar as tábuas e a maneira como se interpôs diante de Deus pelo povo.
2. MOISÉS E AS TÁBUAS DA LEI
Foi muito grande a decepção de Moisés quando desceu do monte e se deparou com a festa da idolatria, a ira foi tão grande que quebrou as tábuas da Lei (Êx 32.19-20), queimou reduzindo a pó o bezerro de ouro, vingou-se dos idolatras e se propôs a interceder pelo povo para propiciação do pecado.

2.1. A intercessão de Moisés.
A avaliação que Deus fez dessa multidão perversa era muito clara: “De dura cerviz”. Essa expressão é aplicada a cavalo ou boi rebelde que não se deixa ser controlado por rédeas. Israel se recusara a obedecer ao concerto que fizera. Deus quer destruir o povo, mas, com uma coragem que só poderia vir de uma fé robusta, Moisés rogou: “Toma-te da ira do teu furor e arrepende-te deste mal contra o teu povo”. Pediu, também, que Deus se lembrasse das promessas feitas aos patriarcas, a quem, pelo Seu nome, jurara dar a terra da promessa eternamente. Na defesa perante Deus, há três argumentos para o Senhor não exterminar o povo. Primeiro, este procedimento anularia as vitórias anteriores. Segundo, daria ocasião aos egípcios para se gloriarem. E, por último, quebraria a promessa feita a Abraão. Todos esses argumentos foram apelos fundamentados na glória de Deus e, com certeza, um verdadeiro exemplo de oração intercessora (Êx 32.7-15).
2.1. A intercessão de Moisés
“Dura cerviz”: significa: curvar a cabeça, submeter-se ou dar-se por vencido; por essa razão, Deus faz uma proposta a Moisés de destruir/eliminar todo aquele povo e fazer dele uma grande nação (Êx 32.10; Dt 9.14, 19). A comunhão entre Deus e Moisés era tão grande que Moisés percebeu que a justiça de Deus seria cumprida na vida dos israelitas, esse motivo o levou a interceder pelo povo, usando um pouco de crédito que tinha com Deus dizendo assim: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (Êx 32.32; Êx 32.11-14; Dt 9.25-29). Moisés já sabia por que Deus havia falado com ele, que ELE visita a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração daqueles que o aborrecem; mas também sabia que a misericórdia até mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos (Êx 20.5-6; Dt 4.24; Nm 14.18,33).

2.2. Moisés quebra as tábuas da Lei.
Moisés teve compaixão e suplicou pela moderação da ira de Deus, mas, quando viu pessoalmente o mal do povo, sentiu a mesma ira que Deus expressara. No entanto, a ira santa tinha de ser abrandada com compaixão amorosa. Moisés tinha em mãos a própria Lei, que condenava à morte o povo rebelde. Se a punição da Lei fosse implementada imediatamente, Israel teria que morrer. O povo quebrara a Lei. Enquanto estava diante dos israelitas e observara a lascívia que faziam, Moisés ergueu a Lei acima da cabeça e, provavelmente à vista de todos, lançou as tábuas ao chão com força e ímpeto. Ele lhes trouxera algo de que eram indignos. Estavam totalmente desqualificados para receber aquele dom de Deus. Ou as tábuas tinham que ser quebradas ou o povo tinha que ser destruído. Moisés quebrou as tábuas. Ele desfez o trabalho de Deus para poupar a vida do povo.

2.2. Moisés quebra as tábuas da Lei
Não podemos interpretar um texto bíblico de forma errônea, uma das regras da Hermenêutica é “que a Bíblia interpreta a própria Bíblia”, ou seja, forçar uma expressão de modo a dizer que Moisés teve a mesma ira de Deus. Porque em Deus há atributos essenciais que são unicamente DELE, dois exemplos: o seu ser como o (EU SOU O QUE SOU; (Êx 3.14)), Deus é amor (1jo 4.8,16). Quanto a Moisés um ser humano “pecador” igual a nós que carecemos de todos os atributos de Deus, e Paulo deixou isso bem claro na carta aos Romanos: (Rm 3.9-18, 23; 5.12-15). Portanto para Deus o valor é o mesmo tanto a sua Lei oral/verbal (o que ele já havia falado para Israel), ou a escrita (as tábuas). O perdão dessa transgressão foi concedido pela pessoa de Moisés, o que ele significava para Deus. Nesse contexto podemos fazer um comparativo entre Moisés e Jesus, que também intercedeu pelo povo na hora da crucificação (Lc 23.34). A quebra das tábuas pode ter sido para não haver uma formalidade com a lei escrita, mas também pode ter sido pela ira de Moisés por ver que o povo não merecia tamanho zelo e amor que Deus estava tendo para com eles.

2.3. Moisés, o mediador.
Ao organizar o arraial, os rebeldes foram punidos, mas a Lei estava quebrada e Moisés deveria retornar a presença do Senhor tanto para reconciliar Israel quanto para reparar os danos causados ao trabalho divino. Moisés tinha de achar um meio de voltar a uma relação de concerto com Deus. Na presença de Deus, Moisés confessou o pecado de Israel e com uma santa ousadia disse: “perdoa o seu pecado, se não, risca-me peço-te, do teu livro, que tens escrito” (Êx 32.32). “Riscar” significa: “cortar” da comunhão com o Deus vivo, ou entregar a morte”. O amor de Moisés pelos israelitas era tão grande que ele não se importava em viver, a menos que Deus lhe perdoasse. Ele só desceria do Sinai com o perdão e a paz estabelecida entre Deus e todo o povo. Que exemplo de líder foi Moisés. As paixões carnais vividas pelo povo de Israel trouxeram sérios apuros para Moisés. Colocar sua própria vida à prova é um ato que vai além do amor, que poucos homens ousariam tentar.
2.3. Moisés, o mediador
O amor de Moisés é comparado ao amor de um pastor pelas suas ovelhas, onde o verdadeiro pastor dá a vida em prol das ovelhas. Jesus deixa isso bem claro, e está registrado no evangelho que escreveu João Capítulo 10 vs. 11 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. E ELE, ainda fala de uma pessoa que é o mercenário: Jo 10. 12-13 “O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas”. Quantas pessoas na atualidade estão se intitulando como pastores, mediadores entre o povo e Deus, sendo consagradas e beneficiadas por grau de parentescos, amizades, altos dízimos, até mesmo por rebelião não aceitando as ordens de seus pastores, saindo e abrindo outras igrejas arrastando milhares de pessoas, e no meio dessas muitos lares ficaram destruídos, ministérios acabados. Mas Jesus deixou bem claro, esses são os mercenários e não pastores. Devemos tomar muito cuidado com estes convites e assédios que nos rodeiam na atualidade.

3. O bezerro de ouro no coração humano.
O grande problema de Israel não estava no pensamento da morte de Moisés ou porque a paciência esgotou. Isso não justifica a confecção de um ídolo e uma adoração tão fervorosa. O bezerro vai muito além de uma estátua, ele representa um problema do íntimo do coração humano. Vejamos algumas lições importantes:

3. O BEZERRO DE OURO NO CORAÇÃO HUMANO.
O bezerro, como símbolo de divindade, era muito comum no mundo antigo, talvez fosse o símbolo de Ápis o deus-touro egípcio. É provável que Arão tenha identificado o bezerro de ouro com o Senhor, pois declarou o dia como o de “festa ao Senhor” (Êx 32.5).

3.1. A dificuldade humana de ter uma verdadeira fé.
Embora o coração do povo pudesse necessitar de uma prova visível, Deus já lhes havia dado manifestações do Seu poder e amor, mas seus corações insensatos não puderam discernir. Por um momento, eles se esqueceram de tudo o que Deus realizou e como os livrou do Egito. Eles ignoraram o sobrenatural e, sem paciência, fizeram o incompreensível. Na verdade, usando o artifício de que queriam agradar a Deus, eles buscavam agradar a si mesmos. Qual a diferença do povo que adorou o bezerro e o povo dos dias atuais? Atualmente temos motivos para ir ao templo, mas, lamentavelmente, muitos deles não são o Evangelho. Temos uma geração indiferente, com cultos de satisfações humanas que nada produzem a não ser muito barulho e pouco caráter cristão. A quem buscamos agradar afinal? A Deus ou a nós mesmos?

3.1. A dificuldade humana de ter uma verdadeira fé
A maior tragédia que aconteceu na humanidade foi a queda do homem (o pecado), isso nos expulsou do Éden e nos tirou alguns atributos que tínhamos. Fomos colocados no Jardim Éden para lavrá-lo, guardá-lo e adorar a Deus. A nossa alma estava completa a queda nos afastou da comunhão (Deus em nós) daí por diante passou a existir um vazio, o homem passou a procurar em quem acreditar no sol, na lua, nas estrelas, terra, água, fogo, animais, etc., a falta de um Deus, o que atualmente é resgatado/reconstituído aos que aceitam a Jesus Cristo como Salvador.

3.2. Adorando ao Bezerro.
O que é a religiosidade senão um bezerro? Mesmo não fazendo ídolos, podemos ser culpados de procurar moldar nosso Deus à nossa imagem para justá-lo às nossas expectativas, desejos e circunstâncias. Quando fugimos da Palavra, fugimos da leitura perfeita de quem Deus realmente é, qual é a Sua vontade, como devemos nos aproximar dEle, com que espécie de sacrifícios Ele se agrada e de que forma Ele deve ser adorado. O bezerro de ouro é o símbolo de uma indefinição religiosa, de querer controlar aquilo que é incontrolável. A ideia de um deus feito ao nosso desejo com a de um Deus Senhor da história é aceitar a vontade de Deus sem renunciar a vontade própria. Em definitivo, é chamar de Deus ao que nada mais é que um ídolo.

3.2. Adorando ao bezerro
Entretanto o povo declarou: “São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito”. Esse grito do povo que é relatado aqui no texto está usando o verbo no plural “tiraram” como o nome no hebraico ELOHIM que significa (Deus ou deuses). O verbo no singular é sempre usado com esse nome quando se refere a Deus parafraseando grosseiramente o povo de voltou a um panteão de deuses aqui representados pelo deus-touro, para que os guiassem. Atualmente devemos tomar muito cuidado para não estarmos praticando o mesmo erro, moldando a nossa própria imagem de Deus e deixando ela nos guiar. É como disse o pastor Belchior “é chamar de Deus o que nada mais é que um ídolo”.

3.3. O bezerro da aparência.
A tentação mais forte que Israel sofreu ao longo da história foi a idolatria. Rodeado de povos que davam culto aos ídolos, sentiam o desejo de se unirem aos ritos que com frequência eram mais vistosos e atrativos que os seus. Porém, mais perigosa que a tentação, era a idolatria da própria ideia de Deus. Eles não aceitavam a ideia de um Deus vivo que não podiam manipular. Queriam um Deus concreto que pudessem apalpar. É a tentação da aparência, do imediato; um intento de materializar o sagrado. Sua declaração comprovava que não compreenderam o êxodo. Eles não diziam que havia sido Deus e sim Moisés quem os havia tirado da terrado Egito. Eles não entenderam que Moisés era somente um intermediário (Êx 32.1).
3.3. O bezerro da aparência
Não foi por acaso que Deus colocou como primeiro mandamento a repreensão a Israel para não ter outros deuses diante DELE (Êx 20:3-5), são três versículos abordando o assunto da idolatria e com certeza ELE conhecia o coração do povo 32:9c “tenho visto que este povo, e eis que é povo de dura cerviz”. E em toda a Bíblia desde o Antigo Testamento ao Novo Testamento o Senhor reprova a prática da idolatria, chamando-a de prostituição contra ELE, condenando-as e deixando o juízo bem aplicado contra esses procedimentos (Rm 1.18-32; 2.1-16).

Conclusão
O bezerro de ouro pode ser qualquer coisa que ainda está abrigada em nossos corações e nos encaminha a identificar ao Senhor não de modo sobrenatural, mas humano. Resultando numa fé que não foi construída naquilo que Deus disse, a qual nos leva a satisfação e nunca à transformação.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o bezerro de ouro significou a determinação dos israelitas de ter deus à sua própria maneira uma “imagem/símbolo” da presença de um deus o que eles exigiam: Êx 32:6c “e levantou-se para divertir-se”. A muitos que nos dias atuais estão vivendo como viviam o povo de Israel construindo a sua própria imagem de Deus, vão as cultos, oferecem holocaustos, ofertas, ajuntam-se para comer, beber, divertir-se, não que ir aos cultos seja errado, mas ir para deleite dos seus próprios cultos sim. E quanto a isso o apóstolo Paulo afirmou em Romanos 6.12 “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Não devemos trocar a liberdade por libertinagem, e nem deixar depositada a nossa fé naquilo que não vai nos dar a salvação.